ENTREVISTA COM O GRUPO DO PROJECTO TELEENFERMAGEM/ ENFERMAGEM NO CUIDAR
Entrevista da responsabilidade de Carlos Margato
Esta entrevista decorreu no espaço cidadania da Sede da Secção Regional Centro da Ordem dos Enfermeiros, onde os nossos entrevistados nos receberam, no início de mais uma das suas reuniões.
Participaram na entrevista quatro dos seis elementos do grupo.
A entrevista tinha como finalidade conhecer o grupo de Projecto Teleenfermagem / Enfermagem no Cuidar, percebendo quais as motivações que presidiram ao seu desenvolvimento e conhecer o processo, os resultados obtidos e perspectivas futuras.
Elementos que constituem o grupo
O grupo é constituído por enfermeiros que desempenham funções ao nível da gestão operacional e intermédia em instituições prestadoras de cuidados da Região Centro do País. Frequentaram o 1º curso de Liderança para a Mudança em 2007/2008, patrocinado em parceria pela Ordem dos Enfermeiros e pelo Conselho Internacional de Enfermeiros, a saber:
Amilcar Henriques de Carvalho – Enfermeiro • Supervisor dos HUC;
Esperança Jarró – Enfermeira Chefe dos HUC;
Cristina Murta Miguéns – Enfermeira chefe do Centro de Saúde da Figueira da Foz;
Porfírio Martins Canilho - Enfermeiro Supervisor dos HUC;
Luísa Maria Verdete Azevedo – Enfermeira chefe do Hospital Distrital da Figueira da Foz, a exercer o cargo de Enfermeira Directora;
Maria Eugénia Morais Jerónimo – Enfermeira Supervisora do CHC - Hospital Pediátrico.
Como surge o grupo?
O grupo surge da necessidade de responder a uma das exigências do Curso de Liderança que prevê para a sua concretização o desenvolvimento de um projecto em equipa que demonstre ser relevante no âmbito dos cuidados de saúde em geral e dos cuidados de enfermagem em particular.
O que é a teleenfermagem e como pode ser implementada no cuidado à pessoa?
É muito importante clarificar que no entendimento dos elementos do grupo, teleenfermagem não é uma nova vertente da enfermagem ou dos cuidados, mas antes uma forma diferente de os levar à prática, englobando um conjunto de técnicas susceptíveis de ser aproveitadas para a concepção e exploração de soluções mais vantajosas para os clientes, os profissionais e as organizações de saúde. A teleenfermagem não se refere à comunicação de informação entre enfermeiros, que pode ser realizada utilizando suportes de papel, via telefone, ou mail ou Internet mesmo com recurso a câmaras. Quando falamos de teleenfermagem referimo-nos a uma arquitectura que tenha em consideração um modelo integrado da gestão da informação e conhecimento sobre a situação do doente, suportado por uma opção estratégica na oferta de cuidados de qualidade, na gestão efectiva das capacidades de enfermagem e eficiência de meios dos Hospitais e dos Centros de Saúde.