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Cuidadores Informais

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Cuidadores Informais de Doentes com AVC
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Descrição

Autor: Sónia Catarina Lopes Marques
Editora: Formasau
Ano de edição: 2007
ISBN: 972-8485-78-6 // 978-972-8485-78-8

O livro cuja autora, Sónia Marques, me honra prefaciar revisita sob um modo rigoroso e cuidado uma área do conhecimento que, embora alvo clássico de intervenção e estudos médicos, cada vez mais não prescinde de um olhar e compreensão de natureza psicossocial. Deste modo, a autora propõe-se aprofundar descritiva e reflexivamente o conhecimento sobre a pessoa que de forma informal cuida de quem sofreu um Acidente Vascular Cerebral. Se este último largamente tem sido observado e compreendido sob múltiplas disciplinas da área de intervenção em saúde, já o denominado cuidador informal parcamente tem beneficiado de um olhar mais atento e compreensivo.
É assim que pelo trabalho de Sónia Marques somos convidados a com ela reflectir sobre diferenciados aspectos, como sejam o impacto e repercussões que a situação de doença do outro assume na dinâmica individual e familiar do cuidador, o perpassar das suas necessidades sentidas e sofridas e, nesta sequência os factores de sobrecarga tal como são por si percepcionadas. Correlativamente, o modo como a dependência física do doente vitima de AVC é lidada e integrada internamente pela pessoa cuidadora, capaz de afectar positiva e/ou negativamente o seu próprio quotidiano, emerge igualmente neste trabalho como uma interessantíssima questão fundamentalmente explorada sob o vértice descritivo e caracterizador.
Obra verdadeiramente pragmática, sem dúvida um instrumento de trabalho extraordinariamente útil e interessante, francamente recomendável a todos os que estudam e se dedicam a esta e outras áreas dos cuidados em saúde.

Prof. Doutor Carlos Amaral Dias

RESUMO

O propósito deste estudo é, fundamentalmente, conhecer as condições sócio-demográficas dos cuidadores informais de doentes vítimas de Acidente Vascular Cerebral e alguns dos factores relacionados com a situação de prestação de cuidados informais a um familiar vítima de A.V.C., tendo e  conta as dificuldades e a sobrecarga que lhes estão associadas. O estudo foi realizado no concelho de Coimbra, tendo a colheita de dados sido efectuada nos Serviços de Neurologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra e na Consulta Externa de Neurologia do referido hospital. Foram utilizados com  instrumentos de colheita de dados um questionário sócio demográfico, a escala de Graffar, a escala CADI (Carers’ Assessment of Difficulties Index), o QASCI (Questionário de Avaliação da Sobrecarga para Cuidadores Informais) e o Índice da Katz. A amostra é constituída por 50 cuidadores informais, predominantemente do sexo feminino, com média de idades de 61 anos, cônjuges do doente dependente  com nível sócio económico médio baixo, a residir em meio rural no mesmo domicílio do familiar dependente. A maioria não partilha a responsabilidade na prestação de cuidados, e um maior número de inquiridos presta cuidados há mais de seis meses. 27 prestadores de cuidados não recebem ensinos aquando da alta hospitalar do doente. Em termos de resultados podemos afirmar que os inquiridos evidenciam poucas dificuldades na prestação de cuidados, sendo que, no entanto, os cuidadores do sexo masculino e os cônjuges do doente evidenciam menores dificuldades na prestação de cuidados. Os prestadores de cuidados com baixo nível sócio-económico evidenciam maiores dificuldades e àqueles que foram facultados ensinos aquando da alta hospitalar do doente evidenciam menores dificuldades no que concerne à relação com o doente. Em termos gerais podemos afirmar que os inquiridos não evidenciam uma sobrecarga muito acentuada, verificando-se, no entanto, que os prestadores mais velhos tendem a apresentar menor sobrecarga global, menor implicação na sua vida pessoal e menor reacção às exigências; os prestadores do sexo masculino evidenciam menor sobrecarga emocional, menores implica ções na sua vida pessoal, menor sobrecarga financeira e maiores mecanismos de eficácia e controlo; os prestadores cônjuges do doente evidenciam menor
sobrecarga na prestação de cuidados e os cuidadores com um nível sócioeconómico mais elevado evidenciam menor sobrecarga na prestação de cuidados; os cuidadores que residiem no mesmo domicílio do doente tendem a apresentar menor sobrecarga emocional, menor reacção às exigências e maior satisfação com o seu papel e com o familiar.