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Vivências dos Enfermeiros Perante o Imperativo de Cuidar com Equidade

Tânia Marlene Lourenço (Enfermeira do serviço de Gastroenterologia/ Cirurgia Vascular/ Cirurgia Cardiotoráxica do Hospital Central do Funchal, Licenciada em Enfermagem (2004), Pós-graduanda em Bioética UCP)

Paulo Sérgio Azevedo (Enfermeiro do serviço de Urologia/ Hematoncologia do Hospital Central do Funchal, Licenciado em Enfermagem (2004), Pós-graduando em Bioética UCP)

RESUMO
Os enfermeiros estão expostos às mais variadas emoções e experiências quando implementam a equidade nos cuidados de enfermagem. Neste contexto, torna-se pertinente que os enfermeiros se apercebam da multiplicidade e complexidade das suas vivências perante o cuidar com equidade e para que possam alcançar mudanças na prestação de cuidados padrão. O presente estudo foi realizado neste encadeamento, já que pretendeu responder à questão: "Quais as vivências dos enfermeiros perante o imperativo da equidade no processo de prestação dos cuidados de Enfermagem?"

Palavras-chave: Cuidar; Equidade; Vivências.

INTRODUÇÃO
A prática de enfermagem assente na equidade, segundo Johnstone (1995), atribui a cada Um aquilo que ele necessita ou pode suportar resultando numa complementaridade completa entre a medida adoptada (cuidado) e a situação do cliente.
De acordo com Samaranch (1982) traduzindo Aristóteles a equidade é a justiça do caso específico, e, partindo do pressuposto que a enfermagem delineia os seus procedimentos e distribui os recursos de acordo com as necessidades da pessoa, surgem assim, os cuidados de excelência.
O enfermeiro é o "princípio activo" do cuidar com equidade, está sujeito a vivenciar variados sentimentos, emoções e experiências quando pretende implementar nas suas intervenções a equidade. Neste contexto, torna-se pertinente que os enfermeiros se apercebam da multiplicidade e complexidade das suas vivências perante o cuidar com equidade, para que possam alcançar mudanças na prestação de cuidados padrão.
A justiça surge como instrumento que tem que estar presente no quotidiano do enfermeiro na prestação dos cuidados de enfermagem. Mas, esta justiça deve ser entendida como justiça equitativa, pois esta pretende que as medidas adoptadas, ou os cuidados prestados estejam de acordo com as reais necessidades do cliente da qual resultará qualidade de cuidados, satisfação do cliente e do enfermeiro.
De acordo com o encadeamento lógico exposto anteriormente, surgiu o nosso estudo, que pretendia responder à questão: "Quais as vivências dos enfermeiros perante o imperativo da equidade no processo de prestação dos cuidados de Enfermagem?"
Realizamos um estudo do tipo exploratório-descritivo, com o objectivo de identificar e descrever as vivências dos enfermeiros perante o imperativo da equidade no processo de prestação de cuidados de enfermagem, mais concretamente descrever os sentimentos e emoções experiênciados pelos enfermeiros, assim como, os mecanismos de defesa, reacções e necessidades expressas pelos mesmos quando face às situações que os impelem para a preocupação com o cuidar equitativo.
Assim, baseamo-nos em alguns estudos que se desenrolam dentro do domínio da ética, os quais podem-nos ajudar na compreensão desta temática. Tais como: Gelain (1991), Kangas, Kee & McKee-Waddle (1999), Silva e Corbishley (1999), Smith & Godfrey (2002), Soares e Lunardi (2003), entre outros.

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