Sinais Vitais nº 77 Março 2008 |
EDITORIAL
FORUM TEMÁTICO – A Saúde do SNS
CIÊNCIA E TÉCNICA
Os sistemas de Informação em Enfermagem e a produção de Indicadores de Qualidade: Uma experiência com um grupo de alunos em ensino clínico: Prevenção, Diagnóstico e Intervenção
Portfólio de Evidências
Cuidar do Doente Crítico com Dor: Um Desafio no Serviço de Medicina Intensiva (SMI)
A Vinculação Paterna – Um Olhar sobre a História e o Papel do Enfermeiro nos dias de Hoje
Doente Ventilado em Decúbito Ventral
A família como Prestadora de Cuidados e o Enfermeiro como Apoio
O Acolhimento ao Utente e Família, Relato da nossa Experiência
A Consulta de Enfermagem do Utente Ipertenso no Centro de Saúde do Bonfim Extensão de Sta. Maria
O Alcoolismo – Prevenção de Comportamentos Aditivos na Adolescência
Questões Èticas Sobre a Contracepção de Emergência
Carcinoma da Próstata – Sexualidade Após Prostatectomia Radical
Malária – Principal Causa de Morte no Terceiro Mundo
Editorial
Em 1988 aquando da criação da Associação Portuguesa de Infecção Hospitalar, tive ocasião de escrever que a infecção nosocomial é um problema de saúde pública que afecta tanto os doentes por via dos contactos que efectuam com os cuidados como os próprios profissionais de saúde. Dizia nessa altura que esta infecção deveria, por isso, ser associada não apenas à hospitalização, mas à prestação de cuidados em geral, independentemente dos locais onde fossem prestados. De facto a ocorrência deste tipo de infecção resulta, em grande parte, da intervenção técnica, seja pela produção de actos inadvertidos seja pela omissão dos actos mais elementares de higiene, sendo assim parece ser significativo que se passe a designar este tipo de infecção como infecção associada aos cuidados de saúde.
O reconhecimento destes factos, por parte de quem gere a coisa pública é uma forma de assumir responsabilidades pela segurança dos utentes que todos os dias contactam o Serviço Nacional de Saúde e dos seus profissionais. Foi por isso com muito agrado que tomei conhecimento da criação do Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infecção Associada aos Cuidados de Saúde, donde resultou um Manual de Operacionalização do programa e onde constam todo um conjunto de procedimentos para a consecução deste programa.
Apesar dos benefícios que este programa pode trazer para a prevenção e luta contra a infecção não podia deixar aqui a minha estranheza pelo facto da Direcção Geral dos Hospitais ter deixado de fora da discussão a Associação Portuguesa de Infecção Hospitalar, que é uma associação pluriprofissional que tem por missão o desenvolvimento e a divulgação de boas práticas de prevenção e controlo da infecção.
Fica aqui a nota.
António Fernando Amaral