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PESSOA SUBMETIDA A CIRURGIA DE ROTURA DA COIFA DOS ROTADORES: RELATO DE CASO
Pessoa submetida a cirurgia de rotura da coifa dos rotadores: relato de casoTHE IMPACT OF NURSES’ Person underwent to surgery for rotator cuff rupture: case report
Persona sometida a cirugía por rotura del manguito de los rotadores: informe de un caso

Dora Folgado; Maria do Céu Marques ; Alexandra Santos; Luís Manuel Mota Sousa; Maria José Bule

EFEITOS DA DANÇA NA PARTURIENTE DURANTE O PRIMEIRO ESTÁDIO DO TRABALHO DE PARTO: UMA SCOPING REVIEW
Effects of dance on parturient during the first stage of labor: a scoping review
Efectos de la danza en parturientas durante la primeira etapa del trabajo de parto: una scoping review
Cátia Lopes; Maria João Freitas

IMPACTO DA AMPUTAÇÃO NA AUTOIMAGEM E NA INDEPENDÊNCIA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Impact of Amputation on Self-Image and Independence - Integrative Literature Review
Impacto de la amputación en la autoimagen y la independencia - Revisión Integrativa de la Literatura
Adriana Patrício Ferreira; Micaela Jesus Lopes; Cândida Rosalinda Exposto Costa Loureiro

EFETIVIDADE DO PROGRAMA DE PRIMEIROS SOCORROS EM SAÚDE MENTAL EM ESTUDANTES DO 1.º ANO DE ENFERMAGEM
Effectiveness of Mental Health First Aid program in 1st year nursing students
Efectividad del programa de primeros auxilios en salud mental en estudiantes de primer año de enfermería
Sandrina Ribeiro da Cunha; Luís Manuel Jesus Loureiro

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA PESSOA SUBMETIDA A HEMODIÁLISE COM DIAGNÓSTICO DE ANSIEDADE: RELATO DE CASO
Intervenciones de enfermería en pacientes en hemodiálisis con diagnóstico de ansiedad: reporte de caso
Nursing Interventions in Hemodialysis Patients with Diagnosis of Anxiety: Case report
David Metrogos, Ângela Cruz, Luís Manuel Mota Sousa, Isabel Bico, Maria Frade, Maria de Fátima Marques,
Maria de Fátima Marques

PROGRAMAS DE INTERVENÇÃO NA PATERNIDADE ATÉ À 1ª INFÂNCIA: PROTOCOLO DE SCOPING REVIEW
Paternity intervention programs up to childhood: a scoping review protocol
Programas de intervención en paternidad hasta la 1a infancia: protocolo de scoping review
Telma Sofia dos Santos Vidinha, Luísa Teixeira Rocha Filipe, Cristina Maria Figueira Veríssimo, Maria Isabel Domingues Fernandes, Armando Manuel Marques Silva, Isabel Maria Pinheiro Borges Moreira; Maria da Conceição Gonçalves Marques Alegre de Sá; Maria Neto da Cruz Leitão; Maria de Fátima Marques

EDITORIAL
Promoção da atividade física – Um foco de atenção de enfermagem
O aumento da inatividade física que se observa em muitos países, incluindo Portugal, tem implicações relevantes na saúde global. É a quarta causa de mortalidade em todo o mundo, e contribui para o desenvolvimento acelerado de diversas doenças, aumento dos custos de saúde e perda de produtividade (WHO, 2020). De fato, Portugal é um dos países europeus com níveis mais baixos de atividade física (AF), o que deve preocupar as entidades e organizações nacionais (EU, 2018).
É consensual que a prática regular de AF e/ou exercício físico (EF) é uma estratégia de prevenção e gestão para várias doenças não transmissíveis, incluindo diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, obesidade e cancro, e contribui também para o bem-estar mental, aumentando a autoestima e a autoeficácia. Por isso, a AF deve ser parte integrante dos cuidados de saúde padrão (Walsh et al., 2020).
Neste contexto, os profissionais de saúde, nomeadamente os enfermeiros, têm responsabilidades e estão bem posicionados para promover o aumento dos níveis de AF dos seus clientes e população em geral. De fato, a sua proximidade e o conhecimento que detém do utente/doente, das suas diversas caraterísticas e problemas de saúde, permite serem-lhe reconhecidas competências para, em partilha com uma equipa multidisciplinar, desenvolver e aplicar recomendações direcionadas e o acompanhamento diferenciado necessário para a promoção da AF/EF dos nossos cidadãos (DGS, 2016).
Para além da confiança que a população em geral tem nas competências dos enfermeiros, parece existir também da parte destes uma atitude positiva e entusiasmo em relação à AF na promoção da saúde, e concordância na sua envolvência nesse processo. Por outro lado, existe alguma evidência sobre a relação entre o comportamento dos enfermeiros e hábitos regulares de AF/EF, e as suas práticas profissionais no que se refere a maior sensibilidade, disponibilidade e probabilidade de promover AF/EF no seu local de trabalho (Walsh et al., 2020).
A própria CIPE® (2015), nos seus diversos eixos (focos, diagnósticos, intervenções e recursos), e a legislação e regulamentos atuais que sustentam a sua prática profissional, confere aos enfermeiros a legalidade e competências em diversos patamares de intervenção na área da AF e EF (Martins & Sousa, 2019).
Perante estas circunstâncias, porque é que os enfermeiros ainda não adotam na sua prática profissional um papel mais interventivo neste âmbito?
Os fatores serão diversos, dependendo dos contextos onde atuam. Alguns autores, referem a presença de indefinição das suas funções e intervenções nesses contextos, mas também a falta de conhecimento e informação atualizado na área da AF e do EF, que inibe e contribui para a falta de confiança na capacidade de fornecer aos seus utentes/doentes informações e recomendações corretas e precisas neste âmbito (Walsh et al., 2020).
Assim, e integrado na Estratégia Nacional de Promoção de Atividade Física 2016-2025 (DGS, 2016), torna-se premente e essencial o suporte, treino e formação nos currículos académicos da licenciatura e pós-graduações de enfermagem, mas também na formação contínua dos enfermeiros em geral, e dos enfermeiros especialista em particular. Por outro lado, há necessidade da sua participação e colaboração em projetos de investigação, incluídos em equipas multidisciplinares, que permitam o fornecimento de dados significativos, para definir as intervenções mais adequadas. Estas estratégias irão contribuir para que se desenvolvam atitudes positivas e de confiança, para garantir aos futuros e atuais enfermeiros, as competências necessárias para que a promoção da AF e do EF, faça parte dos seus focos de atenção prioritários no seu dia a dia do seu exercício profissional, e para uma melhor qualidade de vida da população.
Os enfermeiros não devem substituir os profissionais especializados em AF, no entanto, eles devem ser capazes de aconselhar os seus clientes de forma adequada sobre os diversos componentes de AF/EF, e encaminhá-los aos profissionais e recursos adequados, quando necessário.

Arménio Cruz, Corpo Editorial, RIE