Índice do artigo

 

Revista Sinais Vitais nº 88

Janeiro 2010

 

 

 

 

Sumário

Editorial

ENFERMAGEM: SIM...

Actualidades

NOVA GRIPE PODE LEVAR UM ANO PARA SER DOMINADA

ANTISÉPTICOS PODEM TORNAR BACTÉRIAS RESISTENTES AOS ANTIBIÓTI COS

SER BILINGUE AJUDA A MANTER O CÉREBRO JOVEM

Entrevista

MARIA JOSÉ VIANA DE ALMEIDA

OS DESAFIOS COLOCADOS AOS ENFERMEIROS DE SAÚDE MENTAL E PSIQUIATRIA

Ciência e técnica

GESTÃO DE CASO - ÚLCERA VENOSA : UMA ABORDAGEM DE BOAS PRÁTICAS

Ciência e técnica

DAR VIDA NO FIM DA VIDA

Ciência e técnica

AS PESSOAS IDOSAS NOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA: QUE DESAFIOS PARA A ENFERMAGEM?

Ciência e técnica

PREPARA ÇÃO DOS CUIDADORES PRINCIPAIS PARA CUIDAR: CONTRIBUTO DOS ENFERMEIROS

Ciência e técnica

CARACTERIZAÇÃO DO DOENTE APÓS EVENTO CRÍTICO - IMPACTO DA (IN)CAPACIDADE FUNCIONAL NO GRAU DE DEPENDÊNCIA NO AUTOCUIDADO

Ciência e técnica

O IMPACTO DA NEOPLASIA DA MAMA NA MULHER

Ciência e técnica

SEXUALIDADE NA PESSOA COM LESÃO VÉRTEBRO–MEDULAR

 

EDITORIAL

Enfermagem: Sim…

Nestes tempos, em que mais uma vez os Enfermeiros se unem em defesa de princípios e valores, considero oportuno termos em conta alguns factos. Assim, a Enfermagem sob ponto de vista de reconhecimento formal tem tudo para ser uma profissão e uma disciplina. Tem regulamento de exercício profissional, código deontológico e controle sobre o ensino dos seus pares. Para além disso, tem vários elementos da classe em lugares chave, direcções técnicas e direcções de Instituições, garantindo contributos na definição de políticas de saúde e na qualidade dos cuidados de enfermagem. Temos também investigação produzida e publicada, alguma a acrescentar conhecimento novo e útil aos cidadãos. No âmbito da formação, as Instituições esforçam-se para oferecer novos desenhos formativos e surgem agora anunciados mestrados em quase todas as Escolas.

Apesar de sabermos que há ainda muito a construir e a melhorar diria que a profissão de Enfermagem está no caminho certo, evoluindo, como poucas nos últimos 50 anos, para uma profissão essencial no panorama das profissões da saúde. Mas a realidade formal não parece ainda ter, a nível da representação social, a mesma força. Apesar de se deslumbrarem modificações positivas elas ainda não têm carácter de imprescindibilidade.

Mas não fiquemos desanimados porque o problema não é só da profissão, dos profissionais e do serviço que oferecem, é essencialmente um problema de política de saúde e diria mais, é um problema cultural. Por exemplo na Finlândia, que apresenta um rácio de sete enfermeiros para cada médico, grande parte dos cuidados primários são prestados por enfermeiros. São os enfermeiros que acompanham os idosos acamados, que seguem as grávidas e fazem o acompanhamento pediátrico das crianças. Se Portugal adoptasse este modelo, a tendência era diminuir a ida às urgências e o recurso à consulta externa. Ou seja, reduzia o impacto num sistema que está desorganizado, que perde, todos os dias, 30% da sua eficácia. Mas isto não é possível em Portugal, não porque os Enfermeiros portugueses não saibam também ajudar as pessoas a desenvolverem o seu projecto de saúde, mas porque os rácios de enfermeiro/médico são de 1/1. Ou seja, estrategicamente a sociedade portuguesa deixou de usufruir de grande parte das capacidades instaladas na profissão de enfermagem.

Estes aspectos verificam-se depois a nível do valor social do trabalho e consequentemente a nível enquadramento remuneratório, demonstrado pelos nossos governantes na actual discussão da carreira. A Sra Ministra da Saúde, negocia remunerações absurdas de início de carreira, com menos €500 a €1500 relativamente a outros licenciados (professores, técnicos superiores de saúde, inspectores, médicos) da função pública. Esta decisão por parte dos nossos governantes, ao desvalorizar este corpo profissional e o papel que ele representa no contexto social, traduz uma incapacidade clara de mudar o rumo do Pais de romper com as regras instaladas e conduzir a política de saúde centrada na promoção da saúde não apenas  no diagnóstico e tratamento da doença.

Mas nem tudo são más notícias e o Conselho Internacional dos Enfermeiros (ICN) anunciou no final de Janeiro último o facto de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter aprovado a inclusão da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE ®) na WHO-FIC, o grupo ou «família» de classificações internacionais da OMS. Ainda segundo a informação divulgada pelo ICN, o facto de a CIPE® passar a fazer parte da WHO-FIC permitiu dotar aquele grupo de documentos com uma linguagem unificada de Enfermagem, o que facilita a interpretação e cruzamento de várias terminologias. Fazendo parte da WHO_FIC, a CIPE® representa o domínio da prática de Enfermagem - uma componente a considerar sempre que se analisa a prestação de cuidados de saúde, sendo fundamental para os processos de decisão e desenvolvimento de políticas de saúde. Este sim, um aspecto muito importante.

No seu número 88 a Revista Sinais Vitais vai oferecer-lhe um conjunto vasto de artigos que demonstram claramente o contributo que a enfermagem oferece aos cidadãos e reflexões sobre as melhores estratégias e processos para melhor os servir. Isto não é fácil encontrar noutras profissões.

A nossa entrevistada é à Enfermeira Maria José Viana de Almeida, personalidade com imensa experiência no âmbito da saúde mental, que nos fala sobre os desafios que se colocam aos profissionais que trabalham nesta área. A Enfermeira Viana de Almeida é também desde o primeiro número membro do Conselho Redactorial da Revista Sinais Vitais. Para ela os nosso agradecimento público.

Boas leituras

Enfº Carlos Margato

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OS DESAFIOS COLOCADOS AOS ENFERMEIROS DE SAÚDE MENTAL E PSIQUIATRIA

 

Entrevista com Maria José Viana de Almeida

Com um longo percurso totalmente dedicado à área da Saúde Mental e com provas dadas, a Enf.ª Maria José Viana é, para muitos enfermeiros, uma figura de referência neste domínio, pelo que achámos pertinente entrevistá-la, com o propósito de conhecer qual a sua opinião sobre o “estado da arte” e quais os desafios que se colocam actualmente aos enfermeiros que exercem em Serviços de Saúde Mental e Psiquiatria.

 

Qual a sua opinião sobre o estado actual da área de Saúde Mental e Psiquiatria?

Ao reflectir no meu percurso profissional na área da Saúde Mental e Psiquiatria, não posso deixar de pensar que existiram muitos avanços, mas também que persistem ainda muitos problemas que urge resolver, pois todos os dias somos confrontados com questões colocadas pelos doentes e suas famílias quando necessitam de cuidados especializados em Saúde Mental e ficam absolutamente desamparados, sem saber o que fazer, onde acorrer e quem lhes vai poder valer. Constitui dever ético-profissional, enquanto enfermeiros, a nossa participação pró-activa na resolução destas situações.

Os problemas psiquiátricos e de Saúde Mental, atingem hoje no mundo números assustadores.

As razões para este crescente aumento da morbilidade são múltiplas e parecem acontecer por uma série de factores circunstanciais e simultaneamente cumulativos. Dados estatísticos, entre outros, demonstram que 1 em cada 4 famílias tem algum dos seus membros com um problema de Saúde Mental e/ou doença psiquiátrica, que a carga mundial das doenças mentais em relação à mortalidade e incapacidade é 14% superior ao cancro e doenças cardio-vasculares e que 1 em cada 5 crianças apresenta evidência de problemas em saúde mental.

E na sua opinião, quais são esses constrangimentos?

Mas identifica ainda outros constrangimentos?

Porque razão acha que esta situação se vai perpetuando?

Acha que a utilização dos serviços de Urgência está muitas vezes a substituir a falta da continuidade de cuidados nesta área?

De facto, são conhecidos muitos episódios de violência em situações de emergência psiquiátrica, quer em Urgências, quer em Serviços de Internamento... Como acha que se deve actuar?

Esse aspecto leva-nos a questionar, se na sua opinião, os doentes psiquiátricos têm capacidade para exercer a autonomia em toda a sua plenitude?

Já agora, e porque falámos de autonomia versus internamento compulsivo, como entende a questão da atribuição de ininputabilidade a pessoas com suposta doença mental?

E qual a sua opinião sobre a necessidade de reabilitação dos doentes com perturbações de Saúde Mental?

Então, como pode defenir os desafios que actualmente se colocam aos serviços de Saúde Mental e Psiquiatria?

Como encara a prestação dos cuidados de enfermagem nesta área?

Acredita que actualmente é bastante desafiante trabalhar na área de Saúde Mental e Psiquiatria?

 

 

 

 

 


 

GESTÃO DE CASO - ÚLCERA VENOSA UMA ABORDAGEM DE BOAS PRÁTICAS

Vítor António Soares Santos
Enfermeiro do Centro Hospitalar do Oeste Norte; Grupo FERIDASAU: Coordenador Científico e Pedagógico da Pós Graduação de Gestão de Feridas Crónicas na FORMASAU.

Resumo

Actualmente ninguém coloca em questão que a abordagem da úlcera venosa deve ser efectuada tendo em conta a etiologia de base e as características da ferida crónica a tratar.

Assim é imperativo a implementação de terapia compressiva, sempre que o doente o permita, aplicada numa modalidade que melhores benefícios tragam ao doente. É fulcral também uma adequada preparação do leito da ferida, na qual se contemple um eficaz controlo da infecção / colonização crítica e um controlo rigoroso do exsudado.

O caso descrito envolve a aplicação de terapia compressiva de curta tracção, numa doente que caminha bastante diáriamente e a aplicação de uma compressa não aderente com prata, associada a uma espuma de poliuretano com uma grande capacidade de absorção.

 


 

DAR VIDA NO FIM DA VIDA

Ana Maria Neves Rocha
Enfermeira graduada do Serviço de Cuidados Paliativos e Medicina Interna do IPOCFGEPE

 

Na sociedade actual, o culto da eterna juventude é uma “ilusão” que a todos atrai, uma vez que a morte, cedo ou tarde, nos surpreende. Mas, a falibilidade da vida é algo inerente ao facto de estarmos vivos, pois a morte, tal como o nascimento é parte intrínseca da condição humana.

O crescente número de idosos, o aumento da cronicidade das doenças e da pluripatologia, a alteração do papel da mulher enquanto potencial cuidadora e que agora passa a ser trabalhadora activa com repercussões no insuficiente/inexistente suporte familiar para cuidar dos dependentes, o afastamento geográfico entre gerações e a proximidade da idade dos cuidadores e dos dependentes (hoje identificamos idosos a cuidar de idosos), as redes sociais e de vizinhança frágeis, a disfunção familiar e a falta de apoio concreto à família cuidadora direccionam, cada vez mais, a pessoa doente e dependente para a instituicionalização e hospitalização.

 


 

AS PESSOAS IDOSAS NOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA. QUE DESAFIOS PARA A ENFERMAGEM?

João Paulo de Almeida Tavares
Enfermeiro nos Hospitais da Universidade de Coimbra. Mestre em Gerontologia

 

Resumo

O envelhecimento populacional caracteriza-se por alterações demográfico, económico-social, cultural e epidemiológico. Estas alterações que se desenham actualmente e num futuro breve, irão implicarem uma resposta mais articulada e adequada dos serviços de saúde. Um desses serviços é a Urgência, onde o número de pessoas idosas tem aumentado de forma significativa. Contudo, não são só os números, as particularidades e complexidade do atendimento das pessoas idosas diferenciam-no das populações mais jovens. Esta diferenciação tem equacionado a necessidade de desenvolver e adoptar um modelo de cuidado mais direccionado às pessoas idosas nestes serviços. O actual modelo centrado na rápida triagem, tratamento e encaminhamento está longe de conseguir responder a todos os seus problemas. Estes, normalmente, são eventos multifocais, o que requer uma maior consciencialização, competência e elevado nível de habilidade dos profissionais que trabalham nos serviços de urgência (SU). Sendo assim, os(as) enfermeiros(as) que trabalham nestes serviços deparam-se com um conjunto de “novos” desafios na sua abordagem do cuidado, nomeadamente: construir representações sociais positivas da velhice; desenvolver uma avaliação mais ampla das pessoas idosas; aprofundar os conhecimentos gerontogeriátricos; incrementar os processos de planeamento e referenciação e proporcionar um ambiente físico mais adaptado às dificuldades e necessidades das pessoas idosas. Urgente é que os(as) enfermeiros(as) vejam o cuidado de forma integral à pessoa idosa na sua prática profissional nos SU.

Palavras-Chave: envelhecimento; pessoa idosa; serviço de urgência; enfermagem gerontogeriátrica

 



 

 

PREPARAÇÃO DOS CUIDADORES PRINCIPAIS PARA CUIDAR CONTRIBUTO DOS ENFERMEIROS

Fernanda Maria Mendes AndradeEnfermeira Graduada a exercer funções no ACES – Alto Tâmega e Barroso – Centro de Saúde de Vila Pouca de Aguiar; Licenciada em Enfermagem; Pós-Graduada em Educação – Área de Especialização em Educação para a Saúde; Mestre em Educação - Área de Especialização em Educação para a Saúde

 

RESUMO

Com a presente investigação concluímos que os cuidadores enaltecem os domínios técnico e relacional do cuidado prestado pelos enfermeiros na sua preparação para cuidar da pessoa idosa dependente, no entanto, deixam transparecer que não existe uma relação pedagógica e que o modelo de educação para a saúde adoptado pelos enfermeiros se baseia no tradicional modelo biomédico, quer em contexto institucional, quer em contexto domiciliário, sendo os conhecimentos transmitidos insuficientes face às suas necessidades formativas para cuidar.

Palavras-Chave: pessoa idosa dependente; cuidador principal; profissionais de enfermagem; educação para a saúde.

 



 

 

CARACTERIZAÇÃO DO DOENTE APÓS EVENTO CRÍTICO
IMPACTO DA (IN)CAPACIDADE FUNCIONAL NO GRAU DE DEPENDÊNCIA NO AUTOCUIDADO

 

Fernando Alberto Soares Petronilho
Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação; Mestre em Ciências de Enfermagem – ICBAS; Doutorando em Enfermagem – Universidade de Lisboa e Professor Adjunto da Escola Superior de Enfermagem - Universidade do Minho

Maria Manuela Almendra Magalhães
Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação; Mestre em Ciências de Enfermagem – ICBAS; Doutoranda em Enfermagem – Universidade de Lisboa e Professora Adjunta da Escola Superior de Enfermagem - Universidade do Minho

Maria Manuela Pereira Machado
Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação; Mestre em Educação para a Saúde – Universidade do Minho e Professora Adjunta da Escola Superior de Enfermagem - Universidade do Minho

Maria de Nazaré Miguel Vieira
Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação; Pós-Graduação em Bioética – Universidade Católica Portuguesa e Professora; Coordenadora da Escola Superior de Enfermagem - Universidade do Minho

 

Resumo

O presente estudo insere-se num paradigma quantitativo e teve como finalidade descrever o fenómeno do autocuidado, mais especificamente, um dos factores intrínsecos ao sujeito com maior impacto no grau de dependência do doente após evento crítico: a (in)capacidade funcional. Foi realizado entre Março e Junho de 2009, em instituições de saúde da Região Norte de Portugal, sendo a amostra constituída por 40 casos. De acordo com os resultados desta pesquisa os doentes apresentam grau de dependência elevado no autocuidado; os focos diferenciais mais significativos para a reconstrução da autonomia dos doentes inserem-se no domínio da actividade física, com particular relevância para transferir-se e andar; a capacidade funcional do doente para o desempenho das actividades inerentes ao autocuidado tem uma relação significativa com o grau de dependência no autocuidado.

Palavras-Chave: Autocuidado; Capacidade para o desempenho de actividades.

 



 

 

 

O IMPACTO DA NEOPLASIA DA MAMA NA MULHER

Liliana Sousa Ferreira
Licenciada em Enfermagem. Enfermeira na Maternidade Dr. Alfredo da Costa – Consultas diferenciadas

Sónia Lúcia Raimundo Vicente
Licenciada em Enfermagem. Enfermeira no Hospital Reynaldo dos Santos – Serviço de Cirurgia I/UCPA

Vera Lúcia Raimundo Vicente
Licenciada em Enfermagem. Enfermeira no Centro de Saúde de Alhandra

 

RESUMO

A neoplasia da mama é uma doença que não escolhe raça, idade, condição social e distribuição geográfica. Na maior parte das vezes aparece sem dar aviso prévio, não são conhecidas as causas nem meios de prevenção e mesmo o tratamento não é ainda eficaz em todos os casos. Esta doença provoca desequilíbrios físicos, emocionais, familiares e sociais. Este trabalho é um estudo que incide essencialmente sobre as reacções psicológicas da mulher com neoplasia da mama, onde fizemos um enquadramento psicológico e biomédico da doença, no sentido de melhor compreendermos a mulher com neoplasia da mama. Efectuamos uma abordagem qualitativa e quantitativa em que utilizamos o método não experimental e dentro deste escolhemos o método descritivo. A abordagem qualitativa tem como objectivo tentar compreender e interpretar as representações e significados do discurso de cada uma das participantes do estudo. A abordagem quantitativa é importante para a explicação causal dos factos observados, em que é dado ênfase à objectividade, sem realizar inferências, procedendo à estatística descritiva em que existe apenas uma descrição dos dados obtidos. Foram realizados 30 questionários a mulheres com neoplasia da mama, com idades entre os 36 e os 82 anos.

Palavras-Chave: mulher, sentimentos, cancro, mastectomia

 


 

SEXUALIDADE NA PESSOA COM LESÃO VÉRTEBRO-MEDULAR

Alexandrina Lobo / Elsa Rodrigues / Liliana Silva / Liliana Nunes / Patrícia Amaral
Alunas do Curso de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem de Reabilitação da Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho

 

A Sexualidade “é uma energia que nos motiva a procurar o amor, contacto, ternura, intimidade, que se integra no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados; é ser sensual e ao mesmo tempo sexual; ela influencia pensamentos, sentimentos, acções e interacções com os outros e, por isso, influencia também a nossa saúde física e mental.” (OMS)

A sexualidade faz parte da vida de qualquer ser humano. Ela vai além do sexo, que é apenas a sua componente física, inclui ainda uma dimensão biológica, psicossocial e comportamental.

A sexualidade humana é sempre um tema complexo, fascinante e inesgotável. Vai desde um olhar malicioso até uma infinidade de fetiches, posições, fantasias e perversões. No mundo, não há assunto mais vasto e atractivo que os prazeres carnais. Se bem que o sexo não se resume a apenas "penetração", é a fusão do corpo, alma, mente e coração. É uma troca de energia, é sintonia completa e absoluta, uma entrega total, mesmo que os corpos sejam imóveis como estátuas de mármore. (Vida e Saúde - Terra, 2008)