CIPE – UM CONTRIBUTOPARA A ENFERMAGEM… OU UMA NOVA MANEIRA DE REGISTAR?
Márcia Isabel Rama Rodrigues (Enfermeira Graduada, Serviço de Ortopedia,Hospital de Santarém S.A.)
Carla Maria da Cunha Diogo Cordeiro (Enfermeira Graduada, Serviço de Ortopedia, Hospital de Santarém S.A.)
A enfermagem tem evoluído bastante nos últimos tempos, mais especificamente ao nível dos registos de enfermagem, ainda há cerca de uma década os enfermeiros não realizavam registos individualizados nos processos dos doentes, havia sim um livro de ocorrências, onde se escrevia, por vezes mais ou menos isto: “turno que decorreu dentro da normalidade, sem intercorrências dignas de registo”. E era isto que os enfermeiros na realidade faziam? Não, temos a certeza que os cuidados por eles prestados não se resumiam, apenas nestas simples palavras. É difícil justificar a existência da profissão de enfermagem se os benefícios não poderem ser medidos. A medição desses benefícios só poderá ser feita através de efectivação de registos adequados (ROPER; 1995). Para esta autora os registos de enfermagem são a informação acerca do utente obtida em cada turno, a qual reproduz: as intervenções planeadas e realizadas; dados novos que servirão para uma reavaliação dos problemas do utente e outras queixas passageiras ou exames efectuados, que não constituem problemas de enfermagem, mas que é útil o enfermeiro do turno seguinte saber.