Índice do artigo

Revista nº 83 - Março 2009

 

 

 

 

Sumário

Editorial
A propósito da segurança dos doentes...

Agenda
Acontecimentos interessantes

Actualidades
Risco de fracturas diminui com consumo de cálcio estudo compara acupunctura e terapia miofascial no tratamento da dor composto de soja alivia problemas musculares e articulares durante climatério

Entrevista
Ser gestor de risco é ser capaz de antecipar o inesperado - com Jacinto Malva de Oliveira

Ciência e técnica
Estratégias na incontinência urinária - novas abordagens
Ciência e técnica
Uso do álcool como anti-séptico na administração de injectáveis
Ciência e técnica
A importância da higiene das mãos no controle das infecções nasocomiais
Ciência e técnica
Conhecimento do diabético do tipo 2 face à doença e auto-cuidado

Opinião
Perspectiva clínica do erro
Sistemas de informação
Sistemas de informação em saúde: perspectivas internacionais

Ética
Morte digna e cuidados paliativos: perspectiva ética

O essencial sobre...
Manuseamento de cateteres totalmente implantados

Vivências
Enciclopédia de sentimentos e emoções: comunidade terapêutica para toxicodependentes

 

 

EDITORIAL

A propósito da segurança dos doentes…

Entende-se por segurança dos doentes, a ausência de efeitos prejudiciais desnecessários ou de efeitos prejudiciais potenciais associados aos cuidados de saúde recebidos. Este é hoje um motivo de grande preocupação na União Europeia. Há investigação recente que mostra que, em pelo menos 10 % dos internamentos hospitalares há erros nos cuidados de saúde dispensados. Mas este tipo de problemas ocorre em todos os contextos em que são prestados cuidados de saúde, incluindo os cuidados primários e secundários, de natureza pública ou privada, em situações agudas ou crónicas. As infecções associadas aos cuidados de saúde, estão entre as causas mais frequentes e mais nocivas dos danos não intencionais que afectam, um em cada vinte doentes internados nos Hospitais na Europa. Outros acontecimentos adversos são, por exemplo, erros terapêuticos, nomeadamente a administração de doses ou medicamentos incorrectos aos doentes, erros cirúrgicos, falhas técnicas de dispositivos médicos, erros de diagnóstico, incumprimento de nor-mas e orientações internacionais…, entre outros. A segurança das pessoas que recorrem aos cuidados de saúde e em particular dos doentes está por isso na ordem do dia, depende de múltiplos factores. Tem a ver com os aspectos estruturais e organizacionais de cada instituição de saúde e envolve uma diversidade de intervenientes, clínicos e não clínicos. Os aspectos estruturais das nossas instituições de saúde, a organização dos seus processos o tipo de cultura da nossa sociedade faz de Portugal um País que pode ser a este nível uma referência na Europa, captando clientes de outros países, nesta perspectiva de livre circulação de pessoas neste espaço. As nossas instituições de saúde e os seus gestores (membros dos Conselhos de Administração e Direcções Técnicas) estão atentos a esta situação orientam as políticas organizacionais de modo a dar resposta aos riscos de saúde ocupacional e à promoção de ambientes de trabalho seguros. Como sabemos um ambiente de trabalho seguro é um pré-requisito para existir um ambiente favorável à prática. A carga de trabalho dos profissionais, por exemplo, é um dos aspectos mais referidos na investigação produzida. Há uma correlação forte entre as horas de trabalho semanal efectuadas e o número de acidentes, bem como entre o número de doentes distribuídos a cada profissional e a ocorrência de acidentes. Portanto, um dos aspectos importantes a ter em conta é o nível e a combinação das dotações dos diferentes profissionais e em concreto de enfermeiros. No caso dos enfermeiros a dotação segura deve ser definida como a quantidade adequada de pessoal, associada com uma combinação adequada de níveis de aptidão, disponíveis em todas as alturas (manhã, tarde, noite, fins-de-semana e feriados) para assegurar a satisfação das necessidades de cuidados dos doentes e a manutenção de condições de trabalho isentas de riscos. Há investigação produzida em quantidade considerável que suporta o efeito da combinação do pessoal de enfermagem sobre os resultados dos doentes. A maioria dos estudos sugere que quanto mais elevado o estatuto educacional e profissional dos enfermeiros que prestam cuidados, melhores os resultados dos doentes. Só três exemplos:

- Sovie e Jawad (2001) verificaram que um número mais elevado de horas de enfermeiros com os doentes estava associado a menos quedas e a maior satisfação com a gestão da dor;

- Um estudo retrospectivo de grandes dimensões leva-do a cabo no Canadá em doentes com diagnósticos de Enfarte Agudo do Miocárdio, AVC, Pneumonia e Septicemia, verificou uma taxa menor de mortalidade aos 30 dias associada a uma combinação de aptidões com maior proporção de enfermeiros e mais anos de experiência numa unidade clínica (Tourangeau, Giovanetti, Tu & Wood, 2002).

- Um outro estudo efectuado em cerca de 800 Hospitais, em 11 Estados Americanos, revelou que uma proporção mais elevada de cuidados de enfermagem “prestados por enfermeiros” e um maior número de horas de internamento estavam associadas a melhores resultados dos doentes.

Sendo certo que estes estudos têm valor científico e conhecendo a realidade dos cuidados de saúde facilmente concordamos que a política do governo em matéria de dotações, não se serviu deles para elaborar as proposta de dotações de Enfermeiros para as Unidades de Cuidados Continuados Integrados e para os Agrupamentos de Centros de Saúde. Então nestes, pasme-se propõe menos Enfermeiros que Médicos… Em matéria de preocupações com a segurança dos doentes os nossos governantes, depois de analisarem a Recomendação do Conselho das Comunidades Europeias de 20 de Janeiro deste ano, com certeza irão:

- Considerar segurança do doente prioridade de saúde pública;

- Elaborar uma lei – quadro de gestão do risco em unidades de saúde;

- Publicar normas legais de segurança em unidades de saúde e mecanismos de avaliação da sua implementação;

- Criar mecanismos idóneos para o conhecimento por parte das instituições e doentes do nível de experiência e competência dos profissionais de saúde;

- Rever as dotações em matéria do número de Enfermeiros;

- Reforçar os direitos dos doentes – nomeadamente, o direito a conhecer nível de competência dos profissionais de saúde;

- Criar mecanismo eficaz e obrigatório de relatório de ocorrências anómalas -garantir a confidencialidade sobre as informações prestadas, impedindo represálias para os seus autores;

- Criar incentivos para unidades de saúde com bons níveis de segurança e para implementação de sistemas informáticos eficazes.

Estarei de novo, daqui a três anos a felicitar a governação (nacional e institucionais) pelo trabalho desenvolvido em redor da segurança das pessoas doentes. A Revista Sinais Vitais nº 83 dedica um pouco da sua atenção à problemática da segurança dos doentes. Não pretendendo esgotar o assunto, trazemos para a ribalta alguns aspectos que ajudam a (re)colocar o assunto. Pode ler neste número, entre outros artigos, uma entrevista com um Enfermeiro Gestor de Risco, um artigo de opinião sobre a perspectiva clínica do erro, um artigo de Heimar Marin, sobre as perspectivas internacionais no âmbito dos sistemas de informação, até porque o uso de computadores e sistemas computacionais pode e deve ser empregado de forma a diminuir a probabilidade de ocorrência de erros.

Boas leituras.

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Carlos Margato, enfermeiro

 


 

Ser gestor do risco é ser capaz de antecipar o inesperado

Entrevista com Jacinto Malva de Oliveira

 

Fomos entrevistar o enfermeiro Jacinto malva de oliveira. a entrevista vem a propósito da segurança dos doentes. temos ouvido falar do seu trabalho enquanto gestor de risco do centro Hospitalar de coimbra e foi nessa qualidade que o fomos entrevistar. era nosso propósito conhecer o papel do Gestor de risco, identificar os aspectos centrais da Gestão de risco numa organização de Saúde e conhecer as perspectivas de trabalho futuras no desempenho deste papel.
O enfermeiro Jacinto recebeu-nos no seu gabinete depois de mais um dia de trabalho. conversámos sobre os propósitos da minha entrevista, sobre os cHc e os seus projectos e sobre política de saúde claro. não é possível traduzir toda a riqueza da entrevista, fica pelo menos o essencial. no final fomos fazer uma visita ao Hospital e identificar na realidade as preocupações de um gestor de risco…

Quais as motivações que o levaram a aceitar ser “Gestor do Risco”
Sou hoje Gestor do Risco por uma circunstância acidental do passado. De facto, ao abandonar um cargo no IPOCFG foi-me proposta esta função, numa altura em que aquela Instituição se encontrava num processo de acreditação da qualidade. Na altura mal sabia o que se esperava de um gestor do risco. Na busca que então empreendi constatei que se tratava de um trabalho crítico para o sucesso de qualquer organização prestadora de cuidados de saúde e compreendi que podia ter perfil para o lugar. Decidi aceitar, consciente da tarefa hercúlea que me esperava. O percurso experiencial tem-me demonstrado que há um longo caminho a percorrer para incrementar políticas consistentes que promovam a qualidade e segurança na prestação de cuidados. Só para dar uma ideia da dimensão desta problemática estima-se que, apesar da subnotificação, possam ocorrer 10% de eventos adversos do total de admissões nos hospitais, 5% das quais com consequências muito graves. Sabe-se também que, grande parte dos erros e eventos adversos são evitáveis; 50%, aproximadamente. Face a estes números compreende-se bem, julgo, a enormidade de trabalho que há para fazer. Hoje a minha motivação principal é a de contribuir empenhadamente para a construção de sistemas seguros para a prestação de cuidados.

 


 

ESTRATÉGIAS NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NOVAS ABORDAGENS

Teresa Branco Enfermeira com Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem de Reabilitação. Serviço de Urologia do Hospital de São José

A incontinência urinária é um sintoma frequente, afecta todos os grupos populacionais, idades e ambos os sexos. Devido à sua frequência, gravidade e custos psicossociais e económicos, constitui uma das patologias mais importantes em termos de saúde pública, nomeadamente tendo em atenção o envelhecimento da população e a procura natural de viver a vida com qualidade. Hoje é possível ajudar estes doentes, com terapêuticas ajustadas à realidade de cada um. Infelizmente uma grande parte dos doentes continua a não tirar delas qualquer benefício, ou porque desconhece a neste campo, para que de uma forma inteligente possamos orientar o doente, para a resolução desta doença-tabu através da acessibilidade às alternativas mais válidas. O artigo exposto, pretende apresentar orientações, recomendações genéricas e práticas que, embora baseadas numa evidência científica, estejam moldadas pela experiência e possam ser úteis na prática diária. São descritos os tipos de incontinência mais frequentes, bem como, as suas opções terapêuticas, na esperança que estas passem a ser melhor compreendidas e divulgadas, trazendo deste modo para a superfície a ponta do “Iceberg”, de modo a diminuir custos em “não tratamentos” e aumentar nos custos em todos os tratamentos “efectivos”.

Palavras-Chave: Incontinência Urinária; Novas Abordagens.

 


 

USO DE ÁLCOOL COMO ANTI-SÉPTICO NA ADMINISTRAÇÃO DE INJECTÁVEIS
Por uma prática reflectida e baseada na evidência

Carla Marisa Ferreira Gomes Licenciada em Enfermagem, Enfermeira no Serviço de Medicina Intensiva do Hospital Infante D. Pedro, E.P.E. - Aveiro
Natália da Conceição Martins Rodrigues Fernandes Licenciada em Enfermagem, Enfermeira Graduada no Serviço de Medicina Intensiva do Hospital Infante D. Pedro, E.P.E. – Aveiro


RESUMO
A realização da anti-sepsia com álcool antes da administração de injectáveis, constitui um aspecto algo controverso verificando-se que não há, actualmente, uma uniformização das práticas. deste modo, procedeu-se a uma revisão bibliográfica sobre esta temática, apresentando-se as orientações referentes a este procedimento. Um olhar críticoreflexivo sobre as orientações teóricas permite-nos desenvolver uma prática baseada na evidência, que pondere a relação custo/benefício, sobre um procedimento tão usual no quotidiano da prática dos profissionais de enfermagem.

Palavras-chave: Álcool; Anti-Sepsia; Desinfecção; Injectável.

 


 

A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE DAS MÃOS NO CONTROLE DAS INFECÇÕES NASOCOMIAIS

Lídia Dias Enfermeira Graduada, Elo de Ligação da Comissão de Controlo de Infecção Hospitalar, Hospital Santo Espírito de Angra do Heroísmo
Marco Bettencourt Enfermeiro Graduado, Hospital Santo Espírito de Angra do Heroísmo
Palavra-chave: Infecções nasocomiais; Microorganismos; Profissionais de saúde; Higiene das mãos; Solução anti-séptica alcoólica

RESUMO

Recentemente o Ministro da Saúde, referiu, publicamente, o problema da higiene das mãos dos profissionais de saúde, mais especificamente, a falta de higiene das mãos. Não sendo esta a primeira vez que um Ministro da Saúde aborda este tema. As infecções nasocomiais são um problema real e preocupante no contexto da qualidade de prestação de cuidados, e ninguém põe em causa a importância da prática da higiene das mãos, na diminuição destas. Mas a verdade, é que apesar de ser divulgada em livros, manuais e recomendações esta medida tão simples e de baixo custo continua a ser negligenciada pelos profissionais de saúde.

 


 

CONHECIMENTO DO DIABÉTICO DO TIPO 2, NÃO INSULINO-DEPENDENTE,FACE à DOENÇA E AO AUTO-CUIDADO

Fátima Correia Rodrigues Enfermeira licenciada de nível I, a desempenhar funções no Centro de Saúde do Porto Moniz
Jhonny Alejandro Gonçalves de Abreu Enfermeiro licenciado de nível I, a desempenhar funções no Centro de Saúde do Porto Moniz

RESUMO

É bem conhecido por nós, profissionais de saúde, o carácter permanente da diabetes mellitus cujos resultados terapêuticos estão profundamente condicionados pela educação. Desde o momento do diagnóstico, e por toda a vida, a pessoa com diabetes é protagonista de uma situação à qual tem que adaptar o seu estilo de vida. Educar é transmitir ao diabético, na forma mais adequada, também a informação sobre a doença, origem, evolução, cuidados, factores agravantes e condicionantes.

Palavras chave: Diabetes, Auto-cuidado, Conhecimento

 


 

PERSPECTIVA CLÍNICA DO ERRO

Cidalina da Conceição Ferreira de Abreu Professora Adjunta da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra

RESUMO

Este artigo visa relatar alguns estudos acerca de acontecimentos adversos que ocorreram em contexto hospitalar a nível internacional. tem como finalidade com a síntese reflexiva levar os enfermeiros/as a pensar sobre as suas práticas aquando da ocorrência de erro, no sentido de identificarem factores causais do mesmo e, assim, reorganizar o sistema para prevenir futuras situações adversas. deste modo, contribui-se para a execução de práticas seguras, privilegiando a segurança dos doentes e obtendo ganhos em saúde.

Palavras-chave: Enfermagem, Erro clínico

 


 


SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE: PERSPECTIVAS INTERNACIONAIS

Heimar F. Marin
Professora Titular, Universidade Federal de São Paulo, Fellow do American College of Medical Informatics, Pesquisador Senior, Decision Systems Group, Harvard Medical School

Sistemas de informação em saúde (SIS) informatizados podem ser definidos como um conjunto de componentes inter-relacionados que coletam, processam, armazenam e distribuem a informação para apoiar o processo de tomada de decisão e auxiliar no controle das organizações de saúde. Assim, os sistemas de informação em saúde congregam um conjunto de dados, informações e conhecimento utilizados na área de saúde para sustentar o planejamento, o aperfeiçoamento e o processo decisório dos múltiplos profissionais da área da saúde envolvidos no atendimento aos pacientes e usuários do sistema de saúde. Diversos termos têm sido usados para descrever sistemas de informação em saúde computadorizados ou informatizados, tais como, registros eletrônicos de saúde e registro médico eletrônico1. Ambos são usados praticamente como sinônimos e são bem comuns na literatura, apresentando também aspectos semelhantes quanto à definição. Porém, via de regra, os termos Sistemas de Informação em Saúde e Registro Eletrônico de Saúde são termos usados para descrever sistemas mais gerais, com conceitos mais globais, enquanto que o termo Registro Médico de Saúde representa um sistema mais específico, um registro mais localizado.

 


 

MORTE DIGNA E CUIDADOS PALIATIVOS PERSPECTIVA ÉTICA

Gabriel Rodriguez Enfermeiro nível 1, Serviço de Urologia/ Hemato Oncologia, Hospital Central do Funchal.Pós graduação em Filosofia Bioética pela Universidade Católica Portuguesa
Luísa Pereira
Enfermeira nível 1, Centro de Saúde Ribeira Brava. Pós graduação em Filosofia Bioética pela Universidade Católica

RESUMO
Cada vez mais morre-se nos hospitais, longe daqueles que nos são queridos e representativos. Ao longo de muitos anos, o objectivo primordial dos hospitais foi o de tratar a doença, sendo a morte encarada como uma derrota para os profissionais de saúde, que durante muito tempo foram formados no pris-ma do domínio sobre a doença, com o recurso a aparelhos e técnicas cada vez mais sofisticadas. Muitas das vezes, a função dos profissionais acabava quando já não havia mais nada a fazer para devolver a saúde ao doente. Actualmente, e com o aumento do número de doentes com Cancro assim como dos doente com Sida, a realidade é um pouco diferente, nomeadamente com o “aparecimento” e aperfeiçoamento da medicina paliativa, que teve como grande impulsionadora nos últimos tempos a bem conhecida Cecily Saunder`s, com a qual tentamos cada vez mais contribuir para uma morte mais digna e mais humana do doente em fase terminal.

Palavras-Chave: Morte, Dignidade, Cuidar, Paliativos, Hospices.

 


 

MANUSEAMENTO DE CATETERES TOTALMENTE IMPLANTADOS

Maria de Jesus, Marta Elias, Sofia Carvalho, Madalena Miranda; Arménia Almedia Enfermeiras

Coordenação de Esperança Jarró, Enfermeira

Os cateteres totalmente implantados (ex: implantofix®) são utilizados para infusões contínuas, colheitas de sangue, nutrição parentérica e quimioterapia de curta/longa duração. a colocação de um implantofix deve se a dois factores importantes: maus acessos venosos periféricos e perfusões de citostáticos extremamente vesicantes. estes cateteres permitem ainda a realização de qui mioterapia de longa duração realizada em regime ambulatório durante 24 a 48 horas, 5 ou 7 dias, consoante os protocolos e pressupõem a conexão de um infusor directamente à punção do cateter venoso central. Por estas razões, a normalização dos procedimentos relativos à técnica de manuseamento dos cateteres venosos centrais nas situações de heparinização e administração terapêutica, é uma oportunidade de rever as componentes técnicas e as evidências científicas inerentes.

 


 

ENCICLOPÉDIA DE SENTIMENTOS E EMOÇÕES COMUNIDADE TERAPÊUTICA PARA TOXICODEPENDENTES

Alexandra Costa
Enfermeira Especialista em Saúde Mental e Psiquiatria

Resumo
A toxicodependência constitui, indiscutivelmente, um dos mais graves problemas da sociedade actual.
Os meios encontrados para a combater, porém, estão muito longe de ter atingido a eficácia desejável (Caldas de Almeida, 1995:15), citado por Neto (1995:15).
O tratamento da toxicodependência envolve uma multiplicidade de factores inerente à própria doença, sendo a Comunidade Terapêutica para a recuperação de toxicodependentes uma das opções, embora a admissão neste processo dependa da triagem efectuada, nomeadamente na avaliação da motivação do indivíduo para o seu internamento. Este trabalho foi realizado com base na sua experiência profissional no Ensino Clínico inerente ao Curso de Especialização em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria, e tem como objectivo aumentar os nossos conhecimentos acerca da temática e partilhar vivências.

Palavras-chave: Toxicodependência, Comunidade Terapêutica,Papel do Enfermeiro