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Revista Investigação em Enfermagem (2002), nº5 - Fevereiro: 40-47
PROFISSÕES DE RISCO PARA O ALCOOLISMO? SUAS IMPLICAÇÕES/DA PREVENÇÃO AO TRATAMENTO
CARLOS ALBERTO Q. COSTA (*)
MARIA CELESTE M. DIAS (**)
MARIA MANUELA B. COSTA (***)

 

Resumo: Efectuou-se um estudo não experimental descritivo sobre 5 profissões que na literatura e na clínica são consideradas stressantes e de risco para o alcoolismo: Medicina, Enfermagem, Advocacia, Ensino e Engenharia. A amostra (N=69), constituída por 45 homens e 24 mulheres, foi seleccionada entre os doentes alcoólicos que acorreram à consulta de primeira vez do Centro Regional de Alcoologia de Lisboa (CRAL), dos anos 1996 a 1999. Como Grupo Comparativo utilizou-se uma Amostra (N=30) também seleccionada no CRAL. Os indivíduos da Amostra iniciam os consumos excessivos mais tardiamente que os restantes alcoólicos, sendo a diferença apenas significativa para os homens (p<0,005). Num “corte” aos 25 anos para os homens e aos 30 anos para as mulheres, a diferença mantém-se significativa (respectivamente p<0,05 e p<0,03). Excluindo o tabaco, as mulheres recorrem mais à poliadicção que os homens (p<0,025). Tais resultados sugerem que, nestas profissões, o stress seja um factor determinante na génese do alcoolismo.

* Licenciado em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica. Mestrando em Terapias Comportamentais e Cognitivas da U. L. H. T. Enfermeiro Chefe – Hospital Curry Cabral
** Enfermeira Chefe - Centro Regional de Alcoologia do Sul
*** Licenciado em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica. Enfermeira Especialista - Hospital Curry Cabral