Revista Investigação Enfermagem nº24

 

 

 

 

 

 

ESTUDO COMPARATIVO TRANSCULT URAL INTERNACIONAL SOBRE AS PERCEPÇÕES DOS ENFERMEIROS EM RELAÇÃO AOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM INDIVIDUALIZADOS
INTERNACIONAL CROSS-CULTURAL COMPARATIVE STUDY ON THE PERCEPTIONS OF NURSES IN RELATION TO NURSING CARE INDIVIDUALIZED
Deolinda Antunes; Catarina Batuca; Ana Ramos; César Fonseca; Marta Ferreira; Riitta Suhonen; Evridiki Papa Stavrou; Chryssoula Lemonidou; Ewa Idvall; Rengin Acaroglu; Valmi D. Sousa

 

ADAPTAÇÃO PSICOSSOCIAL DA PESSOA SUBMETIDA A OSTO MIA E AS NECESSIDADES DE INTERVENÇÃO DA ENFERMAGEM
PSYCHOSOCIAL ADAPTATION AND NURSING INTERVENTION NEEDS OF THE NEWLY OSTOMATE
Maria Teresa Leal; Ana Filipa Ramos

 

 

A DOR CRÓNICA NÃO ONCOLÓGICA E A FAMÍLIA: UMA REVISÃO
THE FAMILY DIMENSION OF THE NON-ONCOLOGIC PAIN: A REVIEW
Cristina Bárbara da Costa Freitas Pestana

 

PROMOVER A QUALIDADE DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PESSOAS IDOSAS EM UNIDADES DE CUIDADOS CONTINUADOS
PROMOTION THE QUALITY OF NURSING CARE TO OLDER PERSONS IN LONG-TERM CARE
Maribel Domingues Carvalhais; Liliana Sousa

 

CONTRIBUTO S DA FORMAÇÃO NA ÁREA DOS CUIDADOS PALIATIVOS: UM ESTUDO QUANTITATIVO NOS ENFERMEIROS DE CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
CONTRIBUTIONS OF TRAINING IN THE AREA OF PALLIATIVE CARE: A quantitative study in nurses of Primary Health Care
Cláudia de Jesus Dias Xavier

 

CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTO S DE RISCO EM RELAÇÃO À INFECÇÃO VIH/SIDA EM INDIVÍDUOS COM IDADES SUPERIORES A 50 ANOS
THE KNOWLEDGE AND WHICH RISK BEHAVIOURS ARE ADOPTED BY INDIVIDUALS WITH 50 YEARS OF AGE, OR MORE, CONCERNING HIV/AIDS INFECTION
Sara Isabel Torres Fonseca

 

QUALIDADE DE VIDA E ACTIVIDADE FÍSICA EM CRIANÇAS/JOVENS COM DIABETES MELLITUS TIPO ILIFE QUALITY AND PHYSICAL ACTIVITY IN CHILDREN/YOUNG WITH DIABETES MELLITUS TYPE 1
Inês Branco Almeida; Susana Isabel Vicente Ramos

 

 

INVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEM: REFLEXÕES SOBRE PRÁTICAS CIENTÍFICAS E A CONSTRUÇÃO DO SABER
Research in nursing - Reflections sounder scientific practices and the construction of knowledge
Maria Arminda Rodrigues Alves Pereira

 

REFLECTIR SOBRE A PRÁTICA DE CUIDADO S DE ENFERMAGEM PARA A CONSTRUÇÃO DOS INSTRUMENTO S DE RECOLHA DE DADOS
REFLECTING ON THE PRACTICE OF NURSING FOR THE CONSTRUCTION OF INSTRUMENTS FOR DATA COLLECTION
Maria Manuela Martins; Carla Sílvia Fernandes

 

EDITORIAL

A crise económica internacional e nacional é um facto que tem vindo a afectar nos últimos meses a maioria dos países a nível mundial, incluindo os países europeus, sendo Portugal, juntamente com a Grécia e a Irlanda, referidos como alguns dos exemplos mais evidentes, para a qual não existe uma previsão sobre o seu termo.

Em sequência desta crise, foram realizados acordos com entidades bancárias e financeiras internacionais, a denominada “Troika”, para apoiarem financeiramente Portugal para consolidar as suas contas públicas, evidentemente, a troco de exigências e condições rigorosas e duras, que se irão reflectir nas diversas áreas, e na qualidade de vida dos portugueses, para o qual o novo governo de coligação recentemente eleito terá de dar resposta.

Que reflexos é que esta situação poderá trazer para o campo da investigação em Portugal, que nos últimos anos, segundo muitos actores e intervenientes, tem tido um desenvolvimento relevante, mesmo comparado com muitos países considerados desenvolvidos nessa matéria?

De facto, a realização de Doutoramentos (de enfermagem e outros), o desenvolvimento de Unidades de Investigação, o apoio a projectos de investigação, a integração de enfermeiros em equipas de investigação multidisciplinares, a participação em prémios e o acesso a bolsas de investigação, têm sido alguns dos factores fundamentais para o incremento verificado.

Segundo o novo ministro da Educação, do Ensino Superior e da Ciência, o investigador Nuno Crato, a aposta na ciência não vai parar, pois a ciência é uma das raras áreas que apresenta um “progresso sustentado” em Portugal e, segundo o programa do governo, pretendem mesmo aumentar o “ratio em Investigação e Desenvolvimento sobre o PIB e na diversificação de financiamento”.

Ainda segundo o novo programa do Governo, os apoios devem privilegiar “actividades de I&D de excelência”, com investimento em áreas críticas para o desenvolvimento social e económico de Portugal, onde entre outras, se incluem as “ciências da vida e da saúde”, de preferência com repercussões financeiras na saúde pública.

Perante as intenções anunciadas (esperemos que não passem apenas de intenções!), ambicionamos que a Enfermagem não seja secundarizada em relação a outros grupos de investigadores, permitindo dar continuidade a uma dinâmica de desenvolvimento da enfermagem como disciplina e ciência.

Para terminar e relacionado, ainda, com esta dinâmica, decerto com impacto na investigação e na enfermagem, não podemos deixar de enaltecer a realização, em breve, de dois eventos de real importância para a Enfermagem, e para os quais desejamos as maiores êxitos.

Estamos a referimos à realização da XI Conferência Iberoamericana de Educação em Enfermagem da ALADEFE e ao III Encontro Latinoamerica-Europa, de 18 a 24 de Setembro de 2011, em Coimbra, para análise do Ensino da Enfermagem no Mundo, organizada pela Associação Latinoamericana de Escolas e Faculdades de Enfermagem (ALADEFE), pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e pela Unidade de Investigação em Ciências da Saúde – Enfermagem.

Durante este evento, após um processo de dois anos de legalização, realizar-se-á a cerimónia de investidura da Associação Honorífica da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra como Capítulo na The Honor Society of Nursing, Sigma Theta Tau International (STTI), que evidencia o reconhecimento internacional da excelência da enfermagem portuguesa, pela segunda maior organização de enfermagem do mundo, com responsabilidades no apoio, desenvolvimento, aprendizagem, conhecimento e profissional dos enfermeiros a nível mundial.

Arménio G. Cruz

 


 

ESTUDO COMPARATIVO TRANSCULTURAL INTERNACIONAL SOBRE AS PERCEPÇÕES DOS ENFERMEIROS EM RELAÇÃO AOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM INDIVIDUALIZADOS

Deolinda Antunes (1); Catarina Batuca (2); Ana Ramos (3); César Fonseca (4); Marta Ferreira (5); Riitta Suhonen (6); Evridiki Papastavrou (7); Chryssoula Lemonidou (8); Ewa Idvall (9); Rengin Acaroglu (10); Valmi D. Sousa (11)

 

RESUMO

Objectivo: Identificar semelhanças e diferenças nas percepções dos enfermeiros sobre a individualização dos cuidados de enfermagem, em serviços hospitalares de internamento médico e cirúrgico em países da Europa e os Estados Unidos.

Metodologia: Estudo comparativo em que foi utilizado como método de recolha de dados uma Escala de Cuidados de Enfermagem (Scale-Care Nurse: ICS). Os dados foram recolhidos em serviços de internamento cirúrgico (n = 1.166) em 34 Hospitais, na Finlândia, Chipre, Grécia, Portugal, Suécia, Turquia e os Estados Unidos da América. A colheita dos dados decorreu entre Março e Novembro de 2009. Para a análise estatística dos dados recorreu-se à estatística descritiva, tendo sido utilizada a análise univariada de co-variância para fazer a análise e comparação entre os países.

Resultados: Os Enfermeiros, dos diferentes países, consideram que atendem à individualidade da pessoa com doença, em geral, durante a prestação cuidados de enfermagem e que os cuidados prestados aos doentes são individualizados. Neste sentido o atendimento na situação clínica dos doentes e a sua individualização foram as dimensões com scores mais elevados. No entanto é, também, nestas dimensões que verificamos diferenças entre os participantes. Assim sendo constatamos que são os gregos e os americanos que apresentam um score de avaliação mais elevado e os cipriotas o score mais baixo.

Palavras-chave: Enfermagem, Cuidados Individualizados, Percepções dos Enfermeiros; Prestação de Cuidados.

 

(1) Professora Doutora Coordenadora ESEL, Investigadora UI&DE;

(2) Enfermeira Directora CHLN;

(3) Enfermeira CHLN, Assistente ESEL, Investigadora UI&DE;

(4) Enfermeiro CHLN, Doutorando em Enfermagem ESEL\Universidade de Lisboa, Investigador UI&DE; (5) Enfermeira CHLN, Assistente ESEL, Investigadora UI&DE;

(6) PhD, Professor, University of Turku,

Department of Nursing Science, FINLAND;

(7) PhD, Lecturer, Cyprus University of Technology, Department of Nursing, School of Health Studies, CYPRUS;

(8) , PhD, Professor National

and Kapodistrian University of Athens, Faculty of Nursing, Athens, GREECE;

(9) PhD, Professor Faculty of Health and Society, Malmö University, Malmö, SWEDEN;

(10) PhD, Associate Professor Istanbul University, Florence Nightingale School of Nursing, TURKEY; (11) PhD, RN, Associate Professor The University of Kansas School of Nursing, Kansas City, KS, USA

 


 

ADAPTAÇÃO PSICOSSOCIAL DA PESSOA SUBMETIDA A OSTOMIA E AS NECESSIDADES DE INTERVENÇÃO DA ENFERMAGEM

Maria Teresa Leal (1)

Ana Filipa Ramos (2)

 

RESUMO

Para compreender as necessidades psicossociais da pessoa submetida a ostomia recorreu-se ao método de investigação qualitativa e à técnica de entrevista semi-directiva, com oito participantes. Nas vivências intrapsíquicas, a ostomia surgiu como infligindo profundas modificações no auto-conceito, o que afectou a qualidade das relações intrapessoais, interpessoais e com o mundo. Como agentes facilitadores da adaptação destacou-se a auto-eficácia, a mobilização de estratégias de coping e o suporte social. Como obstáculos ao processo de adaptação imergiram o incómodo e ruído gerados pela ostomia, a utilização de mecanismos de defesa, os sentimentos de auto-depreciação, o insuficiente apoio psico-emocional e a falta de informação peri-operatória.

A relação de ajuda foi identificada como um contributo essencial nas consultas de enfermagem, tanto antes como após a realização da ostomia, verificando-se que a promoção da adaptação é uma acção de enfermagem insuficientemente explorada, mas que se revelou primordial no processo de reabilitação em todos os participantes do estudo.

Palavras-chave: Ostomia, Dificuldades Vivenciadas, Adaptação Psicossocial, Relação de Ajuda, Cuidado de Enfermagem

(1) Professora Coordenadora. Escola Superior de Enfermagem de Lisboa.

(2) Enfermeira. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Investigadora UI&DE.

 


 

A DOR CRÓNICA NÃO ONCOLÓGICA E A FAMÍLIA: UMA REVISÃO

Cristina Bárbara da Costa Freitas Pestana(1)

 

 

Resumo

Neste artigo apresenta-se uma revisão dos estudos produzidos sobre a dimensão familiar da dor crónica não oncológica, com a finalidade de conhecer o estado da arte sobre a temática.

Os estudos encontrados dividem-se em dois grandes grupos, reflectindo a reciprocidade e a dialecticidade da dimensão familiar do fenómeno doloroso. O primeiro estuda as consequências da dor crónica não oncológica na pessoa e na família; o segundo grupo procura identificar variáveis relacionadas com a família que poderão ajudar a explicar as respostas e o processo de adaptação da pessoa com dor.

A partir dos resultados obtidos é possível afirmar a necessidade de uma intervenção dos enfermeiros direccionada para a família da pessoa com dor crónica não oncológica, reconhecendo-a como parceiro fundamental para uma adequada e mais eficaz gestão da dor.

Palavras-chave: Dor crónica, Família, Enfermagem

(1) Professora na Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny. Licenciada em Enfermagem Médico-Cirúrgica. Doutoranda em Ciências de Enfermagem (Instituto de Ciências da Saúde/Universidade Católica Portuguesa).

 


 

PROMOVER A QUALIDADE DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PESSOAS IDOSAS EM UNIDADES DE CUIDADOS CONTINUADOS

Maribel Domingues Carvalhais(1)

Liliana Sousa(2)

 

Resumo

Este estudo exploratório procura contribuir para compreender melhor como se pode promover a qualidade dos cuidados de enfermagem a idosos dependentes em contexto de cuidados continuados. Adopta o photovoice, um método participativo (qualitativo) que usa a fotografia e a voz para aceder ao mundo dos outros e torná-lo acessível a nós. Recorre a 3 enfermeiras (informantes privilegiadas) com experiência em cuidados ao idoso em contexto de cuidados continuados, com idades entre os 22 e 28 anos. Os principais resultados sugerem que a promoção da qualidade dos cuidados de enfermagem a pessoas idosas dependentes envolve mais trabalho e decisão em equipa multidisciplinar, mais recursos materiais e humanos e melhores condições físicas. Paralelamente, o principal obstáculo centra-se na escassez de recursos humanos e materiais e na rotina.

Os participantes referem como elemento fulcral ao não envolvimento da família do idoso. Além disso, estes salientam a importância da integração social, para a reintegração do utente na sociedade.

Palavras-chave: Cuidados de Enfermagem; Qualidade; Idosos em cuidados continuados.

(1) Professora Auxiliar com Agregação

(2) Doutoranda em Enfermagem

 


 

CONTRIBUTOS DA FORMAÇÃO NA ÁREA DOS CUIDADOS PALIATIVOS UM ESTUDO QUANTITATIVO NOS ENFERMEIROS DE CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

Cláudia de Jesus Dias Xavier(1)

Resumo

Os cuidados paliativos são cuidados activos numa abordagem global da pessoa atingida por uma doença grave, evolutiva ou terminal (SFAP, 2000). O seu objectivo estende-se muito para além do alívio dos sintomas físicos integrando também os aspectos psicológicos e espirituais do tratamento, esforçando-se por preservar a melhor qualidade de vida possível até à morte, o que exige dos profissionais de saúde, uma preparação sólida, diferenciada com formação teórica e experiência prática efectiva.

O presente estudo identifica e descreve os contributos da formação em cuidados paliativos para a prática dos enfermeiros em Cuidados de Saúde Primários. Optou-se por realizar uma investigação exploratória descritiva, utilizando como instrumento de colheita de dados, o questionário, que se aplicou a 141 enfermeiros que representam 77% dos enfermeiros dos centros de saúde da Administração Regional de Saúde Alentejo, IP, Évora.

A análise dos dados leva a concluir que para além da escassa formação frequentada em cuidados paliativos, existe também um défice de conhecimento em áreas prioritárias como o controlo da dor e outros sintomas, pelo que é essencial educar, formar e adaptar a aprendizagem dos profissionais à sua realidade de forma a melhorar as suas práticas na comunidade.

Palavras-chave: Formação, Cuidados Paliativos, Cuidados Saúde Primários (CSP)

(1) Enfermeira no Centro de Saúde de Alandroal. Mestre em Cuidados Paliativos pela Faculdade de Medicina de Lisboa.

 


 

CONHECIMENTOS E COMPORTAMENTOS DE RISCO EM RELAÇÃO À INFECÇÃO VIH/SIDA EM INDIVÍDUOS COM IDADES SUPERIORES A 50 ANOS

Sara Isabel Torres Fonseca(1)

 

Resumo

A infecção por VIH é, sem dúvida, um dos maiores problemas de saúde pública e um dos mais dramáticos flagelos da história das doenças infecciosas. Preocupantes são também as frequentes alterações epidemiológicas que se têm verificado, entre elas, o aumento progressivo da infecção em indivíduos heterossexuais e um aumento crescente de novos casos em indivíduos numa faixa etária avançada. É, portanto, urgente tomar medidas efectivas e imediatas de modo a evitar esta tendência crescente da incidência da infecção VIH/SIDA.

Este trabalho tem como objectivo aferir quais os conhecimentos e comportamentos de risco adoptados por indivíduos com idade igual ou superior a 50 anos em relação à infecção VIH/SIDA.

Os dados utilizados foram recolhidos através de um questionário que foi aplicado a 572 indivíduos, com idade igual ou superior a 50 anos, que recorreram aos Centros de Saúde das cidades da Guarda, Viseu, Castelo Branco e Covilhã.

Dos resultados obtidos destaca-se que os indivíduos inquiridos apresentam conhecimentos superiores face à infecção VIH/SIDA, em todas as componentes (prevenção, contaminação e conhecimentos gerais) e em relação ao conhecimento global. A maioria não se considera em risco em relação à infecção VIH/SIDA. A maioria dos indivíduos nega o uso regular do preservativo e refere que não precisa de mais informação sobre a sua utilização. O sexo feminino apresenta níveis de conhecimento superiores sobre a infecção VIH/SIDA, quando comparado com o sexo masculino. Por outro lado, e em relação aos comportamentos de risco, a sua assumpção é superior no sexo masculino.

Palavras-chave: Infecção, VIH/SIDA, Indivíduos com idade superior ou igual a 50 anos

(1) Licenciada em Enfermagem. Mestre em SIDA: da prevenção à terapêutica, pela Faculdade de Medicina e Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação da Universidade de Coimbra

 


 

QUALIDADE DE VIDA E ACTIVIDADE FÍSICA EM CRIANÇAS/JOVENS COM DIABETES MELLITUS TIPO I

Inês Branco Almeida(1)
Susana Isabel Vicente Ramos(2)

Resumo

A Diabetes Mellitus (DM) tipo 1 é uma patologia crónica que tem vindo a sofrer um aumento exponencial nos últimos anos, o que se torna preocupante. A DM tipo I, mais frequente em crianças e jovens, não foge a este cenário, tornando-se, por isso, importante prevenir complicações agudas e reduzir o risco de complicações tardias, mantendo-se, deste modo, a qualidade de vida do sujeito. O exigente tratamento da DM, particularmente a tipo 1, requer um cuidadoso equilíbrio entre alimentação, actividade física, insulinoterapia e auto-cuidados (Silva et al., 2003; Silverstein et al., 2005).

Com este estudo, pretendemos conhecer os hábitos de prática de actividade física dos jovens com DM tipo 1; verificar qual o nível de conhecimentos da patologia que possuem; conhecer as suas opiniões relativamente à sua qualidade de vida e contribuir para futuros estudos relativos à temática da qualidade de vida em crianças, jovens ou adultos diabéticos tipo 1.

Palavras-chave: Actividade física, Diabetes Mellitus tipo 1, Qualidade de vida

(1) Licenciada em Educação Física. Mestre em Exercício e Populações Especiais pela Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra. Professora na Escola Secundária José Falcão, em Coimbra.

(2) Professora Auxiliar de Nomeação Definitiva da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra e do Instituto Superior Miguel Torga de Coimbra. Licenciada em Psicologia: Mestre em Psicologia Clínica. Doutorada em Ciências do Desporto e Educação Física Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.

 


 

INVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEM: REFLEXÕES SOBRE PRÁTICAS CIENTÍFICAS E A CONSTRUÇÃO DO SABER

Maria Arminda Rodrigues Alves Pereira(1)

Resumo

Neste artigo apresentamos uma análise reflexiva sobre a construção das práticas e do saber da disciplina e profissão de enfermagem através da investigação, relacionando a perspectiva do paradigma dominante (positivista ou cartesiano) com a do paradigma emergente (interpretativo ou naturalista), tendo como principal objectivo analisar a contribuição de cada um dos paradigmas para a investigação em enfermagem.

Palavras-chave: Investigação em enfermagem, investigação qualitativa, paradigma positivista, paradigma interpretativo

(1) Enfermeira. Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, a exercer funções no Serviço de Obstetrícia do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia. Mestranda em Ciências de Enfermagem, no Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar

 


 

REFLECTIR SOBRE A PRÁTICA DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA A CONSTRUÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE RECOLHA DE DADOS RESUMO

Maria Arminda Rodrigues Alves Pereira(1)

 

Resumo

Um instrumento de recolha de dados deve ser capaz de produzir as informações adequadas e necessárias para os objectivos do estudo. Para tal deve obedecer a critérios de fidelidade e validade.

Para a construção dos instrumentos de recolha de dados com vista ao estudo sobre a continuidade de cuidados em clientes submetidos a artroplastia da anca, recorreu-se aleatoriamente à análise de conteúdo do processo de enfermagem de 20 clientes submetidos a artroplastia da anca. Desta análise resultou duas escalas, uma sobre as necessidades de ensino e outra sobre as necessidades nos autocuidados.

Palavras-chave: Processo de Enfermagem, Necessidades, Autocuidado

(1) Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação. Professora do Departamento de Saúde da Pessoa Adulta e Idosa e Coordenadora da Escola Superior de Enfermagem do Porto do Curso Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem de Reabilitação. Doutora em Ciências de Enfermagem pela Universidade do Porto.

(2) Enfermeira Graduada do Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde- Serviço de Ortopedia Mestre em Ciências de Enfermagem