Investigação em Enfermagem nº 11 Fevereiro 2005 |
EDITORIAL
Pouco sabemos acerca das coisas, desiludam-se os que se pensam expert em determinados assuntos, porque enquanto descansam à sombra da sua sabedoria, a velocidade da sociedade do conhecimento deixa-os perfeitamente ultrapassados. É impossível correr atrás de tanta informação disponibilizada diariamente, quer seja informação geral, quer técnica, quer cientí. ca. A chave para o problema parece estar em ser-se muito selectivo, mas só pode ser selectivo quem conhecer para seleccionar, caímos no mesmo ou quase no mesmo. Só nos resta correr por gosto, quem correr por gosto não se cansa. Seleccionaríamos assim mais do que aquilo que necessitamos, aquilo que nos dá prazer. O prazer do conhecimento. E voltaríamos a ter o mesmo problema, é que todo o conhecimento nos dá prazer. É uma atitude quase obsessiva, metemo-nos dentro das coisas, entusiasmamo-nos, e a sua descoberta é só por si prazenteira.
Atitude similar a esta podemos encontrar naqueles que tem a obsessão por fazer coisas. O prazer de fazer a juntar-se ao prazer de conhecer. O projecto Sinais Vitais é um pouco isto - o prazer de fazer e o prazer de conhecer.
Fazemos este número onze da Revista Investigação em Enfermagem, contando com o prazer da colaboração de uma dezena de autores/investigadores. Terão os leitores ao longo destas páginas a oportunidade de apreciar artigos cujas temáticas vão desde o burnout no trabalho e conjugal em enfermeiros e o clima organizacional, ao stresse e estratégias de coping em enfermeiros, à matutinidade-vespertinidade, exercício físico e imunidade, passando pelos cuidados de enfermagem à puérpera numa perspectiva antropobiológica, às adolescentes grávidas - vidas e(m) desenvolvimento, para terminar na relação entre conhecimento sobre drogas e consumo de drogas em adolescentes do 3º ciclo do concelho de Vila Pouca de Aguiar.
A Revista Investigação em Enfermagem respondendo ao desa. o colocado por outras revistas de enfermagem entrou no processo de permuta e é com prazer que podemos desde já anunciar que trocamos revistas com a “Pensar Enfermagem”, revista da UI&DE – Unidade de Investigação e Desenvolvimento em Enfermagem, entidade autónoma das quatro Escolas Superiores de Enfermagem Públicas de Lisboa; com a “Aquichan” da Facultad de Enfermeria da Universidad de la Sabana, Bogotá na Colombia; com a “Investigación y Educación en Enfermería” da Facultad de Enfermería da Universidad de Antioquia, Medellín na Colombia. Esperamos continuar a ter o prazer de . rmar convénios de permuta com outras revistas, nomeadamente estrangeiras, de forma a conhecer melhor experiências e conhecimentos produzidos sobretudo em longínquas partes deste planeta.
Paulo Queirós