VIVÊNCIAS DA RELAÇÃO ENFERMEIRA/ UTENTE REFERENCIADAS PELOS UTENTES
Cátia Moura Pereira
Licenciada em Enfermagem, Enfermeira de nível 1, exerce funções na área de cuidados de saúde primários
Carla Rodrigues Araújo
Licenciada em Enfermagem, Enfermeira de nível 1, exerce funções na área de cuidados de saúde diferenciados
RESUMO
A forma como cada ser humano se comporta, define muitas vezes a sua própria situação de ser e estar no mundo e, embora de diferentes modos, cada pessoa existe e realiza-se pela mediação com os outros e, é então, através da relação interpessoal que nós, seres humanos, conseguimos satisfazer algumas das nossas necessidades que nos são inerentes e das quais destacamos a necessidade de confiança, respeito e protecção.
Desta forma, é fácil depreender como a profissão de enfermagem é exigente, pois requer que se ofereça ao utente e à família este indispensável elemento da competência da enfermeira, que é a capacidade em estabelecer com estes, uma relação que lhes permita ser cada vez mais eles próprios, crescer na alegria, e minimizar o sofrimento em situações mais debilitantes. Independentemente do campo de actuação da enfermeira, tanto o utente como a família têm o direito de esperar ou mesmo de exigir que a relação de ajuda seja a base do exercício de enfermagem.
Cientes de que, a relação de ajuda está inerente a todos os cuidados que prestamos aos utentes e tendo-nos apercebido durante as nossas práticas clínicas que por vezes existia alguma problemática nesta área, surgiu então a nossa preocupação em saber quais as vivências da relação enfermeira/ utente referenciadas pelo utente. Assim sendo, realizamos um estudo do tipo exploratório–descritivo, inserido principalmente na perspectiva qualitativa, e que tem como objectivo o conhecer e descrever as vivências do utente face à relação enfermeira/utente, pois consideramos que é conhecendo as vivências/experiências dos utentes na relação com a enfermeira, que esta poderá assegurar uma boa relação de ajuda e, melhorar/aperfeiçoar certas atitudes na sua relação terapêutica com o utente.
Revista nº 98 - Setembro 2011
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