ANESTESIA REGIONAL EM OBSTETRÍCIA
Del Mar Rofa (Hospital Dona Estefânia)
Sandra Martins (Hospital Dona Estefânia)
Raquel Fernandez (Hospital Dona Estefânia)
RESUMO
A anestesia regional é hoje uma realidade comum a todos os blocos de partos. A prática tem tornado os seus procedimentos cada vez mais seguros e os seus efeitos facilmente contornados, se assegurados os devidos cuidados. Nestes cuidados o papel da enfermagem é preponderante.
Existe uma variedade de estímulos dolorosos que caracterizam o desconforto do trabalho de parto. Estes vão depender do estádio do trabalho de parto, sendo essencialmente: Hipóxia miometrial causada durante a contracção; Dilatação do colo do útero; Distensão da vagina e vulva; Pressão sobre a bexiga, uretra e recto.
Ao abordar a anestesia regional em obstetrícia, torna-se pertinente diferenciar analgesia regional e anestesia regional. Enquanto a analgesia regional envolve apenas a perda de sensibilidade dolorosa, sem bloqueio motor. Na anestesia regional existe a perda da sensibilidade dolorosa e térmica, com manutenção da sensibilidade táctil, podendo haver bloqueio motor (raquianestesia). A analgesia regional é requerida durante o trabalho de parto, uma vez que possibilita o alívio da dor, ao mesmo tempo que a parturiente tem percepção da contracção e participa activamente durante o trabalho de parto. A anestesia regional é utilizada apenas no parto cirúrgico, ou seja, para cesariana.
Palavras-chave: Analgesia e Anestesia Regional; Epidural; Sequencial; Cuidados de Enfermagem.