Índice do artigo

Sinais Vitais nº 52
Janeiro 2004

 

 


 

EDITORIAL

Esta é a primeira revista de 2004. Mais um ano em que esperamos continuar a chegar a tempo e com qualidade junto de cada leitor. Mais um ano em que nos dispomos a ser a porta aberta para o debate de ideias e para a divulgação do conhecimento em enfermagem, de modo a tornarmos mais visível o que fazemos e a acrescentarmos mais qualidade àquilo que os nossos utentes exigem.
O ano de 2003 foi profíquo em discussões sobre o défice orçamental e sobre as reformas no sector da saúde, nomeadamente ao nível da gestão hospitalar. Sobre estas últimas não se pode discutir a sua imperiosidade. No nosso sistema de saúde existe muito desperdício, é um sistema pouco eficiente e a gestão é pouco ágil. Já sobre a forma como essas reformas têm sido colocadas em prática temos que questionar, se não seria possível conseguir melhores resultados a partir do desenvolvimento das experiências que, entretanto, já decorriam em alguns hospitais, refirome ao Hospital S. Sebastião, à Unidade Local de Saúde de Matosinhos entre outros.
Quando se diz que as reformas têm em vista a melhoria da satisfação dos utentes e depois se ouvem algumas individualidades alertarem para a possibilidade de alguns hospitais SA estarem a fazer selecção adversa (rejeitar os doentes que pela sua condição de doença consomem maior volume de recursos), temos que nos questionar se, de facto, as reformas tiveram em conta os utentes ou visaram apenas afastar cada vez mais o Estado da sua função social e dos seus deveres redistributivos.
Também para os enfermeiros o ano que agora começa é um ano de forte expectativa. Ao nível do ensino, porque inicía sem que esteja decidido o início dos cursos de pós-graduação de especialidade, porque começa ainda com alguma indefinição quanto à integração das escolas de Lisboa, Porto e Coimbra.
Expectativas também ao nível laboral, onde os contratos individuais de trabalho parecem passar a ser a norma e onde as tentativas de desvalorizar o nosso papel no sistema são cada vez mais claras.
Temos que estar alerta!
Um bom ano para todos!

 


 

ENTREVISTA 

There’s no time for delays” (Nelson Mandela)

Conversa com o Professor Doutor António Abel Meliço-Silvestre Encarregado de Missão da Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA

“Duas décadas se passaram sobre tão temível epidemia, uma migalha nos tempos, o terror para a humanidade”
Estas foram as palavras com que o Professor Meliço-Silvestre abriu os seu discurso de tomada de posse como Chefe de missão da Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA.
As palavras que proferiu e compiladas numa brochura, são o compromisso para o seu mandato. Nele o catedrático de Doenças Infecciosas da Universidade de Coimbra, faz um apelo a toda a sociedade para esta luta que tem que ser de todos.
Portugal situa-se, ao nível da incidência de casos de SIDA, numa posição que não nos dignifica no que tem sido o trabalho de prevenção da doença e sobretudo na adopção de hábitos de vida que tendam a diminuir o risco de a vir a adquirir.
Foi neste enquadramento que quisemos saber mais sobre o estado da SIDA em Portugal e sobretudo saber quais as estratégias deste novo Chefe de Missão da Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA.
O professor António Meliço-Silvestre é Professor Catedrático de Doenças infecciosas na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

 


 

ESSENCIAL SOBRE
Cuidados de Enfermagem ao Doente com Pancreatite Aguda

AUTORAS: José Maria Queirós Coutinho; Ilda de Oliveira Marinho; Maria do Céu Ferreira Macedo

 

RESUMO:

A Pancreatite Aguda é uma Patologia com grande incidência, pode assumir diversas formas , pondo sempre em risco a qualidade de vida e mesmo a vida do doente.
O consumo de álcool a par da Litíase Biliar, são os factores que mais contribuem para a incidência desta patologia.
Os cuidados de Enfermagem assumem particular importância no controle da dor, da evolução da doença e no apoio Psicossocial do doente e família.

PALAVRAS CHAVE:
Autodigestão, Dor, Alcool, Pró-enzimas, Choque, Acolhimento, Processo de Enfermagem e Apoio Psicossocial.

INTRODUÇÃO
A grande finalidade deste trabalho é servir de orientação e aprendizagem, facilitando um enriquecimento contínuo e uma melhoria na prestação de cuidados de enfermagem ao doente com pancreatite aguda.
A publicação deste artigo tem como objectivos, possibilitar aos leitores:
- Dinamizar procedimentos no sentido de efectuar uma colheita de dados completa e orientada para as necessidades do doente com Pancreatite aguda.
- Conhecer a sintomatologia e principais complicações da doença de modo a facilitar uma actuação de enfermagem oportuna e adequada.
- Aperfeiçoar conhecimentos sobre Fisiopatologia, e assim, adquirir maior capacidade de avaliação do doente.
- Adequar os conhecimentos teóricos à prática, através da aplicação do processo de Enfermagem.

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A Informação aos Familiares e Acompanhantes 

Autor: João Liberado

INTRODUÇÂO

Actualmente a necessidade de informação ao doente e Família, segundo Moreira (2001:55 ) "é reconhecida no campo conceptual como um direito destes e um dever dos profissionais de saúde no contexto da prática dos cuidados".
Corney (1996), chama a atenção de que nos últimos anos têm sido detectados muitos problemas e queixas dos utentes (familiares e acompanhantes), devidas à informação reduzida ou incompreensível  sobre o tratamento e cuidados prestados.
As respostas às necessidades  das famílias com indivíduos hospitalizados apontam para a necessidade de serem fornecidas explicações sobre o estado do doente, a confirmação de que a pessoa está a receber cuidados de qualidade e a esperança do seu restabelecimento. As situações de doença que conduzem aos Serviços de Urgência constituem frequentemente situações de crise no sistema familiar, gerando  grande stress, pois a crise é sentida por estes como uma ameaça, em virtude da imprevisibilidade dos acontecimentos e das necessidades de mudança.

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Radioterapia em Utentes de ORL 

Autores: Fernando Cardoso; Margarida Veríssimo; Carmen Flora

Resumo
O seguinte artigo propõe-se abordar a radioterapia anti-neoplásica administrada aos portadores de tumores do foro de otorrinolaringologia e quais os cuidados a prestar para o sucesso do tratamento quer este seja paliativo ou curativo de modo a que este decorra sem interrupções, nos prazos inicialmente delimitados.

Palavras chave
Radioterapia; Efeitos Secundários; Cuidados de Enfermagem;

Introdução
O contacto diário ao longo de várias semanas com utentes submetidos a radioterapia permite observar as variações de humor e motivações para o tratamento, à medida que os efeitos secundários decorrentes da terapêutica se instalam.
Iremos assim conhecer quais os cuidados gerais a prestar em radioterapia aos menos familiarizados com a questão, informando em simultâneo dos cuidados específicos a utilizar em utentes de ORL (cabeça e pescoço) submetidos ao tratamento radioterapico.

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Atipia das Pneumonias nos idosos

AUTORES: CARLOS PIRES MAGALHÃES; ADÍLIA  MARIA  P. SILVA  FERNANDES; MARIA ESMERALDA BARREIRA

RESUMO:
As  Pneumonias  são  muito frequentes na população idosa. Regra geral, nesse grupo etário, estas são  difíceis de tratar e estão associadas a uma mortalidade mais elevada, relativamente às vítimas jovens. Atendendo ao processo natural do envelhecimento, no idoso com Pneumonia, os sintomas clássicos de tosse, dor torácica, produção de escarro e febre, podem não estar presentes. Tais aspectos, não poderão ser descorados, aquando da abordagem assistencial deste grupo etário, por parte do profissional de enfermagem

PALAVRAS CHAVE: Pneumonia; idosos; envelhecimento

INTRODUÇÃO
Segundo Fernando (1995),  no inicio do século XX, por volta dos anos 30, é realizado pela primeira vez um estudo epidemiológico que revela uma incidência de Pneumonia cinco vezes superior nos indivíduos na oitava década de vida, quando comparados com os da segunda década. Mais preocupante ainda era que este aumento se elevava para cem vezes  na  mortalidade.
Em 2001,  ficaram internados no Hospital Distrital de Bragança, 306 utentes com Pneumonia (como diagnóstico principal), destes 306 utentes,  171  pertenciam ao grupo etário  ≥65 anos,  tendo deste grupo  falecido 18.  Se analisarmos ao pormenor a sintomatologia que levaram estes idosos aos serviços hospitalares, verificamos que a maioria não apresentava  sintomatologia típica de uma  Pneumonia.

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ADESÃO DOS DOENTES HIPERTENSOS À TERAPÊUTICA FARMACOLÓGICA

 

AUTORAS: Dina Faustino; Cristina Crespo

RESUMO
A hipertensão arterial é um factor de risco importantíssimo de doença cardiovascular, e possivelmente, a principal causa de morte e incapacidade no nosso país. A falta de adesão ao regime farmacológico anti-hipertensivo prescrito é a maior razão verificada para a ausência de um controlo adequado da tensão arterial.

PALAVRAS CHAVE
H.T.A. ; TERAPÊUTICA FARMACOLÓGICA; ADESÃO TERAPÊUTICA

INTRODUÇÃO
Para URQUHART (1995), citado por RAMALHINHO & CABRITA (1998), “a terapêutica farmacológica é, actualmente, a base da maioria das intervenções médicas que visam o controle da hipertensão. Assim, se a prescrição for adequada, os benefícios da terapêutica instituída dependerão, provavelmente, do cumprimento da posologia recomendada”. No entanto, a baixa adesão ao tratamento farmacológico é comum. Na verdade, estima-se que mais de 40% dos indivíduos com pressão arterial elevada abandonam o tratamento no primeiro ano e, dos restantes, cerca de 40% não aderem adequadamente ao regime terapêutico ( MORISKY, 1986).
Muitas são as razões apontadas para a fraca adesão à terapêutica anti-hipertensiva. Entre elas é de salientar o conhecimento da doença, a complexidade do regime terapêutico, os efeitos secundários dos anti-hipertensores, a concepção de saúde dos doentes, o carácter assintomático da doença e o não reconhecimento da importância do tratamento.
Para a concretização deste estudo, delineámos os seguintes objectivos:
-Identificar a adesão dos doentes hipertensos à terapêutica farmacológica;
-Analisar os factores que estão na sua origem.

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EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE A REALIZAR À PESSOA COM DIABETES MELLITUS

 

Autoras: Sara M. Caseiro Caldas; Kátia R. Dinis Fortunato 

Palavras Chave:Diabetes Mellitus; Educação para a saúde.

Resumo:
Apesar da diabetes mellitus pertencer ao grupo das patologias mais conhecidas, as suas complicações ainda são frequentes. Pelo que é importante investir na educação para a saúde de forma a prevenir o aparecimento destas.

Introdução
A diabetes mellitus é uma doença crónica que afecta uma grande parte da população em todo o mundo, cerca de “6 milhões de pessoas sofrem de diabetes mellitus declarada”. (Phipps et al, 1995)
Apesar de um maior investimento nesta área, a nível do diagnóstico, da terapêutica e da prevenção das complicações é um problema que permanece no nosso quotidiano.
A população continua a apresentar, a médio ou a longo prazo, as complicações mais variadas que se podem encontrar nesta doença. Complicações que afectam toda a dinâmica familiar, com alterações de vária ordem, tais como, a necessidade de uma amputação vai implicar uma reorganização a nível social e sobretudo a nível psicológico.
O enfermeiro tem um papel primordial nos cuidados a prestar à pessoa com diabetes mellitus, pois tem a responsabilidade de a ajudar a ter consciência do seu problema e das suas capacidades para conseguir controlar a sua doença, de modo a evitar o aparecimento de complicações.
Este trabalho prende-se essencialmente com a necessidade de melhorar a educação para a saúde a realizar à pessoa com diabetes mellitus.

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Locais e vias de administração das vacinas segundo os diferentes grupos etários.

 

AUTORES: Benvinda Rodrigues Silva, Maria da Conceição Nunes dos Santos

RESUMO: Tendo os autores feito um estágio no âmbito do 1º CESE  da Especialidade de Saúde Infantil e Pediátrica num Centro de Saúde Comunitária, apercebendo-se das dificuldades que alguns Profissionais de Saúde tinham na escolha do local e vias de administração das vacinas, decidiram efectuar uma revisão bibliográfica sobre o tema, na perspectiva de contribuir para esclarecer as dúvidas nessa área.

PALAVRAS CHAVE: Vacinação; Locais e Vias de Administração das vacinas

INTRODUÇÃO
As medidas destinadas a evitar as doenças, devem ser encaradas em primeiro lugar através das medidas de promoção de saúde. No entanto, para que o homem possa lutar contra determinadas doenças que o ameaçam, é necessário uma intervenção mais complexa, e há que dotar o organismo de defesas apropriadas, o que é o caso de algumas doenças transmissíveis, para as quais já dispomos de medidas profilácticas específicas - que são as vacinas.
Os projectos de investigação no campo da criação de novas vacinas, têm sido espectaculares, permitindo dispor actualmente de produtos de eficácia comprovada, para um maior número de doenças contagiosas.
A irradicação da varíola , através dos esforços conjugados  de todos os Países, veio trazer a esperança  da eliminação de outras doenças evitáveis pela vacinação.
Surgiu então o plano alargado de vacinação (PAV), criado pela OMS. Este, é um plano colectivo dos estados membros , visando uma cobertura vacinal total das populações e dos grupos etários vulneráveis em todo o mundo.
Em Portugal, a situação sofreu uma evolução favorável desde o PNV -  Plano Nacional de Vacinação, em 1965, com um calendário oficial, distribuído Universalmente e de modo gratuito. As normas de vacinação Portuguesa foram revistas em 1971, 1985, 1990 e estão a ser revistas neste momento não só a nível de Portugal como de outros Países.  A revisão introduziu alterações baseadas nas recomendações da Unidade de Doenças Transmissíveis, da Região Europeia da OMS e PAV, visando a irradicação do sarampo, rubéola e parotidite a médio prazo.
A obtenção das Metas Europeias  da OMS relativa às Doenças Transmissíveis evitáveis pela vacinação só são possíveis, com a conjugação de esforços de Governos e de Profissionais de Saúde. A estes, cabe talvez o papel mais importante, pois como prescritores ou executores exercem uma acção muito destacada na  aceitabilidade do acto vacinal. Por isso devem possuir:
-Uma informação teórica aprofundada;
-Actualização permanente,
-Competência técnica;
-Bom relacionamento humano, capaz de promover empatia e acolhimento;
-Evitar falsas contra-indicações;
-Saber informar e educar em cada acto vacinal mobilizando e/ou  encorajando as famílias, em especial as de maior risco;
Tentar aproximar-se das populações a vacinar (equipas móveis).
Pretende-se portanto com as imunizações, erradicar as doenças, sendo o seu objectivo imediato a prevenção em indivíduos e/ou grupos. Para eliminar uma doença, é necessário combinar-se um programa eficaz de imunização com uma vigilância rigorosa e medidas adequadas de controle  de Saúde Comunitária em todo o mundo.
Estas medidas começam pelo estabelecimento de prioridades para a vacinação de recém- nascidos, crianças, adolescentes e adultos, não devendo esquecer-se os grupos de risco, como sejam as minorias étnicas, bairros degradados etc.
A imunização pode ser activa e passiva:
-A passiva consiste na protecção que se recebe através de anticorpos humanos ou animais previamente formados – gamaglobulinas.
-A activa consiste na estimulação e desenvolvimento de defesas imunulógicas que irão proteger o indivíduo na possível exposição ao agente infeccioso. Esta consiste na administração de parte ou todo de um microorganismo ou produto modificado do mesmo, para posteriormente provocar uma resposta imunulógica semelhante à infecção natural, porém representando um risco mínimo ou nulo para o receptor.
As vacinas que incorporam agentes infecciosos completos, podem ser compostas de microorganismos vivos – atenuados ou mortos – inactivados. Muitas vacinas antivíricas contêm vírus vivos atenuados. Após a sua administração produzem infecções activas, com a replicação do vírus.
Outras vacinas contra as infecções bacterianas  são preparações inactivadas – microorganismos mortos ou componentes desses organismos. Estes são incapazes de se multiplicarem no hospedeiro, pelo que estas vacinas devem conter uma carga antigénica suficientemente grande para estimular a resposta desejada.
A manutenção da imunidade duradoura com este tipo de vacinas, requer a administração periódica de doses de reforço. Portanto, os componentes dessas vacinas atenuadas não Imunodeprimidos. Os mecanismos de imunização são decisivos para o êxito dos procedimentos  de imunização. Mas para atingir os resultados previstos e eficazes do esquema de vacinação devem respeitar-se as recomendações de:
-Dose;
-Técnica de administração;
-Esquema vacinal;
-Manipulação;
-Armazenamento.
Os principais componentes das vacinas  são: Antigénios imunizantes activos – que pode ser um tóxoide, um antigéneo purificado ou um antigénio produzido por engenharia genética; líquido de suspensão – que pode ser simplesmente água destilada ou outro componente contendo proteínas ou derivados do sistema biológico em que a vacina se elabora; conservantes, estabelizantes e antibióticos que muitas vezes é necessário adicionar para impedir o desenvolvimento de bactérias ou para estabilizar o antigénio, adjuvantes que podem ser compostos de alumínio que se usam para aumentar a imunogenecidade e prolongar o efeito estimulador. Estes são mais usados nas vacinas que contêm microorganismos inactivados. Assim, por causa do risco de hipersensibilidade a vacinação sé deve realizar-se tendo à disposição equipamento e fármacos de urgência para um possível choque anafiláctico que embora raro já tem acontecido aquando da administração de determinadas vacinas.
-Os pais/criança/adolescentes, devem ser devidamente informados pelos profissionais de saúde, sobretudo dos que trabalham nos Centros de Saúde Comunitária dos benefícios/riscos das vacinas. Esta informação deve ser dada em termos compreensíveis, sendo necessária uma avaliação da mesma para nos certificarmos que a informação foi assimilada.

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ATITUDE DO ENFERMEIRO PERANTE A MORTE

Autor: Isilda da Costa Ferreira

( resumo) 
A morte ainda é um assunto rodeado de tabus para a maioria das pessoas.
Em redor da profissão que escolhemos, a morte está quase sempre presente no nosso dia-a-dia, e há que despertar as nossas consciências para este assunto e diminuir a relutância em abordar esta fase da vida.

(palavras chave)
Morte, estadios , acompanhamento, atitudes inadequadas, necessidades, família, direitos.

( pensamento)
"Por vezes ajudo as pessoas a viver, às vezes ajudo - as a morrer, porém ajudo - as sempre sou enfermeira"
Reggy, Anderson

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SÍNDROME DE HELLP

 Autoras: SÍLVIA PINTO; CRÍSTINA FLÓRIDO,

Resumo:
A situação de Hellp Sindrome nas puerperas, geralmente está associada á hipertensão arterial. A valorização das queixas persistentes a nível digestivo e cefaleias parece ser determinante para a identificação das situações.
O atendimento imediato, após confirmação das alterações de valores analíticos, anterior á instalação da ruptura da cápsula hepática parece ser a única forma de contribuir para a instalação de um quadro irreversível.

Palavras Chave: Sindrome; Hipertensão; Valores analíticos; Ausência de sintomatologia específica; Atendimento precoce

INTRODUÇÃO:
O presente trabalho, pretende dar um contributo aos enfermeiros da área de obstetrícia, onde as situações de Síndrome de Hellp, embora raras ainda aparecem, merecendo o nosso empenho.
O despiste precoce de sinais e sintomas sugestivos de que a puerpera poderá desencadear este quadro, são da nossa área de actuação, pois somos nós que permanecemos na unidade de cuidados 24 horas por dia.
A nossa experiência profissional alerta-nos para a necessidade de desenvolver uma prática reflectida que nos oriente na identificação dos sintomas que constituem o quadro inicial de Sindrome de Hellp.
A valorização das manifestações das clientes, e orientação imediata para a confirmação diagnostica, com vista ao atendimento também imediato, parece ser um contributo valioso capaz de minimizar as complicações desta grave situação.
O presente trabalho tem em vista :
-Contribuir para o aperfeiçoamento dos cuidados à puerpera no despiste, de um quadro sugestivo de Sindrome de Hellp, e sua actuação imediata;
-Melhoria contínua dos cuidados de saúde no âmbito da obstetrícia.

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Recém Nascido Prematuro

Autores: Filipa Nicolle Martins Candelária Silva; Nélia Paula Faria

Resumo
O facto de um bebé nascer prematuro implica que tenha maiores probalidade de adquirir patologias características da sua imaturidade que irão condicionar não só a sua sobrevivência, como determinar a sua qualidade de vida.
A neonatologia é um ramo da pediatria que tem sofrido uma enorme evolução a partir da década de 60, surgem novas armas terapêuticas como por exemplo o surfactante, eritropoetina e o aperfeiçoamento da ventilação mecânica. Estas permitiram que a viabilidade de um prematuro, actualmente, esteja nas 24 semanas de gestação, tendo uma sobrevivência de cerca de 50%.

Palavra chaves: Prematuridade, Patologias Associadas, Cuidados de Enfermagem

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GESTÃO DE CONFLITOS 

Autora: Dulce Menezes da Cruz

RESUMO:
Gerir com eficácia situações geradoras de conflito não é tarefa fácil, mas é imperativo compreender o fenómeno psicossociológico do conflito e utilizar técnicas adequadas para a sua resolução, sob pena de se desperdiçar energia que poderia ser canalizada para a realização de actividades de acordo com os objectivos da organização.

Palavras chave: Conflito; Organização; Produtividade; Ganho; Perda; Estratégias.

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ACTUALIDADES

GRIPE
A Gripe, também conhecida como influenza, é uma infecção da garganta, vias aéreas e pulmões que pode ser causada por uma larga variedade de vírus. Estes vírus causam uma variedade de sintomas e complicações mais severos que outros vírus do trato respiratório, como os vírus das constipações.
A Gripe é facilmente transmitida através de contacto pessoal e é comum entre Outubro e Abril de cada ano.
As pessoas com perturbações do sistema imunitário ou com doenças crónicas, bem como os idosos são os mais susceptíveis de contrair a doença.
A infecção ocorre quando há exposição a fluídos do trato respiratório superior nomeadamente gotículas que saem pela tosse e espirro de uma pessoa infectada.
Os sintomas mais típicos tendem a manifestar-se rapidamente e incluem: febre, dores musculares, tosse, cefaleias, fadiga, suores, lacrimejo e inflamação da orofaringe.
Vulgarmente estes sintomas duram 3 a 5 dias. Ocasionalmente a gripe pode progredir para pneumonia , causada pelo mesmo vírus ou por uma qualquer infecção bacteriana secundária.
Os antibióticos não funcionam contra a gripe. O tratamento inclui: - repouso, hidratação e analgésicos e antipiréticos.
Deve evitar-se tomas AAS quando se tem gripe, já que parece existir uma ligação entre as tomas dessa substância quando se tem gripe com o desenvolvimento do Síndroma de Reye, que envolve insuficiência renal e edema cerebral. Este síndroma é raro em adultos ocorrendo mais frequentemente em crianças e adolescentes.
Tomar-se uma vacina por volta do mês de Outubro revela-se uma boa medida profilática porquanto as vacinas demonstram cerca de 80% de efectividade e poucas são as pessoas que apresentam efeitos colaterais.
O vírus da gripe muda todos os anos, o que faz com que a vacina deste ano provavelmente não será eficaz no próximo. Para determinar o vírus para uma estação existem 125 laboratórios da OMS e do NREVSS (National Respiratory and Enteric Vírus Surveillance System) que a partir das novas ocorrências analisam o padrão do influenza. Após a colheita de vírus, os laboratórios em conjunto com a FDA e a OMS seleccionam três estirpes para serem incluídas nas vacinas desse ano. A vacina é uma vacina de vírus mortos que vão estimular o sistema imunitário dos indivíduos a produzir anticorpos específicos.
Os fabricantes destas vacinas produziram cerca de 83 milhões de doses  para este ano 2003/2004.
Fonte: WEBMD

 ALZHEIMER PODE COMEÇAR DECADAS ANTES DOS PRIMEIROS SINTOMAS SE MANIFESTAREM.
Uma equipa de investigadores do Banner Good Samaritan Medical Center em, Phoenix nos USA, tomografaram o cérebro de 12 doentes jovens que apresentavam uma mutação no gene associado com um alto risco de doença de Alzheimer. O que estes investigadores verificaram foi que os doentes mais jovens apresentavam algumas alterações metabólicas que são detectadas nos doentes com estadios mais desenvolvidos da doença.
As pessoas com este gene têm uma actividade cerebral reduzida em cada uma das regiões cerebrais que são afectadas mais tarde.
Os investigadores terão ainda que provar uma ligação entre as alterações metabólicas e o desenvolvimento da doença, mas os achados parecem demonstrar que existem alterações cerebrais muitos anos antes da possível perda de memória e de outros problemas de pensamento.
O lider da investigação (Dr. Reiman)  refere que as alterações cerebrais fornecem um meio para o desenvolvimento das anormalidades microscópicas e metabólicas encontradas mais tarde.
A doença de Alzheimer é uma doença cerebral progressiva e fatal que lentamente vai “limpando” a memória  e eventualmente todas as funções cognitivas. Esta doença é caracterizada pelo depósito de placas em pontos-chave do cérebro, que causam a progressiva  morte de neurónios. A causa precisa é desconhecida e não existe ainda cura apesar de algumas drogas terem a capacidade de alterar a progressão da doença.
AP.

SIDA: UM RELATÓRIO SINISTRO
A epidemia mundial de SIDA não mostra nenhum sinal de abrandamento. O relatório publicado pela ONUSIDA e pela OMS demonstra que 5 milhões de pessoas foram infectadas pelo VIH e que cerca de 3 milhões terão morrido apenas no ano de 2003. No total serão cerca de 40 milhões de pessoas das quais 2.5 milhões são crianças que vivem com o vírus. Cada dia, segundo este relatório, o mundo regista mais 14 000 novas infecções , a sua maioria nos países pobres. A África é o continente mais duramente atingido pela epidemia (a África Austral onde vivem apenas 2% da população mundial, apresenta 30% dos casos de SIDA), uma nova vague de epidemias ameaça a China, a Índia, a Indonésia e a Rússia , principalmente pelo crescimento do uso de drogas injectáveis e das relações sexuais não protegidas.

A COR DOS CARROS E OS ACIDENTES DE VIAÇÃO
Globalmente, os acidentes de viação matam cerca de 3000 pessoas por dia. A identificação de factores de risco é muito importante para reduzir este peso. .Alguns estudos demonstraram que os carros brancos ou com cores claras estão vulgarmente menos envolvidos em acidentes do que carros com outras cores.
Um estudo realizado em Auckland realizado entre Abril de 1998 e Junho de 1999, e publicado no BMJ de Dezembro 2003, provou que os carros de cor prateda ou metalizada têm uma probabilidade 50% inferior de estar envolvidos num acidente de que resultem feridos graves do que os carros brancos.