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VINCULAÇÃO MÃE – RECÉM-NASCIDO A INFLUÊNCIA DA HOSPITALIZAÇÃO POR CIRURGIA CARDÍACA

Ana Cristina de Nóbrega Machado Gomes
Licenciada em Enfermagem. Mestre em Enfermagem pelo Instituto de Ciências da Saúde Universidade Católica Portuguesa. Enfermeira generalista no Centro Hospitalar do Funchal – SESARAM E.P.E.

 

RESUMO

O recém-nascido com cardiopatia pode necessitar de cuidados imediatos numa Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos (UCIP), que garantam a correcção cirúrgica da malformação e a sua sobrevivência.
A vinculação mãe – recém-nascido alicerça-se num processo mútuo de interacção e contacto físico que, no contexto de uma UCIP, é tendencialmente condicionado pela condição de saúde da criança e pelo ambiente físico da unidade. As relações de vinculação reflectem-se no desenvolvimento sócio-emocional e cognitivo da criança, influenciando o seu comportamento e saúde mental na idade adulta. Os riscos associados a uma vinculação desarmoniosa, justificam a pertinência de conhecer o fenómeno de vinculação mãe – recém-nascido no âmbito da cirurgia cardíaca, a partir da percepção das mães. O estudo enveredou pelo paradigma qualitativo de orientação fenomenológica, segundo a metodologia preconizada por van Kaam. Foram realizadas dez entrevistas não-estruturadas a mães de recém-nascidos submetidos a cirurgia cardíaca com idades até vinte e oito dias, hospitalizados na UCIP e que foram visitados pelas mães por mais de três dias. A experiência de vinculação das mães que participaram no estudo foi determinada pelo confronto com o bebé real, pelos factores que promovem ou dificultam a interacção com o recém-nascido UCIP e pelas inquietações maternas.

Palavras-chave: Vinculação mãe – recém-nascido; cardiopatia congénita e UCIP.