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Vivências comunicacionais de enfermeiros face ao doente com afasia

 

Tiago Reis(1);
Sandrina Bandeira(2);
Marisa Viseu(3);
João Graveto(4)

Resumo
O processo comunicacional é condicionado por inúmeras circunstâncias, sendo a afasia uma limitação ou, de certa forma, uma possível barreira para o decurso do mesmo, mas todo o desafio é aliciante e este é um dos quais em que a “recompensa” é inestimável. O objectivo desta investigação foi descrever as vivências comunicacionais sentidas por enfermeiros no serviço de Neurologia III dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) face ao doente com afasia. Para a realização da mesma, recorreu-se à metodologia qualitativa de cariz fenomenológico. Utilizou-se como modo de abordagem a entrevista semi-estruturada e como instrumento de colheita de informação o guião de entrevista e o gravador áudio.
A análise das entrevistas foi efectuada com o software NUDIST (Non-numerical Unstructured Data Indexing Searching Theorizing). Desta análise evidenciaram-se seis áreas temáticas: (Dis)Sintonia Comunicacional, Estratégias de Interacção, Atitudes Referidas, Sentimentos Comunicacionais, Centrar a Dificuldade Comunicacional e Facilidade Comunicacional.
Os achados desta investigação revelaram importantes contributos para a prática de enfermagem, no que diz respeito à reflexão de vivências de enfermeiros face ao doente com afasia.

Palavras-chave: Vivências comunicacionais; Pessoa com afasia; Interacção enfermeiro/doente

(1) Enfermeiro Nível I dos Hospitais da Universidade de Coimbra
(2) Enfermeira Nível I dos Hospitais da Universidade de Coimbra
(3) Enfermeira Nível I do Centro Hospitalar de Coimbra
(4) Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação, Mestre em Toxicodependência e Patologias Psicossociais – ISMT – Coimbra. Doutor em Desarrollo y Intervención Psicológica – Universidad de Extremadura – Badajoz, Professor Adjunto na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.