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Investigação em
Enfermagem nº 5

Fevereiro 2002

EDITORIAL

É chegada a altura de enviar para a tipografia mais um número da Revista Investigação em Enfermagem, desta feita o número 5, com data de capa de Fevereiro de 2002. Antes de mais, importa desejar um bom ano de trabalho a todos os nossos leitores.
Neste número contamos com a publicação do resumo de uma investigação subsídiada pela Comissão de Fomento de Investigação em Cuidados de Saúde do Ministério da Saúde. Trabalho com o título “Adaptação à paraplegia traumática”, desenvolvido com metodologia qualitativa, da autoria de Fernando Henriques, professor na Esc. Sup. Enf. Bissaya Barreto. A abordagem é muito interessante  chegando à conclusão, entre outras, de que “a qualidade de vida das pessoas com paraplegia parece não depender tanto do problema da não integridade corporal, tal com encontrou Dijkers (1997), mas sobretudo da integração familiar, da reintegração profissional e social.”
No âmbito de uma dissertação de mestrado em Ciências de Enfermagem, a Professora Clementina Longarito da ESE de Viana do Castelo, aborda “O ensino clínico: A importância da orientação e a construção do saber profissional”. É seu objectivo reflectir em torno de questões e situações relacionadas com a formação inicial em contexto prático.
De Filomena Cândido do Hospital  S. Francisco Xavier, apresentamos um artigo sobre “Parentesco e regularidade das visitas: Apreensão e satisfação com as informações de saúde”.
De uma equipa de três colegas, Carlos Costa, Celeste Dias e Manuela Costa, provenientes do Hospital Curry Cabral e do Centro de Alcoologia do Sul, publicamos “um estudo não experimental, descritivo sobre 5 profissões que na literatura e na clínica são consideradas stressantes e de risco para o alcoolismo”.
“As atitudes dos utentes no que respeita à educação para a saúde no âmbito da vacinação antitetânica” é o título do quinto artigo incluido neste número. Estudo realizado junto dos utentes do Centro de Saúde de S. Martinho em Coimbra, leva as autoras Paula Cristina e Lina Isabel a concluir com uma interrogação: “Porque é que os enfermeiros, não são os principais transmissores da informação relativa à vacina antitetânica, já que principalmente a eles compete divulgar o PNV?”
Um último artigo, tem a origem na Universidade de Medellin, da autoria de duas colegas columbianas, Silvia e María Consuelo e de uma colega mexicana, Rosa Nájera. O artigo faz o balanço da Investigação Panamericana de Enfermagem entre 1989-1998. Optámos por publicar este artigo mantendo o texto em castelhano, já que sabemos da sua fácil leitura.
Duas outras notas: A primeira para referir que ainda não foi possível publicar neste número, os títulos, as palavras-chave e os resumos dos artigos em língua inglesa. Sabendo da sua importância estamos a trabalhar para o concretizar em breve.
Uma segunda referência, para partilhar convosco a “sobrevivência” da RIE a uma rasteira. É que, já com a revista paginada e artigos maquetizados, pronta a entrar na gráfica para imprimir, detectamos que outro periódico publicou um artigo com título igual, dos mesmos autores e texto tal e qual, o que haveria de sair nesta edição. Francamente, existe uma ética de investigação e uma conduta para a divulgação dos resultados de investigação.  Trata-se de um conjunto de princípios gerais a que se deve atender e pelos quais a RIE pugna, sendo que, estão bem expressos desde o número 1 nas nossas normas de publicação,  ponto 2 - Responsabilidades Éticas (vide pág. 75 deste número).

Paulo Queirós