Sinais Vitais no 71 Março 2007 |
ENTREVISTA – Paulo Parente
O Professor Paulo Parente é o novo Presidente do Conselho Directivo da Escola Superior de Enfermagem do Porto, de seu nome Paulo José Parente Gonçalves nasceu em Viana do Castelo há 46 anos com Curso Geral de Enfermagem, efectuado na ESEnfVC (1981), possui o Curso de Especialização em Enfermagem Médico Cirúrgica, pela ESEnfCP (1988) é Mestre em Ciências de Enfermagem, pela Universidade do Porto (2000) e Aluno do 1.º Curso de Doutoramento em Enfermagem da Universidade Católica. Tem um passado de intervenção na profissão onde já foi Dirigente Sindical (Sindicato dos Enfermeiros do Norte) de 1983 a 1989 e Vice Presidente do Conselho Directivo da OE de 1999 a 2003. Na área da prestação de cuidados trabalhou entre 1981 a 1989 no serviço de urgência do Hospital de S. João. É docente de enfermagem na ESEnfSJ, desde 1989, onde é Professor-coordenador desde 1998. Nessa escola assumiu vários cargos de coordenação tendo sido Coordenador do Curso de Estudos Superiores Especializados em Enfermagem Médico-Cirúrgica de 1996 a 1998; Coordenador do Curso de Licenciatura em Enfermagem 1999 a 2003; Presidente do Conselho Pedagógico de a 1997 a 2003; Presidente do Conselho Directivo da ESEnfSJ de 2003 a 2006 e agora Presidente do Conselho Directivo da ESEP, desde 2 de Janeiro 2007.
A criação da ESEP foi o pretexto para esta conversa com o Professor Paulo Parente, dado ser a segunda escola resultante de uma fusão de Escolas já existentes quisemos saber os desfios que se colocam a este dirigente.
Entrevista da responsabilidade do Enfermeiro Fernando Amaral
ELEMENTOS PARA ESTIMAR A CARGA DE TRABALHO DO ESTUDANTE
António Carlos do Carmo Carvalho (Professor-coordenador, Escola Superior de Saúde de Beja – Instituto Politécnico de Beja)
O conceito de crédito, no ECTS, define-se como a unidade de trabalho total do estudante médio para obter sucesso numa determinada unidade curricular ou num semestre. Elaborámos este artigo com a intenção de contribuir para a resolução de problemas com os quais somos confrontados quando planeamos uma unidade curricular, integrando o trabalho autónomo do estudante.
Recomendamos que nos nossos desenvolvimentos curriculares, à semelhança principalmente do que fazem os escandinavos e os anglosaxónicos, prevejamos os trabalhos escritos em função do número de palavras e do “volume” e tipo de literatura a consultar. Deste modo, com base nos indicadores que evidenciamos, podemos estimar os “volumes” de trabalho autónomo do estudante, convertendo tudo isso em créditos ECTS.
EMBRIÃO HUMANO: QUE ESTATUTO? BREVE REFLEXÃO ÉTICA
Luísa Pereira (Enfermeira nível 1, Unidade Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátricos, Hospital Central do Funchal)
Gabriel Rodriguez (Enfermeiro nível 1, Serviço de Urologia/ Hemato- Oncologia, Hospital Central do Funchal)
RESUMO
É no momento da fecundação que inicia-se o processo de desenvolvimento do indivíduo. Contudo, o momento que define o início do processo vital encontra- se em reflexão, e os seus conceitos em evolução. Não obstante, é imperioso a nossa responsabilidade nesta área. Responsabilidade pelo inequívoco respeito pela liberdade humana, mas acima de tudo, pela defesa da Dignidade da Pessoa Humana no seu longo percurso vital. O respeito pela Pessoa Humana é um dever fundamental de todo o cidadão, especialmente nos profissionais de saúde. Deverá ser uma atitude presente nos cuidados prestados por todos nós.
Palavras-chave: Embrião Humano, Dignidade Humana, Ética, Investigação, Excedentários
DOENÇA DE MCARDLE
Maria João Esperança da Silva (Enfermeira Licenciada, Nível 1, Serviço de Obstetricia, Hospital de Santa Maria)
RESUMO
A doença de McArdle é uma doença metabólica que pode ter várias designações, tais como, glicogenose tipo 5, deficiência em miofosforilase, glicogenose de McArdle, miopatia de McArdle e síndroma de McArdle. As pessoas afectadas pela glicogenose, qualquer tipo que seja, apresentam uma mutação numa das enzimas responsáveis pela libertação ou desdobramento do glicogénio, consoante as necessidades do organismo durante o exercício físico e/ou entre as refeições.
Palavras-chave: Miofosforilase; Mutação; Glicogénio; Fadiga muscular; Mioglobinúria; Rabdomiólise; Insuficiência renal aguda.
QUANDO O PASSADO SURGE NO PRESENTE, QUE FUTURO REIVINDICAMOS PARA A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA ENFERMAGEM?
Maria João Maximino Falé (Enfermeira Graduada, Serviço de urgência, Hospital Espírito Santo – Évora)
Artigo recepcionado em 2006.
RESUMO
Ao reflectir sobre a profissão de Enfermagem, não é fácil clarificar a razão de ser da nossa prática. É comum assumirmos funções e papéis de outras profissões, através das quais somos reconhecidos e valorizados, descurando a verdadeira razão de ser da nossa prática: O CUIDAR!
Ainda hoje aos olhos de outros profissionais, ser “Bom" Enfermeiro é sinónimo de dominar o saber fazer…e, a Imagem do Enfermeiro é a de auxiliar do médico. Este facto é revelador de uma visão social tecnicista da Enfermagem e o Enfermeiro é visto como um subordinado do médico, sem qualquer autonomia ou papel próprio.
Palavras-chave: Autonomia; Enfermagem; Enfermeiro; Identidade Profissional; Sociedade.
COMPETÊNCIAS DO ENFERMEIRO DE CUIDADOS GERAIS – ANÁLISE DO SUB-DOMÍNIO “PRÁTICA SEGUNDO A ÉTICA” DE ACORDO COM O MODELO DE AQUISIÇÃO DE COMPETÊNCIAS DE PATRICIA BENNER
Isaura Madureira (Enfª Especialista Saúde Mental e Psiquiátrica – H. Chaves)
Maria Graça Cavaco (Enfª Graduada – Hosp. da Universidade de Coimbra – Licenciada em Enfermagem)
Noélia Gomes (Enfª Graduada –Escola Superior de Enfermagem S. José de Cloney – Licenciada em Enfermagem)
Paula Lisboa (Enfª Graduada – Hosp. da Guarda – Licenciada em Enfermagem)
Rosa Simões (Enfª Graduada – Hosp. da Universidade de Coimbra – Licenciada em Enfermagem)
RESUMO
A competência e o aperfeiçoamento profissional são considerados, no artigo 78º do Código Deontológico do Enfermeiro, como um dos valores universais a considerar. Com o objectivo de relacionar as competências do enfermeiro de cuidados gerais do sub domínio “Prática segundo a ética” de acordo com os níveis definidos por Patricia Benner, no seu modelo de aquisição de competências, elaboramos um quadro conceptual e exploramos as competências enunciadas, explicitando o que implicam quando estão presentes ou ausentes na prática de cuidados.
Palavras-chave: Competências de enfermagem; Modelo de aquisição de competências; Ética.
A FAMÍLIA COMO UNIDADE DE INTERVENÇÃO EM ENFERMAGEM
Ana dos Reis Felicíssimo (Enfermeira Graduada, Licenciada em Enfermagem, Serviço de Ortopedia do Hospital Distrital de Santarém)
Pedro Miguel Dias Sequeira (Enfermeiro Graduado, Licenciado em Enfermagem e Mestre em Sociopsicologia da Saúde, Serviço de Consultas Externas do Hospital Distrital de Santarém)
Artigo recepcionado em 2007.
RESUMO
Sentimos necessidade e pertinência de realizar este trabalho sobre a Família como unidade de intervenção em enfermagem, por algumas razões:
Aprofundar conhecimentos sobre esta temática, com vista na melhoria da qualidade dos cuidados de enfermagem;
Desenvolver estratégias de intervenção no cuidar da pessoa, inserida numa unidade familiar;
A família como alvo da nossa intervenção e intervenção em parceria;
Promover a reflexão perante a prática profissional.
Palavras-chave: Família; Tipos de famílias; Unidade familiar; Funções da família; Estrutura e dinâmica familiar.
A PROSTITUIÇÃO A AS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Ana Capelo Corte (Enfermeira Licenciada, nível I, Centro Hospitalar Médio Tejo – Unidade de Torres Novas, serviço de Cirurgia).
Cecília Cristina Martins Canholas (Enfermeira Licenciada, nível I, Centro Hospitalar Médio Tejo – Unidade de Tomar, serviço de Ortopedia).
Vera Felipa Ferreira Rodrigues (Enfermeira Licenciada, nível I, Hospital São Pedro Gonçalves Telmo – Peniche, serviço de Medicina).
Artigo recepcionado em 2005.
RESUMO
Ao elaborar este estudo pretendeu-se: descrever que doenças sexualmente transmissíveis as prostitutas conhecem, quais as medidas que adoptam para a sua prevenção e quais os recursos de saúde que procuram. Trata-se de um estudo não experimental descritivo simples e o método usado é o quantitativo. Como instrumento de colheita de dados optamos pelo formulário. A amostra do estudo é constituída por 56 prostitutas. Da análise e interpretação dos resultados podemos afirmar que apesar de todas a prostitutas conheceram o preservativo como método de prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s), um número significativo refere usá-lo só algumas vezes por não achar necessário. Constatou-se ainda que as mulheres que têm /tiveram DST’s, continuaram a exercer a actividade no período de doença, algumas vezes sem protecção.
Palavras-chave: Prostituição; Doenças Sexualmente Transmissíveis; Prevenção.
DO COMPROMISSO DA ACTIVIDADE MOTORA À ESPASTICIDADE RESPOSTA HUMANA AO FENÓMENO E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
Margarida Teodora Sardinha do Carmo (Licenciada, Enf. Graduada no Serviço de Cirurgia, Unidade de Tomar, Centro Hospitalar do Médio Tejo, EPE)
Artigo recepcionado em 2006.
RESUMO
Na sociedade actual emergem novos estilos de vida, aumentam algumas doenças crónicas e os acidentes de viação. Todas estas vicissitudes da vida pós-moderna comportam novos desafios para a enfermagem. Muitos utentes apresentam alterações da actividade motora relacionada com alguns dos fenómenos acima referidos. A espasticidade encontra-se associada a algumas alterações neurológicas e da mobilidade e é um aspecto relevante para a prática de enfermagem por conduzir a outros focos de atenção no utente e família, associados aos já existentes. Este artigo reflete sobre esta realidade e utiliza a CIPE/ICNP® na versão Beta 2 para construir diagnósticos e intervenções de enfermagem nestes utentes.
Palavras-chave: Espasticidade; CIPE; Diagnóstico de enfermagem e Intervenção de Enfermagem.
REINTEGRAÇÃO SOCIAL DO DOENTE AMPUTADO
Ana Paula Teixeira Pereira (Enf.ª Licenciada, Nível I, Serviço de Cirurgia do Hospital de Curry Cabral)
Carmen Sofia Tiago Gaudêncio (Enf.ª Licenciada, Nível I, Serviço de Cirurgia do Hospital de Curry Cabral)
Dina Maria Gomes Sebastião (Enf.ª Licenciada, Graduada, Serviço de Cirurgia do Hospital de Curry Cabral)
Dinora Maria Braz Martins e Cunha (Enf.ª Licenciada, Nível I, Serviço de Cirurgia do Hospital de Curry Cabral)
Elisabete Vieira Raínho Alberto (Enf.ª Licenciada, Graduada, Serviço de Cirurgia do Hospital de Curry Cabral)
Glória Miriam Fernandes Alentejano (Enf.ª Licenciada, Nível I, Serviço de Cirurgia do Hospital de Curry Cabral)
Sandra Cristina Lopes dos Santos (Enf.ª Licenciada, Nível I, Serviço de Cirurgia do Hospital de Curry Cabral)
Artigo recepcionado em 2004.
RESUMO
A perda de um membro é um evento causador de grande tensão emocional, com grande impacto na vida da pessoa/família, originando uma série de respostas psicológicas complexas que podem conduzir ou não a um adequado ajustamento, dependendo da preparação física e psicológica prestada ao doente. A equipa de saúde tem um papel importante na reabilitação, para tal deve reunir esforços de modo a que o indivíduo atinja o máximo de independência. Deverá estabelecer um plano de Cuidados globais, de acordo com a personalidade do individuo e atendendo às suas necessidades, compartilhando a tarefa de ajudar a pessoa amputada a compreender e a aceitar as mudanças necessárias no seu novo padrão de vida.Tanto os doentes como os seus familiares devem saber que a reabilitação pode ser um processo demorado. O objectivo geral deste trabalho é identificar as dificuldades sentidas dos doentes amputados dos membros inferiores na sua reintegração social.
Palavras-chave: Pessoa Amputada; Família; Cuidados de Enfermagem; Reintegração Social.
O DOENTE SUBMETIDO A ARTROPLASTIA TOTAL DA ANCA – CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Ana Rita Filipe (Enf. Licenciada, Serviço Ortopedia Hospital da Prelada)
Carla Afonso (Enf. Licenciada, Serviço Ortopedia Hospital da Prelada)
Gisela Lima (Enf. Licenciada, Hospital S. João, C. Saúde da Batalha)
Artigo recepcionado em 2004.
RESUMO
A artroplastia total da anca é uma intervenção cirúrgica que visa restaurar o movimento da articulação coxo-femural e a função dos músculos, ligamentos e tecidos adjacentes. Na equipa de saúde são de realçar os cuidados prestados pelo enfermeiro ao doente submetido a esta cirurgia, não só cuidados a nível físico, mas também todo o acompanhamento psicológico de forma a que o doente consiga adaptar-se à nova realidade.
Palavras-chave: Artroplastia da anca; Cuidados de Enfermagem, PTA
A HEMORRAGIA PÓS-PARTO INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM
Sandrine Lopes (Serviço Obstetrícia/Ginecologia do Hospital St. António S.A)
Maria José da Silva Abreu Dias Ferreira (Enf. Especialista Saúde Materna e Obstétrica, Serviço Obstetrícia/Ginecologia do Hospital Geral de St. António S.A).
Artigo recepcionado em 2004.
RESUMO
A hemorragia pós-parto é uma das principais causas de mortalidade e morbilidade materna. Caracteriza- se por um sangramento excessivo pós-parto em que a perda sanguínea é superior a 500 ml e o hematócrito é reduzido em 10%. Pode ocorrer desde o momento do nascimento da criança até ao final do puerpério. Com este artigo pretendemos aprofundar e actualizar os conhecimentos dos profissionais de enfermagem no âmbito da saúde materna e obstétrica e alertá-los para a importância da vigilância pós-parto.
Palavras-chave: Hemorragia pós-parto; Prevenção; Cuidados à puérpera.
SATISFAÇÃO DOS UTENTES DO CENTRO DE SAÚDE DE MOGADOURO, FACE AOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Cláudia Patrícia Martins Pêra Miguel (Licenciatura em Enfermagem, Enfermeira de Nível 1, Hospital de São João)
Maria Adriana Pereira (Doutora em Ciências Biomédicas, Licenciada em Enfermagem, Professora Auxiliar, Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa)
Artigo recepcionado em 2005.
RESUMO
A procura de uma perspectiva globalizante sobre as explicações do conceito de satisfação dos utentes não tem sido fácil, verificando-se que nem o conceito, nem os factores que a determinam são iguais para todas as situações. O principal objectivo deste estudo foi: Avaliar a Satisfação dos Utentes do Centro de Saúde de Mogadouro, face aos Cuidados de Enfermagem. Efectuou-se um estudo descritivo com abordagem quantitativa, na população da área de influência do Centro de Saúde de Mogadouro, numa amostra de 110 utentes, com idades compreendidas entre os 50 e 70 anos. Aplicou- se para o efeito uma entrevista estruturada. Foi feita a caracterização da amostra e para a restante informação utilizaram-se questões em Escala de Likert. Na análise dos dados, foi utilizada a estatística descritiva, (frequências, média, desvio padrão, moda, mediana, mínimo e máximo) e o teste de Qui-Quadrado, na associação de variáveis nominais e ordinais. Os principais resultados obtidos mostram que 90% dos utentes do Centro de Saúde de Mogadouro classificam o seu grau de satisfação de bom e estão satisfeitos com os cuidados de Enfermagem.
Palavras-chave: Satisfação; Utente; Cuidados de Enfermagem.