ISBN: 972-8485-54-9
Autora: Anabela Ramalho
Nº de Páginas: 112
Formato: 15 X 21 cm
Editora: Formasau
Ano de edição: 2005
A investigação em enfermagem tem tido uma grande expansão nos últimos anos.
Ao elaborar estudos de investigação os enfermeiros têm desenvolvido esforços no sentido de acompanhar a evolução científica de outras áreas de conhecimento.
Há, sem dúvida, alguma discórdia quanto às metodologias de investigação mais apropriadas à pesquisa em enfermagem. Alguns autores são de opinião que para o desenvolvimento da disciplina de enfermagem devem ser usados métodos específicos, baseados em teorias e modelos de enfermagem, que orientam a prática, o ensino e a investigação (Parse, 1981, 1999; Watson, 2002). Outros defendem que a enfermagem deve desenvolver estudos de investigação que permitam clarificar os fenómenos de enfermagem, utilizando os mesmos métodos científicos, que outras áreas de conhecimento, e especialmente as que se enquadram no paradigma positivista.
É indiscutível o valor intrínseco dos modelos e teorias de investigação em enfermagem, de índole quantitativa e qualitativa, e é igualmente inegável o contributo que os estudos quantitativos, usados por outras áreas de conhecimento podem dar ao desenvolvimento da prática clínica na área de enfermagem.
Os estudos de revisão sistemática, com e sem metanálise, representam uma mais valia para a investigação em enfermagem, visando melhorar a qualidade dos cuidados de enfermagem e o desenvolvimento da prática clínica de enfermagem baseada em evidência.
Embora exista muita bibliografia sobre regras de elaboração de estudos de revisão sistemática, as informações estão dispersas e por vezes são difíceis de aceder.
No âmbito do Programa de Doutoramento em Enfermagem - curso de 2004/2005, da Universidade de Lisboa que estou a frequentar, fui confrontada com a necessidade de elaborar uma revisão sistemática para identificar o estado da arte relativamente ao tema que escolhi para elaboração da tese de doutoramento. Para responder às dúvidas que tinha, surgiu este trabalho que me permitiu organizar as ideias.
Representa um esforço de apresentar em língua portuguesa os aspectos considerados fundamentais para quem deseja elaborar revisões sistemáticas com e sem metanálise. Reúne a informação necessária para: planear, conduzir e divulgar revisões sistemáticas com e sem metanálise.
Está dividido em três partes: primeira - filosofias de investigação em enfermagem, uma breve síntese do processo científico, e comentário sobre multiplicidade de conceitos; segunda - um manual de normas de elaboração de revisões sistemáticas com e sem metanálise; terceira - exemplo de um projecto e de um artigo de revisão sistemática.
Com este manual não se pretende esgotar o tema, o principal objectivo é fornecer aos jovens investigadores em enfermagem um instrumento de consulta. Poderá ainda ser útil para os professores que se ocupam do ensino da investigação em saúde e enfermagem, e de técnicas de elaboração de trabalhos escritos.
Como tudo na vida as orientações sugeridas estão sujeitas a mudanças resultantes da permanente evolução científica e de diferenças de opinião. Será reformulado quando forem pesquisados novos dados sobre a temática.
Prefácio: Anabela Ramalho