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Revista Investigação em Enfermagem nº 20

Agosto de 2009

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Editorial: Arménio Guardado Cruz

INCIDÊNCIA E CONTROLO DA INFECÇÃO URINÁRIA EM DOE NTES COM AVC
Incidence and control of urinary tract infection in stroke patients

Catarina Maria Duarte Fernandes

 

EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE À FAMÍLIA DO DOE NTE COM AVC
Education for health to family of the patient with stroke

Pedro Miguel Dias Sequeira

 

O PROCESSO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM À PESSOA COM DEFICIÊNCIA VENTILATÓRIA CRÓNICA - DPOC: Da evidência científica à mudança das práticas
The nursing cares process to the person with COPD: of scientific evidences to the pratical changes

Maria Manuela Almendra Magalhães

 

RECUPERAÇÃO DA CONSCIÊNCIA DA PESSOA EM COMA POR TCE
Conscious recovery of patients in post cranium-encephalic trauma coma

Vanda Marques Pinto; Filomena Leal

 

COMUNICAR COM O DOE NTE EM COMA: VIVÊNCIAS DE QUEM CUIDA
Communicate with the sick person in coma: Experiences of who take care of

Ana Sofia Fernandes; Ana Raquel Pereira; Carla Sofia Dionísio Batista; João Manuel Garcia Nascimento Graveto

 

REPRESENTA ÇÃO SOCIAL DE REABILITAÇÃO: ESTUDO EM SALA DE AULA
Rehabilitation social representation: The classroom study

António José Pinto de Morais

 

EXCESSO DE PESO/OBESIDADE EM ESTUDANTES DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
Overweight/obesity in students from a higher education institution in Coimbra

Fátima Conceição Martins Luzio; Andreia Gomes Sá Correia; Liliana Sofia Silva Saraiva ; Mónica Vicente Rito

 

SER ENFERMEIRA, ADULTA E MULHER: Na perspectiva de Levinson
Nurse, adult and woman: In Levinson’s perspective

Maria Inês Pereira Serrão

 

EDITORIAL

Estes últimos meses têm sido férteis em mudanças legislativas seja a nível do ensino superior,

com a aprovação do novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) e o Estatuto da Carreira do Pessoal Docente do Ensino Superior Politécnico, seja a nível do Estatuto da Ordem dos Enfermeiros, que permitirá o Novo Modelo de Desenvolvimento Profissional, ou a nível do Sistema Nacional de Saúde, com o acordo verificado sobre a Nova Carreira de Enfermagem.

Estas mudanças decerto irão ter repercussões no futuro do ensino da enfermagem e nas competências profissionais e de investigação dos enfermeiros, com implicações nas suas práticas clínicas, pedagógicas e de gestão, esperando-se que tenham reflexos na qualidade dos cuidados prestados aos cidadãos.

Neste contexto, a investigação surge como um elemento fundamental para a formação e desenvolvimento dos enfermeiros, sendo um factor fomentador da qualidade de ensino e do desenvolvimento da disciplina de Enfermagem. A sua execução promove e conduz os docentes/ investigadores a uma actualização/progressão dos seus próprios conhecimentos, contrariando o comodismo, e promovem a consolidação da Enfermagem como disciplina e profissão capaz de garantir as autonomias nos diferentes contexto onde ocorra a sua intervenção.

O aumento do número de enfermeiros com mestrado e doutoramento na área da enfermagem, e/ou noutras áreas do saber, e a criação e desenvolvimento de unidades de investigação tem sido uma mais-valia, contribuindo significativamente para a produção, difusão e divulgação do conhecimento em enfermagem. Também a integração do ensino de enfermagem no ensino superior universitário, proposto por algumas entidades nacionais e internacionais, sendo já uma realidade em muitos países da Comunidade Europeia, parece ser um passo importante num futuro próximo.

Numa Europa onde se pretende alguma uniformização nos modelos de desenvolvimento profissional, verifica-se alguma incongruência a nível do ensino de enfermagem que pode ter implicações no futuro da Enfermagem em Portugal e na qualidade dos respectivos cuidados.

Apesar de parecerem estar reunidas as condições para o desenvolvimento da enfermagem, o facto de na dinâmica empreendida pelos diversos actores que têm participado nestas reformas (Ordem dos Enfermeiros, Sindicatos, Escolas de Enfermagem, Associações, etc…), se encontrarem posições diferenciadas, com algumas imposições conjecturais e sem consensos, cria-nos alguma apreensão no caminho que estamos a seguir na consolidação da Enfermagem como uma disciplina e uma profissão.

BOAS FÉRIAS.

Arménio Guardado Cruz

 


 

INCIDÊNCIA E CONTROLO DA INFECÇÃO URINÁRIA EM DOENTES COM AVC

Catarina Maria Duarte Fernandes
Licenciada em Enfermagem. Mestre em Saúde Pública. Enfermeira no Serviço de Neurologia 1A dos HUC.

Resumo
A ITU é uma das infecções nosocomiais mais comuns que ocorre principalmente após a cateterização vesical. São já várias as medidas fortemente recomendadas para prevenção da ITU associada à cateterização, no entanto, quando abordado o soluto a utilizar no meato urinário previamente à inserção do cateter vesical, continuam a persistir dúvidas quanto ao procedimento mais correcto.
O trabalho englobou a realização de três estudos: o primeiro, descritivo-epidemiológico, aplicado a 100 sujeitos internados no serviço de Neurologia 1A dos HUC, de 6 de Fevereiro a 21 de Setembro de 2007, em que procurámos caracterizar as ITU(s) nesse serviço; o segundo estudo, de desenho quase experimental, aplicado no mesmo serviço incluindo também a UAVC, durante um período de nove meses (1 de Outubro de 2007 a 30 de Junho de 2008), em que tentámos determinar a influência do soluto utilizado no meato urinário previamente à inserção do cateter vesical na incidência da ITU; e um terceiro estudo, este de investigação-acção, direccionado a toda a equipa de enfermagem destes serviços, em que procurámos elaborar uma guideline para o procedimento de cateterização vesical baseado numa evidência mais forte. Este terceiro estudo encontra-se ainda por concluir no que respeito à avaliação da sua implementação.
A investigação permite-nos concluir: que a incidência de ITU nosocomial no serviço de Neurologia 1A é de 21%, estando relacionada, entre outros factores, com o aumento da idade, com o género feminino, com um estado mais debilitado, e com a presença de um cateter vesical; que o soluto utilizado previamente à inserção do cateter vesical influencia a incidência da ITU, beneficiando a anti-sepsia com iodopovidona em detrimento da limpeza com soro fisiológico do meato urinário; e que uma simples medida como a escolha do soluto para a cateterização vesical pode reduzir a frequência das ITU(s), podendo ser interiorizada rapidamente no seio da equipa quando os elementos que a constituem são envolvidos na investigação.

Palavras-chave: Infecção do tracto urinário, Cateterização vesical, Acidente Vascular Cerebral.

 


 

EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE À FAMÍLIA DO DOE NTE COM AVC

Pedro Miguel Dias Sequeira
Licenciado em Enfermagem. Mestre em Sociopsicologia da Saúde. Enfermeiro Graduado do Hospital Distrital de Santarém.

Resumo
Este estudo tem como objectivo, conhecer a eficácia da Educação para a Saúde, nomeadamente através da avaliação dos conhecimentos que os prestadores de cuidados informais (grupo experimental) possuem do mesmo, face aos que não são prestadores de cuidados informais, implementado num hospital da Sub-Região de Saúde de Santarém.

A questão de investigação primordial que estudámos foi:
- Qual o nível de conhecimentos que os prestadores de cuidados informais (grupo experimental) possuem após a implementação da Educação para a Saúde nos serviços, face aos que não são prestadores (grupo de controlo)?

O instrumento de recolha de dados seleccionado foi um questionário, de avaliação dos conhecimentos, por nós construído, aplicado a 90 pessoas, 70 sendo do grupo experimental e 20 do grupo de controlo.

Como principais conclusões deste estudo:
A maioria das pessoas do grupo experimental, que são os prestadores de cuidados informais do doente com acidente vascular cerebral a quem os enfermeiros dos serviços implementaram a Educação para a Saúde, obtiveram uma aprendizagem satisfatória dos conhecimentos relativos à prestação dos cuidados ao doente.
A maioria das pessoas do grupo estudado, consideraram ter havido evolução no nível de conhecimentos obtidos através da Educação para a Saúde.
Podemos afirmar então que, a Educação para a Saúde, foi eficaz na sua operacionalização e implementação.

Palavras-chave: Educação para a saúde; Família; Doente; AVC.

 


 

O PROCESSO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM À PESSOA COM DEFICIÊNCIA VENTILATÓRIA CRÓNICA - DPOC: Da evidência científica à mudança das práticas

Maria Manuela Almendra Magalhães
Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação. Mestre em Ciências de Enfermagem, Doutoranda em Enfermagem - Universidade de Lisboa. Professora-Adjunta da Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho.

 

Resumo
A pessoa com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), é portadora de uma deficiência ventilatória crónica que poderá ser profundamente incapacitante, responsável por um sofrimento enorme e com impacte nas suas capacidades como membro de uma família e de uma comunidade, em que a sua qualidade de vida é muito perturbada.

O enfermeiro ao cuidar da pessoa com DPOC, desenvolve a sua tomada de decisão com a pessoa através da concepção de um processo de cuidados, tendo por focos de atenção o processo do sistema respiratório, o comportamento – padrão respiratório, o processo psicológico e o processo ambiental. Este processo de cuidados desenvolve-se através da formulação do juízo diagnóstico, terapêutico e ético a partir dos quais se viabiliza a produção de intervenções profissionais em que um programa de reabilitação respiratória é um recurso da acção de enfermagem.

Através da revisão sistemática da literatura podemos concluir que na generalidade todas as pessoas com DPOC (FVE1 <30% e <50% do predito), têm melhoras com os programas de reabilitação respiratória. No entanto, os estudos sugerem-nos a necessidade de mais investigação sobre a efectividade dos programas de reabilitação respiratória e a avaliação do impacte destes.

Nesta revisão foi também evidenciado, a necessidade de formação dos enfermeiros neste domínio.

Palavras-chave: Processo de Cuidados de Enfermagem; DPOC; Programa de Reabilitação Respiratória; Autocuidado e Autocontrolo: Respiração.

 


 

RECUPERAÇÃO DA CONSCIÊNCIA DA PESSOA EM COMA POR TCE

Vanda Marques Pinto
Professora-Adjunta na ESE Lisboa. Mestre em Ciências de Enfermagem pela UCP Lisboa, doutoranda do IV doutoramento em Enfermagem da UCP.

Filomena Leal
Enfermeira-Chefe, Coordenadora da área de Neurociências do CHLC - Hopsital de São José.

Resumo
Este estudo visa alargar o conhecimento em benefício dos doentes em coma neste caso por TCE. O seu alcance implica um raciocínio indutivo pelo que a opção metodológica recai numa raiz qualitativa.

Corresponde a parte de um estudo de caso colectivo. Colhemos dados através de entrevistas semi-dirigidas visando inventariar os estimulos que contribuem para a recuperação da consciencia da pessoa em coma por traumatismo craniano.

Os participantes foram seleccionados a partir da experiencia anterior de coma por TCE, provenientes de uma consulta de neurotraumatologia de um Hospital de Lisboa

O tratamento de dados foi feito através do programa “Nvivo 8”.

Verificamos que os estímulos mais intensamente referidos foram os auditivos e que estes se apresentam muitas vezes associados aos estímulos tácteis. Também o conforto em diferentes dimensões é referido várias vezes, e consideramos este um indicador de interesse a ser explorado enquanto provocador da consciência. Do mesmo modo nos indicadores de estimulação encontrámos referências a expressões faciais e ao impacto que estas tiveram nos sujeitos.

Palavras-chave: Coma, Consciência, Atenção, Percepção.

 



COMUNICAR COM O DOE NTE EM COMA: Vivências de quem cuida

Ana Sofia Fernandes(1)
Ana Raquel Pereira(2)
Carla Sofia Dionísio Batista(3)
João Manuel Garcia Nascimento Graveto(4)

 

Resumo

A comunicação constitui um importante instrumento do enfermeiro para que a interacção e a troca aconteçam e, consequentemente, o processo de cuidar. No entanto, podem surgir dificuldades, nomeadamente na relação que se estabelece com o doente em coma. Com este artigo pretende-se dar a conhecer as vivências comunicacionais de enfermeiros que trabalham na Unidade de Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar de Coimbra, na relação que estabelecem com o doente em Coma e compreender o significado dessas mesmas vivências. Dada a natureza do fenómeno a estudar, efectuámos um estudo exploratório-descritivo de orientação fenomenológica, segundo as etapas do método fenomenológico, de acordo com as orientações de Loureiro (2002). Da análise das entrevistas identificou-se a estrutura das vivências comunicacionais com o doente em coma, destacando-se cinco áreas temáticas, sendo elas: vivências de (in)comunicação com o doente em coma, estratégias comunicacionais, barreiras comunicacionais, experiências de (inter)acção e, por último, pessoas que cuidam de pessoas. Este estudo possibilitou um despertar da consciência para as áreas temáticas descritas, facultando uma reflexão, no sentido da melhoria na comunicação do enfermeiro com o doente em coma.

Palavras-chave: Enfermeiro, comunicação, coma, vivências.

(1) Enfermeira Generalista. Hospital Dr. Fernando Valle, Arganil.
(2) Enfermeira Generalista. Hospital de Cuidados Continuados da Santa Casa da Misericórdia de Tábua.
(3) Enfermeira Generalista. Centro de Saúde de Faro, ARS Algarve, IP.
(4) Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação. Mestre em Toxicodependência e Patologias Psicossociais – ISMT – Coimbra. Doutor em Desarrollo y Intervención Psicológica – Universidad de Extremadura – Badajoz - Espanha. Professor-Adjunto na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra

 


 

REPRESENTA ÇÃO SOCIAL DE REABILITAÇÃO ESTUDO EM SALA DE AULA

António José Pinto de Morais
Professor Coordenador da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Enfermeiro Especialista de Reabilitação

 

Resumo
Este artigo pretende dar resposta a algumas questões no campo das representações sociais. O estudo utilizou a técnica de Vergès para a recolha e análise de dados sobre a representação social de Reabilitação. Os participantes foram 61 enfermeiros a frequentarem o III e IV CPLEER.

Os resultados evidenciaram os seguintes aspectos: objecto de trabalho, estratégias de intervenção e finalidade; A Reabilitação está associada à recuperação da incapacidade, deficiência e funcionalidade.

Reconheceu-se que é fundamental investir num nova referência conceptual de Reabilitação.

Palavras-chave: Representação social, técnica de Vergès e Reabilitação.

 


 

 

EXCESSO DE PESO/OBESIDADE EM ESTUDANTES DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

Fátima Conceição Martins Luzio(1)
Andreia Gomes Sá Correia(2)
Liliana Sofia Silva Saraiva(3)
Mónica Vicente Rito(4)

Resumo

A selecção desta temática prendeu-se com o facto de a obesidade constituir um desafio major de saúde pública, a nível mundial, percorrendo todas as faixas etárias e níveis sócio-económicos. Considerada uma doença crónica, com etiologia multifactorial, exige uma intervenção precoce, por parte de vários profissionais de saúde, com o objectivo de melhorar a qualidade de vida dos indivíduos, a médio e a longo prazo.

O presente estudo inscreve-se no âmbito da investigação quantitativa de tipo descritivo-correlacional, e tem como objectivos identificar o excesso de peso e obesidade em estudantes de uma Instituição do Ensino Superior de Coimbra. Pretende, ainda, verificar a relação entre o excesso de peso e a obesidade destes estudantes com os comportamentos alimentares, prática de exercício físico, género, IMC dos pais e ano de curso. Com vista à concretização dos objectivos, foram inquiridos 80 estudantes do 1º, 2º, 3º e 4º Anos de um Curso de Licenciatura, com idades compreendidas entre os 18 e os 33 anos. Utilizou-se como instrumento de colheita de dados um questionário, tendo-se concluído que apenas existe relação entre o IMC dos estudantes e o dos seus pais e que existe diferença entre o IMC dos estudantes e o género.

Palavras-chave: Obesidade; Estudantes do Ensino Superior

 

(1)Professora Coordenadora na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Mestre em Saúde Ocupacional.
(2) Licenciada em Enfermagem. SCIAS, Barcelona
(3) Licenciada em Enfermagem. Barcelona
(4) Licenciada em Enfermagem. Suiça

 


 

SER ENFERMEIRA, ADULTA E MULHER: Na perspectiva de Levinson

Maria Inês Pereira Serrão
Enfermeira de nível 1, Serviço de Pediatria, Hospital Reynaldo dos Santos. Mestre em Ciências da Educação.

Resumo

Nos anos 70, Levinson e seus colaboradores criaram a teoria das estações de vida, baseada em entrevistas biográficas, feitas a 40 homens, que foi considerada um marco na história da psicologia do desenvolvimento do adulto. Nos anos 90, Levinson recriou a mesma teoria na perspectiva feminina, estudando 45 mulheres, de diferentes estratos sociais e diferentes profissões. Este estudo, que se enquadra na teoria de Levinson e colaboradores, tem como objectivo principal analisar a fase de noviciado (novice phase) em mulheres, portuguesas, enfermeiras de profissão. Para tal utilizou-se uma metodologia qualitativa, nomeadamente histórias de vida. A análise de conteúdo das informações obtidas mostra que, as enfermeiras portuguesas da nossa amostra, passam no início da vida adulta pelas 3 primeiras fases de transição e estrutura de vida identificadas por Levinson e colaboradores. Nas enfermeiras, o sonho, a profissão e o relacionamento afectivo assumiram um papel importante, o mesmo não acontecendo com o papel de mentor.

Palavras-chave: Teoria das Estações de Vida; Enfermeiras Portuguesas; Início da Vida Adulta; Fase de Noviciado; Psicologia do Desenvolvimento.