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CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO PONDERAL, HÁBITOS ALIMENTARES E ACTIVIDADE FÍSICA EM CRIANÇAS DE IDADE PRÉ-ESCOLAR

Maria Teresa Loureiro Martins(1)

 

Resumo

A maioria dos estudos epidemiológicos divulgados apontam para o facto de o aumento marcado da incidência da obesidade infantil se dever a hábitos alimentares incorrectos, associados a elevados níveis de sedentarismo, estando directamente relacionada com o número de horas diárias em frente de uma televisão ou computador.

O presente estudo tem por objectivo caracterizar a prevalência de excesso de peso e obesidade numa população de crianças com idades compreendidas entre os 4 e os 6 anos e caracterizar os seus hábitos alimentares, de actividade física e sedentarismo. O estudo foi realizado nos Jardins-de-Infância da rede pública do concelho de Condeixa-a-Nova. Trata-se de um estudo descritivo (nível I).

Verificou-se uma prevalência de 12.2% de excesso de peso e 18.9% de obesidade e a existência de alguns erros alimentares nomeadamente o consumo demasiado frequente de gelados, salsichas, fiambre, chourição, salpicão, presunto, bacon, etc., peixe gordo: sardinha, cavala, carapau, salmão, etc., pão branco ou tostas, batatas fritas caseiras, cereais crocantes açucarados ou achocolatados, Ice-tea ou extractos vegetais, sumos de fruta concentrados ou néctares embalados, bolachas tipo Maria ou torrada, outras bolachas ou biscoitos e chocolate. Verificou-se ainda um consumo reduzido de hortaliças e legumes. Em relação às actividades realizadas pelas crianças, constatou-se o predomínio das actividades sedentárias relativamente às actividades físicas.

Palavras-chave: Excesso de peso/obesidade; hábitos alimentares; actividade física; sedentarismo.

(1) Enfermeira Graduada. Especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria. Hospital Pediátrico de Coimbra