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A Relação de Ajuda como Factor de Penosidade Psíquica: Vivências dos Enfermeiros em Oncologia

Ana Cristina Marques Godinho Tavares (1)

Resumo
Este estudo de investigação teve como alvo de estudo, enfermeiros em exercício profissional em Oncologia, tendo como objectivo, conhecer a penosidade psíquica dos enfermeiros dos serviços de assistência ambulatória e dos serviços de internamento. O desenvolvimento deste estudo, apontou para uma abordagem, mista, exploratória, descritiva, analítica e transversal. A bibliografia consultada centra-se de 1986 a 2005.
Quanto aos resultados obtidos com este estudo, foi possível constatar que nos serviços de ambulatório e nos serviços de internamento, os factores de penosidade são similares:
No que concerne aos sentimentos no cuidar em oncologia, ressalvou maioritariamente a impotência, gratificação, esperança, angústia e reconhecimento.
Outro factor de penosidade foi a projecção e identificação das situações com o próprio, filhos e pais. Os enfermeiros deparam-se igualitariamente nos dois tipos de serviço, com o sofrimento do doente e familiares e com a necessidade de lhes dar apoio durante a evolução da doença. Confrontam-se com as dúvidas, medos e receios do cliente e familiares quando informados sobre o mau prognóstico ou recaída, com a dificuldade em cuidar de crianças e de lidar com a morte vivenciada ou não, enfrentando a morte em qualquer faixa etária


Palavras-chave: Ambulatório; Carga psíquica; Cuidar; Enfermagem; Internamento; Sentimentos.

(1) Enfermeira Graduada do Bloco Operatório do Instituto Português Oncologia de Francisco Gentil -Lisboa.