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PREVENÇÃO DO OMBRO DOLOROSO NA PESSOA ADULTA APÓS O ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Prevention of painful shoulder in the adult after stroke: Integrative review of literature
Prevención del hombro doloroso en la persona adulta después del Accidente Vascular Cerebral: Revisión integrativa de la literatura
Sandra Correia; Marisa Lavajo; Luís Manuel Mota de Sousa; Isabel Oliveira; Teresa Silveira

PREVENÇÃO DA INFEÇÃO DA CORRENTE SANGUÍNEA ASSOCIADA AO CATETER VENOSO CENTRAL EM DOENTES DE CUIDADOS INTENSIVOS: ADESÃO DOS PROFISSIONAIS ÀS PRÁTICAS RECOMENDADAS
Prevention of central line associated bloodstream infection on intensive care patients: Professionals’ adherence to recommended practices
Prevención de la infección del flujo sanguíneo asociado al catéter venoso central en pacientes de cuidados intensivos: Adhesión de los profesionales a las prácticas recomendadas
Ana Rita Morais Correia; Cláudia Patrícia Machado Portela; Maria de Alarcão Santos Lorenço da Chão; Amélia Filomena de Oliveira Mendes Castilho

BARREIRAS À COMUNICAÇÃO INTERDISCIPLINAR EM EQUIPAS DE SAÚDE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Barriers to interdisciplinary communication in healthcare teams: an integrative literature review
Obstáculos a la comunicación interdisciplinaria en equipos de salud: una revisión integradora de la literatura
Bernardes, R, Fonseca, C., Gaspar, A., Martins, D., Castanheira, J.1, Melo, R.

A PESSOA DEPENDENTE NO AUTOCUIDADO: REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA ENFERMAGEM
Dependent Person in Self Care: Nursing’s Social Representation
La Persona Dependiente en el Autocuidado: Representación Social de la Enfermería
Élio Xavier; Igor Lourenço; Sérgio Santos; Sónia Novais; Isabel Oliveira

EDITORIAL
O envelhecimento da população tem contribuído cada vez mais para a presença de pessoas idosas com dependências nos autocuidados em diversos contextos. A maioria dessas pessoas idosas apresenta mobilidade comprometida que pode afetar outras dimensões, como a física, psicológica e social, e contribuir para o aumento do risco de declínio funcional, se não forem utilizadas estratégias e medidas adequadas de prevenção.
De fato, é consensual que a restrição da mobilidade é um fator importante que pode contribuir para a redução da qualidade de vida e eventos adversos evitáveis, nomeadamente para o aumento da incidência de infeções urinárias, úlceras por pressão, contraturas e quedas, bem como um declínio persistente da função e da atividade física, incluindo também diminuição da participação em atividades sociais e na independência nas diversas AVDs, sendo portanto a mobilidade de importância central para a promoção da qualidade de vida e bem-estar.
Os enfermeiros e os estudantes de enfermagem, entre outros profissionais de saúde, estão diretamente envolvidos nos cuidados a pessoas idosas dependentes em diversos contextos, estão numa posição privilegiada para promover e manter a mobilidade nos autocuidados, e contribuir para os ganhos de saúde esperados.
As estratégias de prevenção de riscos da mobilidade comprometida passam por utilização de intervenções que facilitem e apoiem as pessoas idosas em diversas atividades, nomeadamente no posicionamento correto, na promoção de levante precoce, apoio nas transferências seguras, no treino de deambulação, com ou sem apoio de auxiliares de marcha, para além de intervenções que promovam o aumento da força muscular (membros superiores e inferiores), o equilíbrio estático e dinâmico, fundamentais para a segurança individual.
Para Isso, é necessário desenvolver competências e habilidades específicas de apoio ao movimento para ajudar pessoas dependentes nos seus autocuidados e que, simultaneamente, não prejudiquem a saúde dos profissionais cuidadores. As boas práticas implicam segurança para quem é cuidado e para quem cuida.
Os currículos académicos e a formação contínua que se realiza a diversos níveis e contextos incluem a aquisição de conhecimentos, competências e habilidades na área de procedimentos para a promoção da mobilidade e a prevenção de riscos ocupacionais. No entanto, apesar dessa preparação e treino, existe alguma perceção de que em relação à avaliação das pessoas idosas dependentes no autocuidado, o foco na mobilidade pode ser secundarizado, e existem dúvidas da efetividade das intervenções/ações planeadas e executadas para minimizar eventuais situações de dependência.
Neste contexto, e porque este tema é cada vez mais preocupante para a comunidade científica e para os profissionais da prática clínica a nível internacional, deixamos algumas questões para reflexão:
- Será que o tipo de formação (inicial e contínua) dos profissionais cuidadores em relação ao apoio à mobilidade de pessoas idosas dependentes para desempenhar adequadamente o seu papel são efetivas?
- Os profissionais cuidadores têm as condições elementares para poderem intervir com confiança e segurança, simultaneamente para o doente e cuidador, na promoção da mobilidade?

Arménio Cruz