Índice do artigo

Sinais Vitais nº 64
Janeiro 2006

SUMÁRIO

EDITORIAL
Ensino Clínico De Enfermagem: Que Orientação?

ENTREVISTA
Fausto Pinto

 

EDUCAÇÃO
Desafios Actuais em Ensino Clínico

 

ÉTICA
Vivências dos Enfermeiros Perante o Imperativo de Cuidar com Equidade

 

CIÊNCIA E TÉCNICA

Obesidade aos 15 Anos: Estudo da prevalência numa comunidade rural

O Doente Ventilado: Da “Limpeza das Vias Aéreas” à “Asfixia”

Patient Controlled Analgesia (PCA) Quimioterapia

 

REFLEXÃO
Será que Cuidamos?

 

ESTUDOS E PROJECTOS
Estudos e Projectos de Revisão Sistemática Com e Sem Metanálise: Estrutura Funções e Utilização na Investigação em Enfermagem

 

GESTÃO
Plano de Formação/Integração de Enfermeiros em Unidades de Cuidados Intensivos: A Realidade do Hospital Central do Funchal

 


 

EDITORIAL

ENSINO CLÍNICO DE ENFERMAGEM: QUE ORIENTAÇÃO?

 

No âmbito da Formação em Enfermagem, os ensinos clínicos constituem-se como uma das principais preocupações da profissão, identificadas por enfermeiros e docentes. A licenciatura em enfermagem comporta em média 4.700 horas de formação nas suas componentes teórica, teórico-prática, prática e clínica. As Escolas de Enfermagem detém autonomia científica e pedagógica para a elaboração dos seus planos de estudos, desde que salvaguardem alguns princípios, como atribuir ao ensino clínico, metade do número total de horas do plano de estudos.
Apesar de assumirmos este espaço como essencial à integração de conhecimentos e assimilação de saberes práticos e processuais, facilitador da integração no mercado do trabalho, verifica-se actualmente algumas fragilidades no acompanhamento dos estudantes, que se pretende sistemático e competente.
Este acompanhamento era realizado no passado pelos docentes, mas a integração do ensino de enfermagem no Ensino Superior colocou sobre o corpo docente exigências de ordem académica e administrativa que são aparentemente difíceis de gerir. O tempo disponível para o aluno é cada vez menor, segundo o que se constata, sendo igualmente mais restrita a disponibilidade para os ensinos clínicos. Por outro lado, são os enfermeiros que no desenvolvimento da sua actividade clínica, melhor se colocam para acompanhar a aprendizagem dos estudantes.
Na realidade não existe uma definição clara de responsabilidades e orientações para o acompanhamento dos estudantes. É por isso oportuno preocuparmo-nos em saber se os ensinos clínicos estão a proporcionar a aprendizagem adequada às necessidades de desenvolvimento de competências esperadas dos enfermeiros.
De forma a melhorar a qualidade ao ensino clínico, teremos de analisar e repensar os actuais modelos de orientação e acompanhamento. Assim, este deveria ser estruturado com base na simbiose entre o Docente e o Enfermeiro, reconhecendo a este último como o melhor capacitado para lidar e familiarizar o estudante com os assuntos inerentes à prática clínica, e o docente como detentor dos melhores instrumentos pedagógicos.
Entendemos que não é suficiente planear a duração e distribuição dos períodos de ensino clínico ao longo do curso. É necessário também prepará-los na dimensão da implicação e rentabilização de todos os actores, docentes e enfermeiros, alterando se necessário a orientação tradicional que todos assistimos neste momento. Para isso, todos somos indispensáveis, os actores, as instituições de saúde, de formação e as tutelas.
No que respeita às instituições de saúde, os seus responsáveis devem considerar também este como um importante desafio, organizando-se para responder com qualidade em cuidados aos cidadãos, apostando em processos de questionamento sistemático sobre a prática, direccionando a formação para evidenciar e consumir saberes da disciplina e integrando processos de melhoria contínua da qualidade, constituindo-se assim como entidades formadoras, tanto para os estudantes como para os seus profissionais.

Carlos Margato
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ENTREVISTA
Conversando Enfermagem com Fausto Pinto

Idade: 56 anos
Percurso Académico:
Escola Primária em Lapa do Lobo;
Curso Industrial, Nocturno (electromecânica) Escola Técnica do Dão – Canas de Senhorim (1968);
Curso Complementar dos Liceus/7.º Ano, na área das Ciência (sempre autodidacta/estudante trabalhador).
Exame de Admissão á Escola de Enfermagem Dr. Ângelo da Fonseca dos HUC (1969) e frequência com conclusão do Curso Auxiliares de Enfermagem em 1971;
Curso de Promoção de Enfermeiros de 3.ª Classe, 1976;
Curso de Especialização em Enfermagem Médico-cirúrgica em 1986;
Curso de Administração de Serviços de Enfermagem em 1992.
Percurso Profissional:
Em 1971, inicia no bloco operatório dos HUC, como auxiliar de 2.ª Classe eventual
Outubro do mesmo ano interrupção para cumprimento do serviço militar obrigatório.
Regressado em Outubro de 1974, por ter passado à situação de disponibilidade.
De novo nos HUC em 19 de Outubro de 1974, regressa ao bloco operatório, onde se mantém até 18 de Dezembro de 1992, data em que é colocado na Cirurgia 2 Homens, com funções delegadas de Enfermeiro Chefe até Maio de 1998, por ter tomado posse do lugar de Enfermeiro Supervisor, até á presente data.


 


 

Desafios Actuais em Ensino Clínico

Mário Simões (Especialista em Enfermagem Médico/Cirúrgica, Fac. Ciê. Hum. U.C.P., Pós-garduação em: Direito da Medicina, Fac. Dir. U.C.; Supervisão de Estágios Clínicos, Esc. Sup. Saú. U.A., Mestre em Bioética, Fac. Fil. U.C.P.)

RESUMO
Os novos desafios no contexto do ensino clínico estão ligados à utilização da investigação para a conceitualização de conhecimento nesta área específica de estudo. Área onde se ensina e aprende clinicamente a pensar, a decidir e a agir directamente com a pessoa que está confiada ao cuidado no contexto real da profissão.
Assim sendo, é à luz da humanização e com os resultados da investigação que se tem de ir (re)pensando a organização, as estratégias e as tácticas do ensino clínico. Processo que actualmente nos indicia a pertinência da permissão do aparecimento de uma figura acompanhante em continuo dos estudantes em estágios clínicos que tenha competências pedagógicas e responsabilidades docentes inseparáveis das competências clínicas e responsabilidades clínicas e, que esta figura se torne uma constante.

Palavras-chave: Enfermagem; Pessoa; Ensino clínico; Aprendizagem; Investigação; Figura Acompanhante.

Este artigo tem como base o texto apresentado nas Jornadas de Enfermagem Primavera 2005 dos serviços de Medicina dos Hospitais da Universidade de Coimbra, durante o painel Novos Desafios no Contexto do Ensino Clínico e Investigação em Enfermagem, na perspectiva do enfermeiro.
O desafio pensado no imediato do convite foi, efectivamente, estar em investigação como contexto de ensino clínico, pela atenção pessoal na decisão e resposta integral com as pessoas com problemas que estão ao nosso cuidado.
Perante este desafio, e como enfermeiros com total responsabilidade tanto no processamento experimental de pensar cuidados clínicos como na orientação pedagógica de estudantes em ensino clínico, consideramos oportuno partir da nossa experiência de vida, para assim poder reflectir com os presentes em três pontos que consideramos importantes: dos actores enquanto pessoas e, portanto, autores; da implicação deste conceito na formação dos estudantes em aprendizagem durante os estágios, e; de alguns resultados da investigação nesta área de ensino clínico. Para finalmente tentar dilucidar a razão de os convocar a este painel.
Pessoa. Palavra que na antiga Grécia significava a "mascara" de um actor em cena (alguém individual) que desempenhava um papel, tal e qual como a pessoa a desempenhar o seu papel (função) na sociedade. Significado que orientou este conceito para o individual ou o "sujeito", tal como Cícero (sec I a.C.) o definiu no seio do direito romano como sendo o "sujeito de direitos e deveres".

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Vivências dos Enfermeiros Perante o Imperativo de Cuidar com Equidade

Tânia Marlene Lourenço (Enfermeira do serviço de Gastroenterologia/ Cirurgia Vascular/ Cirurgia Cardiotoráxica do Hospital Central do Funchal, Licenciada em Enfermagem (2004), Pós-graduanda em Bioética UCP)

Paulo Sérgio Azevedo (Enfermeiro do serviço de Urologia/ Hematoncologia do Hospital Central do Funchal, Licenciado em Enfermagem (2004), Pós-graduando em Bioética UCP)

RESUMO
Os enfermeiros estão expostos às mais variadas emoções e experiências quando implementam a equidade nos cuidados de enfermagem. Neste contexto, torna-se pertinente que os enfermeiros se apercebam da multiplicidade e complexidade das suas vivências perante o cuidar com equidade e para que possam alcançar mudanças na prestação de cuidados padrão. O presente estudo foi realizado neste encadeamento, já que pretendeu responder à questão: "Quais as vivências dos enfermeiros perante o imperativo da equidade no processo de prestação dos cuidados de Enfermagem?"

Palavras-chave: Cuidar; Equidade; Vivências.

INTRODUÇÃO
A prática de enfermagem assente na equidade, segundo Johnstone (1995), atribui a cada Um aquilo que ele necessita ou pode suportar resultando numa complementaridade completa entre a medida adoptada (cuidado) e a situação do cliente.
De acordo com Samaranch (1982) traduzindo Aristóteles a equidade é a justiça do caso específico, e, partindo do pressuposto que a enfermagem delineia os seus procedimentos e distribui os recursos de acordo com as necessidades da pessoa, surgem assim, os cuidados de excelência.
O enfermeiro é o "princípio activo" do cuidar com equidade, está sujeito a vivenciar variados sentimentos, emoções e experiências quando pretende implementar nas suas intervenções a equidade. Neste contexto, torna-se pertinente que os enfermeiros se apercebam da multiplicidade e complexidade das suas vivências perante o cuidar com equidade, para que possam alcançar mudanças na prestação de cuidados padrão.
A justiça surge como instrumento que tem que estar presente no quotidiano do enfermeiro na prestação dos cuidados de enfermagem. Mas, esta justiça deve ser entendida como justiça equitativa, pois esta pretende que as medidas adoptadas, ou os cuidados prestados estejam de acordo com as reais necessidades do cliente da qual resultará qualidade de cuidados, satisfação do cliente e do enfermeiro.
De acordo com o encadeamento lógico exposto anteriormente, surgiu o nosso estudo, que pretendia responder à questão: "Quais as vivências dos enfermeiros perante o imperativo da equidade no processo de prestação dos cuidados de Enfermagem?"
Realizamos um estudo do tipo exploratório-descritivo, com o objectivo de identificar e descrever as vivências dos enfermeiros perante o imperativo da equidade no processo de prestação de cuidados de enfermagem, mais concretamente descrever os sentimentos e emoções experiênciados pelos enfermeiros, assim como, os mecanismos de defesa, reacções e necessidades expressas pelos mesmos quando face às situações que os impelem para a preocupação com o cuidar equitativo.
Assim, baseamo-nos em alguns estudos que se desenrolam dentro do domínio da ética, os quais podem-nos ajudar na compreensão desta temática. Tais como: Gelain (1991), Kangas, Kee & McKee-Waddle (1999), Silva e Corbishley (1999), Smith & Godfrey (2002), Soares e Lunardi (2003), entre outros.

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Obesidade aos 15 Anos
Estudo da prevalência numa comunidade rural

AUTORES:
Maria Paula Barroso Vilas Boas Miranda (Enf.ª Especialista em saúde Infantil, Pós Graduada em Pedagogia da Saúde, Mestre em Sociologia da Saúde)

Ana Paula Pinto Castro (Enfª Graduada, Pós Graduada em Enfermagem de Família, Responsável pela Saúde Escolar)

Cláudia Andrea da Costa Gonçalves (Enfermeira, Pós Graduada em Enfermagem de Família Centro de Saúde de Baião)

Resumo
Apresentam-se os resultados de um estudo desenvolvido no Centro de Saúde de Baião, cujo principal objectivo foi determinar a prevalência de obesidade nos jovens nascidos no ano de 1989 e analisar os hábitos alimentares, relacionando-os com a saúde.
De uma população de 311 jovens inscritos, nascidos no ano de 1989, foram avaliados 234, o que dá uma adesão de 75%. A recolha de dados incidiu sobre a avaliação antropométrica (peso, estatura, IMC), a pressão arterial de acordo com o percentil da estatura, os hábitos alimentares comparando-os com a dieta ideal para a idade e a prática de desporto fora da escola.
Os resultados revelaram que os rapazes apresentam valores ligeiramente superiores de obesidade (3% vs 2%), enquanto que as raparigas apresentam valores superiores de pré-obesidade (9,4% vs 4,7%).

 

Palavras-chave: Adolescência; Obesidade; Pré-obesidade; Hábitos alimentares.

 

INTRODUÇÃO
A obesidade na infância e adolescência tem aumentado nos últimos anos, em consequência dos modos e estilos de vida. Sabendo que a adolescência representa um período fulcral para o desenvolvimento cognitivo e social, em que são alicerçados os conhecimentos, as atitudes e os comportamentos que irão influenciar a saúde e a qualidade de vida dos anos vindouros, com esta avaliação pretendeu-se, determinar a prevalência de obesidade nos jovens de 15 anos e simultaneamente, melhorar a acessibilidade aos cuidados de saúde e valorizar os cuidados antecipatórios como factor de promoção da saúde e prevenção da doença. A avaliação foi efectuada no decurso dos exames globais de saúde previstos para esta idade.
A Organização Mundial de Saúde define obesidade como uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afectar a saúde. É uma doença crónica com génese multifactorial que requer esforços continuados para ser controlada. O excesso de peso na adolescência é um forte indicativo de obesidade na vida adulta, o que constitui uma ameaça para a saúde e um importante factor de risco para o desenvolvimento e o agravamento de outras doenças como: diabetes tipo II, doença cardiovascular, doença osteoarticular e cancro.
Segundo o Programa Nacional de Combate à Obesidade (2005), as intervenções neste âmbito devem ser multidisciplinares e fazer-se sentir a nível individual, na mudança de comportamentos, nos grupos de influência, nas instituições e na comunidade, num contexto de suporte, não estigmatizante, que tenha em consideração as influências sociais, culturais, económicas e ambientais. Nas crianças e adolescentes devido ao processo de crescimento e maturação o diagnóstico de excesso de peso e obesidade não é consensual. À semelhança das variáveis antropométricas, o valor do IMC em idade pediátrica deve ser percentilado para isso baseamo-nos nas tabelas de percentis do National Center for Chronic Disease Prevention and Health Promotion. Define-se assim obesidade, um IMC igual ou superior ao percentil 95, e pré-obesidade um IMC superior ao percentil 85 e inferior ao percentil 95. Em Portugal a prevalência de obesidade e pré-obesidade nas crianças dos 7 aos 9 anos é de cerca de 31,56%.

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O Doente Ventilado
Da "Limpeza das Vias Aéreas" à "Asfixia"

AUTORES:
Bruno Miguel Duarte dos Santos Bessa (Enfermeiro na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos do Hospital de S. João – Porto)

Sandra Sofia Cabral Fonseca (Enfermeira nível I na Unidade de Hematologia e Oncologia Pediátrica do Hospital de S. João – Porto)

RESUMO
O doente ventilado mecanicamente e forçosamente com um tubo endo-traqueal (TET) está impossibilitado de efectuar a limpeza fisiológica das suas vias aéreas, podendo incorrer desde "Limpeza das vias aéreas não eficaz" ao "Risco de asfixia". A prestação de cuidados de enfermagem específicos a estes doentes é apresentada com a terminologia da CIPE® e é revestida por intervenções essencialmente de vigilância.

 

Palavras-chave: Ventilação mecânica, TET, "Limpeza das vias aéreas", "Juízo – não eficaz", "Asfixia", "Probabilidade – Risco de…"

 

O DOENTE E A VENTILAÇÃO MECÂNICA
O doente admitido na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) com necessidades de suporte ventilatório pode ser sujeito a vários modos ventilatórios desde modos controlados até ventilatórios assistidos. Existem vários modos ventilatórios que permitem versatilizar a ventilação do doente e possibilitam ainda o controlo dos mais variados parâmetros tais como Volume, Pressão, relação I:E (relação Inspiração/Expiração), PEEP (Pressão Positiva no Final da Expiração), FiO2 (fracção de O2 inspirado), volume corrente, tempo inspiratório, entre outros.
Os modos ventilatórios comummente usados no contexto actual desde a Neonatologia aos adultos são resumidamente os seguintes:
-Ventilação Mandatória Controlada (CMV) é um modo ventilatório que controla o fluxo e o volume inspiratório e expiratório, e é totalmente independente do doente que não apresenta esforços ventilatórios.
-Ventilação Mandatória Assistida (A/CMV) é um modo ventilatório que controla o fluxo e o volume inspiratório e assiste o doente ao detectar o início do seu esforço inspiratório e accionando os parâmetros pré-estabelecidos.
-Pressão Inspiratória de Suporte (PSI) é um modo ventilatório parcial que ajuda a ventilação espontânea iniciada pelo doente por meio de uma pressão positiva inspiratória predeterminada e constante. Esta pressão positiva é iniciada logo depois que o ventilador detecta o início da inspiração e finaliza quando o fluxo inspiratório atinge o ponto máximo. O tempo inspiratório e a frequência ventilatória dependem do doente, enquanto o fluxo inspiratório e o volume corrente resultam da interacção do doente com a pressão exercida pelo ventilador
-Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada (SIMV) é uma modalidade ventilatória que permite ao doente realizar movimentos ventilatórios espontâneos nos intervalos dos ciclos programados
-Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP) é um modo ventilatório que se caracteriza pela pressão positiva contínua nas vias aéreas na ventilação espontânea, na qual são as vias aéreas são mantidas abertas com pressão maior que a atmosférica durante todo o ciclo ventilatório
-Pressão Positiva no Final da Expiração (PEEP) tornou-se uma técnica muito difundida no tratamento de doentes com insuficiência respiratória aguda, submetidos ou não à ventilação mecânica. Quando se usa a PEEP em conjunto com ventilação mecânica estamos perante uma Ventilação com pressão positiva contínua
-Ventilação Oscilatória de Alta-frequência (VOAF) é caracterizada por uma frequência elevada de ciclos ventilatórios que permitem manter constantemente as vias aéreas abertas nas fases inspiratórias e expiratórias. O seu uso é mais frequente em Neonatologia.

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Patient Controlled Analgesia (PCA)

AUTORES
Nuno Emanuel de Sousa Pinto (Enfermeiro, Unidade Local de Saúde de Matosinhos – Hospital Pedro Hispano, Departamento Cuidados Intensivos)

Ricardo Jorge Teixeira Dantas (Enfermeiro, Unidade Local de Saúde de Matosinhos – Hospital Pedro Hispano, Departamento Cuidados Intensivos)

Resumo
Consiste na administração (normalmente por via endovenosa) de fármacos analgésicos pelo próprio doente por intermédio de uma bomba infusora, a intervalos pré-fixados e de acordo com as suas necessidades; embora a administração de analgesia por PCA se tenha provado ser muito segura, a sua escolha deve-se adequar a doentes capazes de perceber e aceitar o seu funcionamento; a sua utilização deve ser feita em unidades de saúde que possuam pessoal clínico habilitado para e meios de monitorização de sinais vitais e avaliação da dor. A administração de analgesia por PCA é normalmente utilizada durante 2/3 dias após grandes cirurgias, sendo posteriormente substituída por analgesia a intervalos regulares.

Palavras-chave: PCA; Dor; Analgesia; Controlo; Opióides.

Definição
Consiste na administração (normalmente por via endovenosa) de fármacos analgésicos pelo próprio doente por intermédio de uma bomba infusora, a intervalos pré-fixados e de acordo com as suas necessidades; pode ser administrado por via endovenosa (a mais usada) mas também oral, intranasal, subcutânea ou epidural.
Embora a administração de analgesia por PCA se tenha provado ser muito segura, a sua escolha deve-se adequar a doentes capazes de perceber e aceitar o seu funcionamento, em pós-operatórios de grandes cirurgias, em situações de trauma major ou no alívio da dor oncológica bem como em qualquer outra situação clínica em que se pretenda um rápido e eficaz alívio da dor. A sua utilização deve ser feita em unidades de saúde que possuam pessoal clínico habilitado para e meios de monitorização de sinais vitais e avaliação da dor.
A administração de analgesia por PCA é normalmente utilizada durante 2/3 dias após grandes cirurgias, sendo posteriormente substituída por analgesia a intervalos regulares.

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