DOENÇA ONCOLÓGICA - REPRESENTAÇÃO, COPING E QUALIDADE DE VIDA

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Descrição
 Autor: Célia Samarina Vilaça de Brito Santos
ISBN: 972-8485-77-8
Editora: Formasau
Ano de edição: 2006
 

Prefácio:

A Doutora Célia Santos realizou , sob minha orientação , uma tese de doutoramento em que se debruça sobre as consequências psicossociais de uma das doenças que mais assusta a população Portuguesa -  o cancro - e estudou as variáveis psicossociais que são susceptíveis de influenciar um bom ajustamento a esta doença e quais as variáveis que expressam esse ajustamento.
Na viragem do século, a evolução dos meios de diagnóstico e dos tratamentos têm permitido que as pessoas que sofrem destas doença sejam identificadas em momentos em que o tratamento ainda é eficaz, a recorrer a tratamentos que , também, são mais eficazes.
As consequências de ter um cancro, como mostram os dados da SEER ( Surveillance, Epidemiology,and End Results) em que se baseou o estudo de  H. Brunner ( Lancet, 2002, nº360, pp.113-35), acerca da sobrevivência ao cancro num espaço de 20 anos , em doentes com 24 localizações diferentes, verificam que , para 10 dessas localizações , mais de 50 % das pessoas  estavam vivas 20 anos depois.
Ora , se nos lembrarmos que o cancro tende a ocorrer na segunda metade da vida ,a sobrevivência de 20 anos terá como consequência que muitas pessoas vão viver com o cancro durante grande parte da vida e morrer de outra doença ou , simplesmente, de velhice.

Mas ter um cancro é não só uma doença assustadora com tratamentos particularmente agressivos, mas é , também, uma doença que assusta as pessoas em geral, como mostra  os estudo da Cabral, Silva e Mendes, de 2002, onde verificaram que , cerca de 63% dos portugueses , tinha medo de vir a ter cancro: ou seja é uma doença, também , com impacto em pessoas que não têm a doença.

“…ter um cancro é não só uma doença assustadora com tratamentos particularmente agressivos, mas é, também, uma doença que assusta as pessoas em geral… Para além dos aspectos fisiológicos da doença há ainda, e fundamentalmente, a forma como as pessoas se adaptam psicológica e socialmente à doença e como muda a vida dessas pessoas por causa dela: não somente o doente como os cuidadores informais, ou seja, os familiares ou outros próximos que deles cuidam e que com eles sofrem a doença.
O estudo que aqui é dado à estampa é uma contribuição muito importante para a compreensão do modo como as pessoas se ajustam a esta doença, nomeadamente o modo como pensam, como esse pensamento muda ao longo da evolução da doença e quais as variáveis que melhor explicam o ajustamento à doença ao longo do tempo.
Pelas razões expostas é um trabalho indispensável para todos aqueles que estudam os aspectos psicossociais associados ao cancro em vastas áreas que vão da enfermagem à psicologia, da sociologia à medicina, da fisioterapia à economia”.

José Luís Pais Ribeiro
Professor Associado com Agregação da
Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação  da  Universidade do Porto;
Fundador e Ex-Presidente da Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde;
Editor da Revista Psicologia Saúde & Doenças.

 

 

\"O livro da Professora Célia Santos é um dos dois editados em 2006 no âmbito da parceria da Escola Superior de Enfermagem de São João com a FORMASAU. Poderá parecer estranho que sendo ainda o segundo seja já o último livro - a fusão próxima desta Escola assim o determina. Mas não lamentamos, acreditamos. Acreditamos que o conhecimento que a autora - distinta professora desta Escola - produziu, e agora divulga, numa área tão actual vai, não só, ser útil a muitos enfermeiros e profissionais da saúde, como será para os vindouros um indelével testemunho da Escola que somos e que, teimosamente, gostamos de ser. E isso só pode mesmo ser motivo de orgulho\".

 

Paulo Parente
Presidente do Conselho Directivo da ESEnfSJ