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Investigação em
Enfermagem nº 16

Agosto 2007

 

EDITORIAL
Apesar da contestação de diversos sectores relacionados com o ensino superior (docentes, estudantes, sindicatos, partidos da oposição, etc.), o novo “Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior” (RJIES) foi aprovado na Assembleia da República pela maioria socialista, durante o último mês de Julho de 2007. O RJIES, que teve diversas versões até ser aprovada, tendo sido ouvidos o Conselho de Reitores das Universidades de Portugal (CRUP), o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) e a Associação Patronal da Universidades Privadas, deixando de lado outros interlocutores como, por exemplo, os sindicatos, prevê um conjunto de alterações a nível da organização, autonomia e gestão das instituições do ensino superior (Universidades e Ensino Politécnico) que, segundo o Ministro Mariano Gago, rompem com interesses instalados.
Este regime integra-se na reforma do ensino superior que o actual governo pretende realizar de modo a permitir o desenvolvimento do País, e insere-se no movimento europeu de modernização de universidades e politécnicos para o desenvolvimento de sociedades e economias do conhecimento. Esta reforma, tal como preconizada pelo Programa do Governo, ficará concluída com a revisão dos estatutos de carreiras do ensino superior universitário e do ensino superior politécnico, bem como da carreira de investigação”. Portanto, estamos numa fase bastante agitada e confusa em termos do futuro do ensino superior, com perspectivas de mudanças a vários níveis. Será que este diploma e a respectiva regulamentação vai ter também influência nas unidades de investigação e no apoio financeiro previsto para projectos de investigação, nomeadamente, na área das ciências da saúde e no domínio da enfermagem? É sobre isso que vamos manter-nos atentos e, se possível, participar mais activamente nas próximas decisões. Portanto, mantenham-se vigilantes e participem!
Visto estarmos no verão, aproveitamos para vos desejar boas férias e boas leituras.

Arménio G. Cuz