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Revista Sinais Vitais nº 87

Novembro 2009

 

 

Revista Sinais Vitais nº 87

Novembro 2009

 

Editorial

Participação dos enfermeiros na gestão dos serviços de saúde

Actualidades

Antibióticos que falham...

Boas notícias em transplantação

Mortes por h1n1

Eventos

Conclusões do 1.º congresso da associação portuguesa de enfermeiros gestores e liderança

Opinião

A realidade da gestão em/de enfermagem

Ciência e técnica

Gestão do conhecimento em organizações de saúde

Ciência e técnica

Contribuição das teorias de gestão nas organizações

Ciência e técnica

O balanced scorecard no sector público da saúde

Formação

Formação em serviço - das motivações aos contributos para o desenvolvimento profissional

Formação

Formação em serviço - uma necessidade ou uma calendarização

O essencial sobre...

Você S.A.: O mundo do trabalho e o ser enfermeiro

Ciência e técnica

As competências e os novos paradigmas

Ciência e técnica

Menos stresses melhores cuidados - programa de prevenção do stress para enfermeiros

 

 

Editorial
PARTICIPAÇÃO DOS ENFERMEIROS NA GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

O conhecimento e visão que os Enfermeiros detêm das conjunturas sociais, políticas e culturais das pessoas e das organizações responsabiliza este grupo profissional no que respeita ao planeamento e procura das melhores decisões nos serviços de saúde, na elaboração de políticas e estratégias apropriadas e eficazes para responder às situações de saúde das populações. Devem por isso fazer uso das suas habilitações e participar na gestão estratégica, intermédia e operacional das unidades de saúde e políticas de financiamento e, por essa via, intervir na política de saúde pública.

Atendendo à situação económica do País é um dever de cidadania os grupos profissionais avaliarem e pesarem bem os seus contributos versus custos. Os enfermeiros devem também por isso participar e incluir os cuidados de enfermagem nos orçamentos, no planeamento e uso eficiente dos recursos, na gestão e na avaliação dos programas e dos serviços.

Os enfermeiros, especialmente os líderes, têm que incluir estrategicamente nos seus propósitos a natureza da reforma da saúde e da contribuição que podem dar em todo o processo, desde os níveis do beneficiário da saúde e planeamento, à gestão e ao desenvolvimento das políticas de saúde.

Os enfermeiros têm aceite há muito as suas responsabilidades na política de saúde e adopção de decisões nos serviços da saúde, incluindo a responsabilidade pelo seu desenvolvimento profissional, dos seus pares e outros colaboradores, nomeadamente os Auxiliares de Acção Médica.

As organizações profissionais dos enfermeiros, Ordem e Sindicatos dos Enfermeiros, têm também obrigação de promover e defender a participação dos enfermeiros nos órgãos de gestão aos diferentes níveis, bem como na elaboração de políticas locais e nacionais. Também, devem encontrar formas de regular o exercício, ao nível da certificação de competências em gestão aos diferentes níveis, de forma a poderem ser recrutados os enfermeiros que demonstrem o melhor perfil para o desempenho das funções. Para além disso, as organizações profissionais devem usar as melhores estratégias para contribuir para o desenvolvimento de políticas de saúde eficazes, estarem atentos à forma como utilizam a “mão-de-obra” de enfermagem, incorporar constantemente modelos e estratégias novas de gestão, apresentar e expor, nos planos nacional e internacional, uma imagem positiva da enfermagem portuguesa, espalhá-la à investigação e ao conhecimento pertinente, e ainda desenvolver e manter redes apropriadas que sirvam para estabelecer relações do trabalho na colaboração com organizações governamentais e não governamentais.

Aproveitamos para felicitar os colegas que, em boa hora, criaram a Associação Portuguesa de Enfermeiros Gestores e Liderança (APEGL), assim como a recém-eleita direcção. Ficamos na expectativa e não deixamos de chamar atenção para áreas onde é urgente intervir. Assim, em jeito de sugestões seria muito útil:

Promover a função do enfermeiro como recurso central para os cuidados eficazes e a custos controlados, como factor de importância crítica que contribui para adopção de decisões sobre política de saúde; para tal é necessário identificar o custeio dos cuidados de enfermagem, ou seja, identificar os conjuntos mínimos de dados que são necessários para calcular o custo dos cuidados de enfermagem.

• Identificar e propor dotações seguras de pessoal de enfermagem aos diferentes níveis, tendo por base a classificação dos doentes e a relação com a qualidade e a segurança.

• Desenvolver dinâmicas em conjunto com as associações profissionais da classe no sentindo de garantir dotações seguras e denunciar as situações que se distanciem dessas orientações.

• Fomentar o desenvolvimento da gestão e liderança que mantenha a função dos enfermeiros na gestão dos recursos e a adopção de decisões estratégicas e desenvolvimento de políticas de saúde.

• Proporcionar aos enfermeiros gestores/lideres oportunidades de desenvolvimento profissional nomeadamente estratégias, conhecimentos e capacidades políticas, princípios económicos, a elaboração de pressupostos, a utilização de recursos e a eficácia dos custos de saúde.

•  Promover e fomentar a investigação  e a avaliação que relaciona e valida os métodos de cálculo dos custos com os resultados das intervenções de enfermagem na saúde das populações.

• Alentar para a implementação de sistemas de informação e de bases de dados passíveis dos enfermeiros incorporarem as suas tomadas de decisão e que permitam comparar os resultados em diversos contextos.

• Facilitar a divulgação de informação e o estabelecimento de redes interactivas sobre investigação e a efectividade de custos, as estratégias de economia de custos e as normas de boa prática.

• Estabelecer redes profissionais com os principais interessados, para fomentar a colaboração colegial e o intercâmbio de ideias, para fomentar a qualidade, a eficiência na gestão e a segurança dos doentes.

Ficam algumas sugestões com a certeza que somos bastantes para ajudar a encontrar a melhor forma de as concretizar.

A Revista 87 é dedicada à gestão em enfermagem. Comporta vários artigos com interesse, nomeadamente o balance scorecard no sector público da saúde, a gestão do conhecimnto das organizações de saúde, as competências e os novos paradigmas e Você S.A., ou uma forma de tornar visível os cuidados, a enfermagem e os enfermeiros, bem como as conclusões e comunicação de abertura do 1º Congresso da APEGL.

Desejo-lhe boas leituras e Bom Natal.

Enfº Carlos Margato

 


 

CONCLUSÕES DO 1º CONGRESO DA APEGL

Da Associação Portuguesa de Enfermeiros Gestores e Liderança Decorreu nos dias 27 e 28 de Novembro de 2009, no Auditório da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, o 1º Congresso da Associação Portuguesas de Enfermeiros Gestores e Liderança (APEGL).
O programa decorreu com cerca de 200 participantes de todo o País, maioritariamente Enfermeiros Chefes e Supervisores, e centrado na definição das competências do Enfermeiro Gestor. Assim, definiram-se 10 competências:

• Garante o respeito pelos valores, regras deontológicas e prática legal;

• Garante as melhores práticas profissionais;

• Prevê e gere pessoas;

• Optimiza e promove desenvolvimento competências;

• Prevê e assegura os meios necessários à prestação de cuidados;

• Prevê e gere riscos;

• Promove a enfermagem baseada na evidência;
• Promove a formação e o desenvolvimento da prática de enfermagem.

Associado ao evento decorreu a Assembleia Geral para a eleição dos corpos sociais. A Direcção é constituída por Nelson Guerra (Presidente), Amélia Gracias (Vice-Presidente), Cristina Mesquita (Secretária), Esperança Jarro (Tesoureiro).

Os restantes órgãos são presididos por João Quintela (Mesa da Assembleia- geral), Helena Pestana (Conselho Fiscal) e Amílcar de Carvalho (Conselho Técnico-Científico).

Aos membros agora eleitos, a Direcção da Revista Sinais Vitais deseja os maiores êxitos à APEGL.

A Associação agora criada tem os propósitos de:

• Contribuir para a história e evolução da Gestão dos cuidados de saúde no nosso país;

• Contribuir para o desenvolvendo técnico-científico dos membros, promovendo a divulgação de boas práticas de Gestão de Serviços de Enfermagem e de Saúde;
• a nível nacional e internacional;

• Contribuir para a clarificação e reconhecimento do corpo de competências relativo ao conteúdo funcional dos Enfermeiros Gestores nos diferentes níveis da Gestão;

• Emitir pareceres em matéria de políticas de saúde e do papel da enfermagem;

• Apoiar o desenvolvimento de projectos de investigação e estudos na área da Gestão em saúde e na Gestão em Enfermagem;

• Exercer as actividades culturais, sociais e científicas relacionadas com o estatuto e divulgação de assuntos relativos à Gestão de Serviços de Enfermagem e de Saúde;

• Estabelecer relações com as entidades e organismos oficiais;

• Estabelecer relações com associações ou sociedades congéneres nacionais e internacionais;

• Desenvolver um espírito de solidariedade e apoio recíproco entre os associados e prestar serviços aos seus associados e a terceiros, ainda que remunerados.

 


 

A REALIDADE DA GESTÃO EM /DE ENFERMAGEM

Amílcar Carvalho
Enfermeiro Supervisor, HUC/EPE

Este artigo está baseado na Comunicação de Abertura do 1º Congresso da APEGL

Participaram ainda nesta sessão:

Enfº José Carlos Martins em representação do SEP;
Enfª Maria Augusta de Sousa – Bastonária da Ordem dos Enfermeiros;
Enfº Sérgio Gomes – Chief Nursing Office;
Dr João Pimentel – Presidente da ARS Centro em representação da Ministra da Saúde;
Professor Doutor José Roxo – em representação da Presidente do Conselho Directivo da ESE Coimbra.

A abordagem da REALIDADE da GEST ÃO, como a afirmação da evidência, do testemunhar o que existe realmente, na prática profissional gestionária é uma clara expressão de vontade da organização do 1º Congresso de Enfermeiros Gestores de falar VERDADE , de que procuraremos ser porta voz.

A organização desta reunião de trabalho induz-nos à reflexão sobre o que EFECTIVAMENTE EXISTE na gestão dos Serviços de Enfermagem e de Saúde, sob a quota-parte de CAPACIDADES e OPORTUNIDADES que os ENFERMEIROS GESTORES têm e podem proporcionar.

E desejamos que para além de um plano de intervenção estratégico, a aprovar em Assembleia Geral de hoje, a partilha de experiência de vários colegas, aqui presentes, dos vários níveis de gestão, de assessorias técnicas e prestadores de cuidados, nos permita sair deste encontro para uma intervenção cívica e profissional, FORTE , COERENTE , DETERMINADA E EFICAZ.

Nos 10 minutos que planeio utilizar, vou procurar fazer eco das opiniões dos enfermeiros que participaram nos encontros promovidos pela APEGEL , desde Junho último em várias cidades do país ou que responderem por e-mail ao desafio da comissão instaladora, para se pronunciarem sobre:

• Condições de exercício como enfermeiro gestor;

• Importância atribuída a algumas intervenções, meios e estratégias apresentadas;

• Acções esperadas da APEGEL e disponibilidades para cooperarem na sua concretização.

As notas de síntese reunidas, em nosso entender, podem ser vistas como uma expressão aproximada da percepção da prática e da política de gestão vigente, dos enfermeiros da área da gestão. Responderam cerca de uma centena de enfermeiros e evidenciam:

• Domínio dos elementos críticos de gestão para o sucesso dos serviços de saúde e de enfermagem;

• Também da vontade de muitos enfermeiros gestores defenderem a gestão em enfermagem e dos enfermeiros, nos serviços de saúde.

 


 

GESTÃO DO CONHECIMENTO EM ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE

Paula Alexandra Pinto Ferreira
Enfermeira Especialista no HST, EPE; Doutoranda em Gestão na UBI

Paulo Gonçalves Pinheiro
Doutor em Gestão na UBI

Resumo
O conhecimento existe, reside e é criado nas pessoas, sendo capital intelectual o activo mais valioso e estratégico das organizações de saúde, imponde-se que estes sejam identificados e avaliados para que possam ser geridos de forma eficaz. A principal tarefa da gestão do conhecimento é facilitar a aprendizagem, através da partilha de ideias, produtos e processos (Foy, 1999), partindo esta da combinação entre a visão e a informação, aumentando o capital intelectual da organização, em combinação com dados precisos, qualitativos e pertinentes, de forma a aumentar a qualidade de um produto ou serviço.

Palavras chave: organizações de saúde, conhecimento e gestão do conhecimento

 


 

CONTRIBUIÇÃO DAS TEORIAS DE GESTÃO NAS ORGANIZAÇÕES

Vera Lúcia Dias Batista
Mestrado em Gestão de Unidades de Saúde, pela Universidade da Beira Interior; Enfermeira no Centro Hospitalar Cova da Beira.

Ricardo Manuel da Fonseca Santos
Mestrado em Gestão de Unidades de Saúde, pela Universidade da Beira Interior; Enfermeiro no Centro Hospitalar Cova da Beira.

Paulo Miguel da Fonseca Santos
Mestrado em Gestão de Unidades de Saúde, pela Universidade da Beira Interior; Enfermeiro graduado no Centro Hospitalar Cova da Beira.
Mestrado em Sócio-psicologia, pelo Instituto Miguel Torga; Professor Coordenador da Escola Superior de Saúde de Viseu.

RESUMO
A implementação de novos modelos de gestão nas Instituições Hospitalares tem conduzido a alterações não só em termos organizacionais e funcionais, mas também em termos afectivos, cognitivos e comportamentais nos profissionais, os quais, tal como refere Baranger (1990).

Para Ribeiro (2005) a empresarialização dos Hospitais, ao nível da gestão de recursos humanos, institui alterações que importa analisar sob o ponto de vista dos seus efeitos sobre os profissionais em termos funcionais, económicos e de recursos humanos,

Neste contexto, o objectivo deste trabalho vai de encontro aos profissionais de saúde e, mais precisamente aos enfermeiros, e pretende divulgar a abordagem comportamental nas administrações.

Palavras–chave: Gestão; abordagem comportamental.

 


 

SECTOR PÚBLICO DA SAÚDE

Abel Cavaco
Enfermeiro Chefe dos Hospitais da Universidade de Coimbra; Mestre em Gestão Pública

Resumo
Balanced Scorecard (BSC ) é um instrumento de gestão estratégica, criado por Robert Kaplan e David Norton, para colmatar o fosso entre a estratégia organizacional e a sua implementação operacional.

Não obstante as virtudes apontadas ao BSC em organizações de saúde e a circunstância de assentar em quatro perspectivas, possibilitando uma racionalização dos recursos, com especial destaque para os activos intangíveis, há que considerar que o BSC foi inicialmente concebido para estruturas organizacionais complexas, de grande dimensão e do sector privado.

Palavras-chave: Organização, gestão, missão, estratégia, objectivos, indicadores, desempenho, saúde.

 


 

FORMAÇÃO EM SERVIÇO DAS MOTIVAÇÕES AOS CONTRIBUTOS PARA O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL

Hugo Miguel Ferreira da Paixão
Enfermeiro Licenciado, Serviço de Medicina 2 – A do Hospital de São Teotónio E.P.E.
 

Rui Miguel Cabral Monteiro
Enfermeiro Licenciado, Serviço de Medicina 2 – A do Hospital de São Teotónio E.P.E.

RESUMO
A formação em serviço assume um papel fundamental na actualização dos conhecimentos e no aperfeiçoamento da prática de Enfermagem.

Sendo um direito, é igualmente um dever dos profissionais e o seu sucesso depende do envolvimento de todos. É essencial a convergência entre interesses institucionais, realidade dos serviços e ambições individuais.

Um exemplo da aliança entre teoria e exercício profissional passa pela inclusão da investigação na formação em serviço. O desenvolvimento desta parceria traduzir-se-á certamente num maior reconhecimento social da Enfermagem.

PALAVRAS-CHAVE: Formação em serviço; Enfermagem

 


 

FORMAÇÃO EM SERVIÇO UMA NECESSIDADE OU UMA CALENDARIZAÇÃO

Luísa Sera Velez
Enfermeira

Resumo
Nos últimos anos o termo formação tem adquirido diversos significados. Na enfermagem a formação assume uma crescente importância, pela necessidade de renovação ou actualização de conhecimentos.

O exercício da enfermagem exige a aplicação de conhecimentos e habilidades específicas, mas também requer uma reflexão sobre a essência dos cuidados, e sobre os avanços científicos e tecnológicos. Esta reflexão pode ser impulsionada através da formação em serviço, devendo esta ser criativa e encorajar o pensamento crítico de forma a garantir a qualidade dos cuidados.

É com base nesta perspectiva que a autora pretende tecer um conjunto de considerações acerca da formação em serviço, como uma necessidade sentida para a melhoria dos cuidados de enfermagem ou como uma imposição de agendamento dos serviços.

Palavras-chave: formação; enfermagem; competências

 


 

VOCÊ S.A. – O MUNDO DO TRABALHO E O SER ENFERMEIRO

Rosemeire Macedo Ambrozano
Enfermeira, Especialista em Gestão Universitária e Didáctica; Mestre em Educação - Interdisciplinaridade; Doutoranda em Ciências da Educação - FPCE/UL; Investigadora da UI&DE/Lisboa

As sociedades cresceram, o mundo se expandiu e trouxe com ele um papel mais complexo para cada pessoa, dentro de um processo de individualização, de institucionalização, e de uma generalizada crise e fragmentação do estado social e das economias mundiais, advindo da globalização neoliberal, marcada pela força do capitalismo, que determinou e vem determinando outras linguagens, referências ideológicas e concepções, seja no plano social ou institucional.

O capital humano tomou outras dimensões à luz deste cenário, tendo como foco a autonomia, com carácter para inovação, criatividade e cooperação, frente as relações de progresso técnico/científico e de qualidade dos sistemas.

 


 

AS COMPETÊNCIAS E OS NOVOS PARADIGMAS

Luís Miguel Nunes de Oliveira
Professor Adjunto da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.

Nota introdutória
Todos somos unânimes quando afirmamos que as discrepâncias na interpretação de conceitos dificultam a comunicação. Por outro lado, também sabemos que diminuímos os problemas de comunicação utilizando os mesmos conceitos. Assim, este artigo pretende reflectir:

• O contributo para a compreensão e análise do conceito de competência(s);

• O contributo para a construção do conceito de competência profissional em enfermagem, numa altura em que o Modelo de Desenvolvimento Profissional criado pela Ordem dos Enfermeiros (2009), se apresenta como um modelo profissional baseado num sistema de certificação de competências e onde o papel dos enfermeiros é primordial;

• A gestão de competências, muito mais do que uma forma de gerir, como uma filosofia de desenvolvimento de talentos nas empresas/organizações.

Sabemos que através da gestão de competências podemos orientar as acções das pessoas com o intuito de construir uma organização eficaz, isto é, aquela que atinge as suas metas e objectivos. Que ela é uma ferramenta de enorme utilidade para a gestão de recursos humanos, sendo actualmente um dos principais métodos para diagnosticar, moldar e melhorar a gestão de recursos humanos.

 


 

MENOS STRESE , MELHORES CUIDADOS PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE STRESS PARA ENFERMEIROS

Nuno Álvaro Caneca Murcho
Licenciado em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica, Mestre e Doutorando em Psicologia, na especialização em Psicologia da Saúde; Enfº. Chefe do Instituto da Droga e da Toxicodependência e Docente Convidado da Escola Superior de Saúde de Faro – Universidade do Algarve.

RESUMO
Com este programa de prevenção do stresse para enfermeiros, procuramos que estes profissionais venham não só a adquirir competências de gestão do stresse, como também proporcionar a criação de um espaço onde através da relação de ajuda, os profissionais dos serviços envolvidos no projecto, possam ter apoio psicoemocional especializado para a resolução dos conflitos intrapsiquicos resultantes da sua praxis profissional. As actividades projectadas são as seguintes: formação em sala; treino outdoor; supervisão; e avaliação.

Palavras-Chave: Enfermeiros; serviços de saúde públicos; programa de intervenção; prevenção do stresse ocupacional.