A Vida Emocional do Enfermeiro
Com envio CTT para 3,50 €
Preço base 15,00 €
Preço de venda com desconto
Preço Venda15,00 €
Desconto
Descrição
ISBN: 972-8485-70-0
Autora: Paula Manuela Jorge Diogo
Nº de Páginas: 264
Formato: 15 X 21 cm
Editora: Formasau
Ano de edição: 2006
Autora: Paula Manuela Jorge Diogo
Nº de Páginas: 264
Formato: 15 X 21 cm
Editora: Formasau
Ano de edição: 2006
PREFÁCIO
A temática das emoções e sentimentos tem sido tratada essencialmente pela psicologia e só nos últimos anos aparece nos estudos da neurociência, entre nós divulgados em especial por António Damásio. É uma das áreas de estudo transdisciplinar e naturalmente, pela sua natureza, a disciplina de enfermagem necessita de a estudar sob a sua própria perspectiva. O conhecimento é um só e todas as disciplinas contribuem para o desenvolvimento do conhecimento, aproveitando o conhecido, aprofundando-o e alargando-o. Cada disciplina do conhecimento estuda o fenómeno sob uma perspectiva particular que inclui um quadro de referência próprio.
O tema das emoções dos profissionais de saúde, incluindo os enfermeiros, e do seu controlo, já tem sido tratado e estudado no âmbito do desenvolvimento pessoal. Neste livro o que é de realçar é a análise das emoções dos enfermeiros no processo de cuidar. Até parece estranho dizer que é de realçar...pois não é inerente ao cuidados de enfermagem a vivência de emoções e sentimentos, ainda por cima quando na maioria dos clientes está em causa o sofrimento, a dor, o morrer? Mas, como sabemos, é muito grande o peso da socialização profissional, com ênfase para a cultura hospitalar, na pressão sobre o controlo das emoções.
O estudo aqui relatado mostra bem como a utilização das emoções é inerente ao processo de cuidar e como isso significa tomar consciência delas e utilizá-las na relação com o cliente, sendo o ideal a possibilidade de ambos poderem ser pessoas no desempenho dos seus papeis profissionais. O estudo mostra como não tem sentido separar a “técnica” da relação. “A utilização da emotividade, como veículo condutor dos cuidados, implica que o enfermeiro perspective a experiência humana de sentir como instrumento de cuidados. As emoções sentidas são orientadoras do seu agir e explicitam-se no seu cuidar, são utilizadas como “ferramenta” de cuidar e assim com intencionalidade... o cuidar afectivo” (p.243 da Dissertação) conclui a autora.
Trata-se de um estudo qualitativo, na perspectiva da Grounded Theory, realizado com grande rigor científico e muito bem escrito, que mostra como há enfermeiros prestadores de cuidados que reconhecem e sabem utilizar as suas emoções, como o sofrimento se segue à prestação de cuidados e como reagem ao vivido, utilizando estratégias de gestão emocional na prática de cuidados.
Vale a pena ler este livro donde se podem extrair conhecimentos úteis quer para a prestação de cuidados quer para a formação de enfermeiros.
A temática das emoções e sentimentos tem sido tratada essencialmente pela psicologia e só nos últimos anos aparece nos estudos da neurociência, entre nós divulgados em especial por António Damásio. É uma das áreas de estudo transdisciplinar e naturalmente, pela sua natureza, a disciplina de enfermagem necessita de a estudar sob a sua própria perspectiva. O conhecimento é um só e todas as disciplinas contribuem para o desenvolvimento do conhecimento, aproveitando o conhecido, aprofundando-o e alargando-o. Cada disciplina do conhecimento estuda o fenómeno sob uma perspectiva particular que inclui um quadro de referência próprio.
O tema das emoções dos profissionais de saúde, incluindo os enfermeiros, e do seu controlo, já tem sido tratado e estudado no âmbito do desenvolvimento pessoal. Neste livro o que é de realçar é a análise das emoções dos enfermeiros no processo de cuidar. Até parece estranho dizer que é de realçar...pois não é inerente ao cuidados de enfermagem a vivência de emoções e sentimentos, ainda por cima quando na maioria dos clientes está em causa o sofrimento, a dor, o morrer? Mas, como sabemos, é muito grande o peso da socialização profissional, com ênfase para a cultura hospitalar, na pressão sobre o controlo das emoções.
O estudo aqui relatado mostra bem como a utilização das emoções é inerente ao processo de cuidar e como isso significa tomar consciência delas e utilizá-las na relação com o cliente, sendo o ideal a possibilidade de ambos poderem ser pessoas no desempenho dos seus papeis profissionais. O estudo mostra como não tem sentido separar a “técnica” da relação. “A utilização da emotividade, como veículo condutor dos cuidados, implica que o enfermeiro perspective a experiência humana de sentir como instrumento de cuidados. As emoções sentidas são orientadoras do seu agir e explicitam-se no seu cuidar, são utilizadas como “ferramenta” de cuidar e assim com intencionalidade... o cuidar afectivo” (p.243 da Dissertação) conclui a autora.
Trata-se de um estudo qualitativo, na perspectiva da Grounded Theory, realizado com grande rigor científico e muito bem escrito, que mostra como há enfermeiros prestadores de cuidados que reconhecem e sabem utilizar as suas emoções, como o sofrimento se segue à prestação de cuidados e como reagem ao vivido, utilizando estratégias de gestão emocional na prática de cuidados.
Vale a pena ler este livro donde se podem extrair conhecimentos úteis quer para a prestação de cuidados quer para a formação de enfermeiros.
Marta Lima basto
Março 2006