VENCER O CANCRO, QUE FUTURO?
Catarina Martins (Enfermeira Especialista – Hospital do Espírito Santo de Évora)
Maria Paula Franco (Enfermeira Especialista – Hospital São Bernardo – Setúbal)
Paula Fernandes (Técnica Principal de Radiologia – Hospital do Espírito Santo de Évora)
Artigo recepcionado em 2003.
INTRODUÇÃO
No combate ao cancro a ideia principal é a de que raramente haverá apenas um evento que o provoca, e raramente apenas uma forma de nos proteger. A protecção contra o cancro, à semelhança do próprio cancro deve ser encarada como um processo multifaseado, que inclui alterações comportamentais (alimentação, estilos de vida, peso etc.), aspectos ambientais (poluição, toxinas, radiação etc.) e hereditariedade. A estratégia de combate ao cancro deve ser encarada numa perspectiva dinâmica multifactorial, em que há uma interdependência de diferentes factores como: recursos terapêuticos; diagnóstico e estadiamento; prevenção e monitorização, que inclui o rasteio e a detecção precoce. As constantes pesquisas desenvolvidas nesta área têm sido muito relevantes mas ainda não suficientes para controlar todos os tipos de cancros. No entanto, as novas técnicas para a avaliação e diagnóstico do cancro têm facilitado o desenvolvimento de planos sofisticados de detecção e tratamento.
Apesar do avanço vertiginoso ocorrido nas ultimas décadas no âmbito da detecção e tratamento do cancro, este continua a afectar de forma adversa milhões de indivíduos em todo o mundo, ameaçando-os com morte, diminuição da qualidade de vida, planos para o futuro e instabilidade económica.
Palavras-chave: Cancro; Tratamento; Futuro.