Índice do artigo

Revista Sinais Vitais nº 99

Novembro de 2011


 

SUMÁRIO


EDITORIAL

100ª edição da revista Sinais Vitais
A Revista Sinais Vitais está de parabéns!
O primeiro editorial!
As grandes entrevistas!

CIÊNCIA & TÉCNICA
INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM DAR BANHO AO RECÉM-NASCIDO

CUIDADOS DE ENFERMAGEM ESPECIALIZADOS À CRIANÇA INSTITUCIONALIZADA

INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO EM PEDIATRIA E REFLUXO VESICO-URETERAL

CUIDADOS CONTINUADOS DOMICILIÁRIOS EM PEDIATRIA

DADOS E RELEXÃO SOBRE A SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA DOS ADOLESCENTES PORTUGUESES

DESVENDAR PARA COMPREENDER E CUIDAR. GRAU DE SATISFAÇÃO DO ADOLESCENTE FACE À CONSULTA DE ENFERMAGEM QUE LHE É DIRIGIDA

EFEITO DA VARIÁVEL PREPARAÇÃO PARA O PARTO NA ANTECIPAÇÃO DO PARTO PELA GRÁVIDA - ESTUDO COMPARATIVO

FAMÍLIAS MULTIPROBLEMÁTICAS

A FORMAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

A IMPORTÂNCIA EM MEDIR OS RESULTADOS DA PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO UTENTE



EDITORIAL

 

Este é o número 100 da nossa Revista Sinais Vitais.
Aos que são assinantes queria agradecer, a confiança que têm demonstrado neste projecto. Desde logo quisemos e temos feito tudo para garantir que este seja um projecto editorial isento, e com qualidade.

Sei que, a isenção temo-la conseguido, mas a qualidade nem sempre esteve ao seu melhor. Cada um dos nossos leitores julgará sobre o papel que esta revista tem tido, mas atrevo-me a dizer que há um tempo antes e um tempo depois da Sinais Vitais. Nunca se tinha publicado tanto de enfermeiros em Portugal. Era necessário fazê-lo, os enfermeiros faziam, e fazem, muito pela qualidade dos cuidados de saúde, era por isso necessário dar-lhe a necessária visibilidade.

Durante estes 100 números tivemos a oportunidade de dar a conhecer as opiniões de enfermeiros que foram e são referência para todos nós. Preocupámo-nos em entrevistar pessoas significativas para a profissão, que fossem capazes de, pelos seus relatos, nos ajudarem a crescer como pessoas e sobretudo ajudar, com o seu exemplo, a desenvolver uma enfermagem mais humanista, mais científica e de mais qualidade.

Queremos nos próximos 100 números continuar a afirmar a marca Sinais Vitais, como sinónimo de vitalidade dos enfermeiros, como sinónimo de qualidade do que os enfermeiros produzem cientificamente, como sinónimo de afirmação de uma profissão com valores. Por isso continuamos a contar consigo que me está a ler.

Com a contribuição de cada um de nós enfermeiros, seremos concerteza melhores, com a sua opinião saberemos melhorar as nossas atitudes, com a sua intervenção seremos melhor conduzidos a tomar posição sobre o que afecta a profissão e os profissionais.

A Sinais Vitais quer continuar a assumir-se como isenta, mas com voz, a sua voz que é a de todos nós para uma maior dignidade e afirmação do que já somos. Por tudo isto renovo os agradecimentos a todos os que confiam neste projecto e peço para que todos os que têm opinião sobre a saúde, a enfermagem não deixem de fazer de nós o vosso arauto.

Obrigado.
António Fernando Amaral, Enfermeiro
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INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM DAR BANHO AO RECÉM-NASCIDO

LÍDIA REI
Licenciada em Enfermagem, Enfermeira no Centro de Saúde de Paranhos, Unidade de Vale Formoso (Porto)
SÓNIA CARNEIRO
Licenciada em Enfermagem, Enfermeira no Centro de Saúde de Paranhos, Unidade de Vale Formoso (Porto)

Resumo
Reflectir acerca do timing, do objectivo e dos produtos a utilizar no banho ao Recém-Nascido.
Esta reflexão tem por finalidade estabelecer uma comparação entre o que é referido sobre estas questões pela evidência científica e a forma como de facto acontece no exercício da prática profissional.
Palavras-Chave Banho, Necessidades do Recém-Nascido, Enfermeiros.

 


 


CUIDADOS DE ENFERMAGEM ESPECIALIZADOS À CRIANÇA INSTITUCIONALIZADA

Catarina Sá Pinheiro
Enfermeira Graduada, Especialista em Saúde Infantil e Pediatria Instituição de Solidariedade Social em Lisboa


Resumo
A criança institucionalizada está inserida num contexto de vida, que lhe proporciona vivências distintas da criança incluída numa família, necessitando do planeamento/implementação de estratégias de elevada complexidade para a obtenção de ganhos em saúde proporcionadas pela intervenção do enfermeiro especialista em saúde infantil e pediatria. Uma instituição, por melhores condições que apresente, não substitui uma família, devendo ser encarada como o último recurso, pela dificuldade no estabelecimento de vinculação segura identificada como a primeira necessidade básica da criança, essencial a um desenvolvimento físico e mental saudável.
Palavras chave: Criança Institucionalizada, Situação de Risco, Afecto, Enfermeiro Especialista.

 


 


INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO EM PEDIATRIA E REFLUXO VESICO-URETERAL

Mónica Santos
Licenciada em Medicina pelo Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar (Universidade do Porto); Especialista em Medicina Geral e Familiar (com formação disponibilizada pela ARS Norte); Mestre em Ciências do Desporto (área de Actividade Física e Saúde) pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto; Pós-graduanda em Medicina do Trabalho pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra

Cláudia Gomes
Licenciada em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem Santa Maria; Pós-graduada
em Emergência e Catástrofe pela Escola Superior de Enfermagem Santa Maria

Resumo
As infecções do trato urinário (ITU) são muito prevalentes na população pediátrica. A longo prazo poderão surgir hipertensão arterial (HTA), alterações na função renal, bem como complicações gestacionais. Algumas crianças têm indicação para profilaxia antibiótica. O prognóstico geralmente é bom.
O Refluxo vesico-ureteral (RVU) pode existir num trato urinário normal ou com alterações anatómicas. Até 70% das crianças com ITU poderão apresentar RVU. O Médico/ Enfermeiro Assistentes estão em posição ideal para avaliar, diagnosticar, orientar e tratar estas patologias.
Palavras chave Infecção do trato urinário, Pediatria, Refluxo Vesico-Ureteral.



CUIDADOS CONTINUADOS DOMICILIÁRIOS EM PEDIATRIA

Maria Teresa Loureiro Martins
Licenciatura em Enfermagem e Curso de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria pela Escola Superior de Enfermagem de Bissaya Barreto, Enfermeira Graduada, a exercer funções no Serviço de Urgência do Hospital Pediátrico de Coimbra

Resumo
Nos últimos anos verificou-se uma mudança ao nível hospitalar, já que o elevado investimento tecnológico exige que se rentabilize cada dia de internamento. Por conseguinte, as instituições hospitalares assumem-se actualmente como centros especializados de tratamento, onde não há lugar para o completo restabelecimento da pessoa doente, levando a um aumento do número de pessoas, incluindo crianças, que necessitam de cuidados de saúde cada vez mais complexos após a alta hospitalar, principalmente as portadoras de doenças crónicas e de deficiências.
Palavras chave Cuidados continuados; cuidados de enfermagem domiciliários; crianças.



DADOS E RELEXÃO SOBRE A SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA DOS ADOLESCENTES PORTUGUESES

Pedro Miguel Gomes Pereira Correia
Enfermeiro Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia no Centro Hospitalar do Porto Unidade Maternidade Júlio Dinis, Pós Graduado em Saúde Materno - Embrio – Fetal, Pós Graduado em Terapia Familiar


Joana Cristina de Oliveira Mendes
Enfermeira Graduada no Centro Hospitalar do Porto Unidade Maternidade Júlio Dinis, Pós Graduada em Saúde Materno - Embrio - Fetal, Pós Graduada em Terapia Familiar


Teresa Isaltina Gomes Correia
Professora Coordenadora do Instituto Politécnico de Bragança, Doutoramento em Biologia
Humana

Resumo
A Saúde Sexual e Reprodutiva enquanto parte integrante da saúde geral dos indivíduos é uma questão de preocupação nos países desenvolvidos, principalmente no que respeita à adolescência.
As diferenças internacionais nas leis e nos conceitos que regem a Saúde Sexual e Reprodutiva, bem como as alterações ao longo dos tempos nos comportamentos, aliadas ao desconhecimento das práticas efectivas dos adolescentes, têm dificultado o conhecimento sobre esta temática a nível mundial. Este trabalho teve como objectivo reflectir sobre a importância da saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes em Portugal e suas repercussões no bem – estar individual, da família e da comunidade. Foi feita uma pesquisa exaustiva dos conceitos inerentes a esta problemática e uma resenha do que tem sido a saúde sexual e reprodutiva em Portugal.
Os comportamentos dos adolescentes assumem um papel de extrema importância dado que os estilos de vida adquiridos neste período tendem a permanecer durante o resto da vida, sendo 70,0% das mortes prematuras entre adultos, devido a comportamentos iniciados na adolescência. As alterações que se têm verificado nos seus estilos de vida são significativas e os seus comportamentos foram já considerados um problema de saúde pública. As estratégias de intervenção na saúde dos adolescentes devem ter como premissa que na problemática dos comportamentos sexuais os factores de risco constituem-se numa teia de visão ecológica da saúde. O espaço escolar deve ser privilegiado na relação com outras instituições. A avaliação sexual e reprodutiva compreende a recolha de informação com base na cientificidade e no respeito pelo sigilo.
Palavras chave Saúde Sexual e Reprodutiva, Adolescentes, Comportamentos, Saúde Pública.



DESVENDAR PARA COMPREENDER E CUIDAR GRAU DE SATISFAÇÃO DO ADOLESCENTE FACE À CONSULTA DE ENFERMAGEM QUE LHE É DIRIGIDA

Carolina Vieira Serpa
Licenciada em Enfermagem; Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, EPE
Sofia Maria Jácome Raposo
Licenciada em Enfermagem; Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, EPE

RESUMO
O conhecimento da satisfação dos clientes é decisiva para a qualidade dos cuidados que lhes são prestados e sendo a adolescência um período difícil, marcado por desafios e cuja resolução vai influenciar a vida futura, consideramos pertinente analisar o grau de satisfação do adolescente face à consulta de enfermagem que lhe é dirigida. Neste sentido, realizamos um estudo quantitativo do tipo exploratorio-descritivo e transversal, cujos resultados foram a satisfação dos adolescentes face à consulta.
Palavras-Chave: Adolescência; Vulnerabilidade; Satisfação; Consulta de enfermagem.

 




EFEITO DA VARIÁVEL PREPARAÇÃO PARA O PARTO NA ANTECIPAÇÃO DO PARTO PELA GRÁVIDA ESTUDO COMPARATIVO

Carla Manuela Lino Morgado
Enfermeira Licenciada, Serviço de Obstetrícia II do Hospital Infante D. Pedro - Aveiro, Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia.
Carla Olívia Costa Pacheco
Enfermeira Licenciada Graduada, Centro de Sáude de Ovar – USF S. João Ovar, Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia.
Cília Mirene Simões Belém
Enfermeira Licenciada Graduada, Serviço de Obstetrícia/Bloco de Partos do Hospital Infante D. Pedro - Aveiro, Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia.
Maria de Fátima Correia Nogueira
Enfermeira Licenciada Graduada, Serviço de Obstetrícia/Bloco de Partos do Hospital Infante D. Pedro - Aveiro, Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia.

Resumo
Os cursos de preparação para o parto surgiram para reduzir a ansiedade e a dor associados ao parto, sendo hoje um direito legalmente estabelecido (Lei nº 142/99 de 31 de Agosto), com vantagens evidenciadas (Bento, 1992; Freitas & Freitas, 1996; Vieira, 1996; Leventhal et al. apud Figueiredo, Costa & Pacheco, 2002; Couto, 2006) que, contudo, ainda não estão disponíveis para todas as grávidas (Vieira, 1996; Antunes, Lopes & Fernandes, 2006).
Realizou-se um estudo descritivo-correlacional que teve como objectivos analisar a “Antecipação da Experiência de Parto” de 69 grávidas que recorreram aos Serviços de Consulta Externa de Obstetrícia e Núcleo de Partos do Hospital de São Sebastião e comparar o efeito da variável “Preparação para o Parto” na “Antecipação da Experiência de Parto” dessas grávidas. Utilizou-se para o efeito o Questionário de Antecipação do Parto de Costa et al (2005). Do estudo conclui-se, que as grávidas, que frequentaram no mínimo 4 sessões de preparação para o parto, apresentam um melhor planeamento e preparação para o parto, esperam sentir menos dor durante o mesmo, possuem mais conhecimentos sobre a anestesia epidural, treinam mais métodos de respiração e relaxamento, esperam demorar menos tempo a tocar no bebé e preparam o enxoval antes das grávidas que não realizaram preparação para o parto. Palavras chave Maternidade; Preparação para o Parto; Gravidez.

 


 


FAMÍLIAS MULTIPROBLEMÁTICAS

Ana Fontes
Enfermeira Graduada do H. Pedro Hispano e Mestre em Ciências de Enfermagem ICBAS – Porto


Andreia Ferreira
Enfermeira Graduada do Hospital de S. Sebastião – Vila da Feira e Mestranda em Ciências de Enfermagem – ICBAS, Porto

Resumo
Este artigo foi estruturado a partir das seguintes perguntas: Como pensar no conceito de família multiproblemática? Quais as características deste tipo de famílias? No desenvolvimento do artigo, através da literatura consultada e da nossa experiência profissional, procuramos identificar algumas considerações mas relevantes nas famílias multiproblemáticas, proporcionando conhecimentos aos enfermeiros da forma como estas famílias se estruturam e funcionam. As famílias multiproblemáticas constituem um forte desafio para os técnicos de saúde e de acção social.
Segundo Mullen, citado por Sousa vários estudos indicam que apenas 6% das famílias que procuram ajuda em termos formais se podem considerar famílias multiproblemáticas, absorvendo no entanto cerca de 50% do tempo dos profissionais de acção social por vezes com pouco ou nenhum resultado. Actualmente as famílias distinguem-se essencialmente pela ênfase que dão ao processo de individualização. O elemento central já não é o grupo reunido, mas os membros que o compõem. A família transformou-se num espaço privado ao serviço dos indivíduos.
Palavras chave: Família, Multiproblemática, Estrutura, Funcionamento, Enfermeiros.




A FORMAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

Andrea Joana Resende da Silva
Enfermeira especialista em enfermagem médico-cirúrgica no Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga – Hospital S. Sebastião, UCIP

Resumo
Com o objectivo de alcançar um maior desenvolvimento, as organizações necessitam de recorrer a diversas estratégias para enfrentar mudanças, a formação é o meio ideal. É um processo que assenta num diagnóstico de necessidades de formação e todo o processo deve conduzir efectivamente a uma mudança de comportamentos e atitudes. Os enfermeiros, fazendo parte de uma organização cujo objectivo é prestar cuidados com qualidade, devem realizar formação permanente.
A formação do enfermeiro é contínua e deve ser planeada e programada.
Palavras chave: organização, formação, mudança, desenvolvimento.


A IMPORTÂNCIA EM MEDIR OS RESULTADOS DA PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO UTENTE

Ana Patrícia Santos Cardoso
Hospital Infante D. Pedro – Aveiro

António Fernando Salgueiro Amaral
Escola Superior de Enfermagem de Coimbra

RESUMO
Numa era de proliferação de sistemas de informação, onde os dados são de fácil obtenção é urgente criar as condições para que seja possível demonstrar que a enfermagem produz utilidade social.
Urge comprovar o discurso, de que existe qualidade na prestação de enfermagem. É pertinente avaliar os resultados das atitudes destes profissionais de saúde e expor esses mesmos resultados ao cidadão.
A avaliação da qualidade dos cuidados prestados ao utente abrange o estudo de indicadores de estrutura, processo e de resultados. Relativamente aos 2 primeiros, já existe uma vasta bibliografia que os retrata, mas relativamente aos indicadores de resultado que sejam sensíveis aos cuidados de enfermagem, sobretudo a nível nacional, ainda existe um vasto campo a explorar. Medir as consequências e o impacto dos cuidados é comprovar a sua indispensabilidade e garantir que os cidadãos têm acesso a cuidados centrados no valor acrescentado que podem obter com o seu consumo.
Palavras-Chave: Enfermagem; Prestação de cuidados; Medição de resultados.