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A VIDA APÓS O TRANSPLANTE O COPING E A VULNERABILIDADE AO STRESS NO INDIVÍDUO TRANSPLANTADO RENAL
Tânia Catarina Saraiva Oliveira(1); Paulo Joaquim Pina Queirós(2)

RESUMO

Com a presente investigação pretende-se estudar o coping e a vulnerabilidade ao stress dos indivíduos transplantados renais. Na tentativa de compreender este fenómeno, realizámos um estudo descritivo-correlacional, através do qual procurámos identificar as estratégias de coping usadas pelo indivíduo transplantado renal e determinar a existência de relação com a vulnerabilidade ao stress, bem como com variáveis sócio-demográficas e clínicas. Para obtermos uma representação fiável das variáveis em estudo, recorremos a 3 instrumentos de colheita de dados: questionário sócio-demográfico, o Inventário de Resolução de Problemas (IRP) e o 23 Questões para avaliação da vulnerabilidade ao Stress (23 QVS). Verificámos que os indivíduos integrantes da amostra apresentavam vulnerabilidade ao stress, particularmente no “Perfeccionismo e intolerância à frustração”, nas “Condições de vida adversas” e na pouca capacidade afirmativa (“Subjugação”). Os mais vulneráveis (n=59) usam menos estratégias de coping, nomeadamente as de confrontação e de controlo interno.
Palavras-chave: vulnerabilidade ao stress, coping, transplante renal


ABSTRACT

LIFE AFTER TRANSPLANT- THE STRESS VULNERABILITY AND COPING IN THE KIDNEY TRANSPLANT

With this research we intend to study the vulnerability to stress and coping of transplanted kidney individuals.
In trying to understand this phenomenon, we conducted a descriptive-correlational study, through which we sought to identify the coping strategies used by the transplanted kidney individual and to determine the existence of a relationship with vulnerability to stress, as well as clinical variables and socio-demographic variables. To obtain a reliable representation of the study variables, we turn to three instruments of data collection: socio-demographic questionnaire, the Problem Solving Inventory (IRP) and 23 questions for assessing vulnerability to stress (23 QVS). We found that the individuals included in the sample showed vulnerability to stress, particularly on “Perfectionism and intolerance to frustration,” in “adverse conditions of life” and so little ability (“subjugation”). The most vulnerable (n = 59) use fewer coping strategies, particularly those of confrontation and internal control.

(1) Enfermeira no Serviço de Transplantação Renal dos HUC, EPE. Mestre em Enfermagem pela Universidade Católica Portuguesa.Pós-graduada em Economia e Gestão de Organizações de Saúde. Especialista em Enfermagem de Reabilitação.
(2 )Professor Coordenador na ESEnfC, PhD, Investigador da UICISA-E.