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O PROCESSO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM À PESSOA COM DEFICIÊNCIA VENTILATÓRIA CRÓNICA - DPOC: Da evidência científica à mudança das práticas

Maria Manuela Almendra Magalhães
Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação. Mestre em Ciências de Enfermagem, Doutoranda em Enfermagem - Universidade de Lisboa. Professora-Adjunta da Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho.

 

Resumo
A pessoa com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), é portadora de uma deficiência ventilatória crónica que poderá ser profundamente incapacitante, responsável por um sofrimento enorme e com impacte nas suas capacidades como membro de uma família e de uma comunidade, em que a sua qualidade de vida é muito perturbada.

O enfermeiro ao cuidar da pessoa com DPOC, desenvolve a sua tomada de decisão com a pessoa através da concepção de um processo de cuidados, tendo por focos de atenção o processo do sistema respiratório, o comportamento – padrão respiratório, o processo psicológico e o processo ambiental. Este processo de cuidados desenvolve-se através da formulação do juízo diagnóstico, terapêutico e ético a partir dos quais se viabiliza a produção de intervenções profissionais em que um programa de reabilitação respiratória é um recurso da acção de enfermagem.

Através da revisão sistemática da literatura podemos concluir que na generalidade todas as pessoas com DPOC (FVE1 <30% e <50% do predito), têm melhoras com os programas de reabilitação respiratória. No entanto, os estudos sugerem-nos a necessidade de mais investigação sobre a efectividade dos programas de reabilitação respiratória e a avaliação do impacte destes.

Nesta revisão foi também evidenciado, a necessidade de formação dos enfermeiros neste domínio.

Palavras-chave: Processo de Cuidados de Enfermagem; DPOC; Programa de Reabilitação Respiratória; Autocuidado e Autocontrolo: Respiração.